Na linha 21, a substituição do travessão por vírgula prejudi...
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Segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática Portuguesa, “o travessão pode substituir os parentes para assinalar uma expressão intercalada”. Em outras palavras, expressões explicativas podem aparecer na frase entre vírgulas, entre travessões e, ainda, entre parênteses. Exemplo: Romário, gênio da pequena área, fez mais de mil gols. Romário – gênio da pequena área – fez mais de mil gols. Romário (gênio da pequena área) fez mais de mil gols.
O duplo travessão pode ser empregado para isolar palavras ou oraçõesque se quer realçar ou enfatizar, ocupando o lugar da vírgula, dos dois-pontos ou dos parênteses, e ainda para separar expressões ou frases apositivas, explicativas ou intercaladas que se deseja salientar. Exemplo: “Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste...” (Machado de Assis)
Nessa situação, tanto travessões quanto vírgulas possuem a mesma função.
GABARITO: ERRADO
ACRESCENTANDO:
Travessão:
O travessão é um sinal bastante usado na narração, na descrição, na dissertação e no diálogo, portanto, figura repetida em qualquer prova; é um instrumento eficaz em uma redação. Pode vir em dupla, se vier intercalado na frase. Veja seus usos:
1) Indica a mudança de interlocutor no diálogo (discurso direto).
- Que gente é aquela, seu Alberto?
- São japoneses.
- Japoneses? E… é gente como nós?
- É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
- Mas então não são índios?
(Ferreira de Castro)
2) Coloca em relevo certos termos, expressões ou orações; substitui nestes casos a vírgula, os dois-pontos, os parênteses ou os colchetes.
Marlene Pereira – sem ser artificial ou piegas – lhe perdoou incondicionalmente. (oração adverbial modal)
Um grupo de turistas estrangeiros – todos muito ruidosos – invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados. (predicativo do sujeito)
Os professores – amigos meus do curso carioca – vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
Como disse o poeta: “Só não se inventou a máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano”. (orações coordenadas assindéticas – conectivo implícito)
A decisão do ministério foi a seguinte – que todos se unissem contra o mosquito transmissor da dengue. (oração substantiva apositiva)
O Brasil – que é o maior país da América do Sul – tem milhões de analfabetos. (oração adjetiva explicativa)
Meninos – pediu ela –, vão lavar as mãos, que vamos jantar. (oração intercalada)
Ela é linda – linda! (travessão usado como mero realce)
FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.
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