A conclusão do autor, no último parágrafo do texto, é a de que
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Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Peruíbe - SP
Prova:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Peruíbe - SP - Inspetor de Alunos |
Q1076531
Português
Texto associado
Pelo fim das fronteiras
Imigração é um fenômeno estranho. Do ponto de vista
puramente racional, ela é a solução para vários problemas
globais. Mas, como o mundo é um lugar menos racional do
que deveria, pessoas que buscam refúgio em outros países
costumam ser recebidas com desconfiança quando não com
violência, o que diminui o valor da imigração como remédio
multiuso.
No plano econômico, a plena mobilidade da mão de obra
seria muito bem-vinda. Segundo algumas estimativas, ela
faria o PIB mundial aumentar em até 50%. Mesmo que esses
cálculos estejam inflados, só uma fração de 10% já significaria um incremento da ordem de US$ 10 trilhões (uns cinco
Brasis).
Uma das principais razões para o mundo ser mais pobre
do que poderia é que enormes contingentes de humanos
vivem sob sistemas que os impedem de ser produtivos. Um
estudo de 2016 de Clemens, Montenegro e Pritchett estimou
que só tirar um trabalhador macho sem qualificação de seu
país pobre de origem e transportá-lo para os EUA elevaria
sua renda anual em US$ 14 mil.
A imigração se torna ainda mais tentadora quando se
considera que é a resposta perfeita para países desenvolvidos que enfrentam o problema do envelhecimento populacional.
Não obstante tantas virtudes, imigrantes podem ser maltratados e até perseguidos quando cruzam a fronteira, especialmente se vêm em grandes números. Isso está acontecendo até no Brasil, que não tinha histórico de xenofobia.
Desconfio de que estão em operação aqui vieses da Idade da
Pedra, tempo em que membros de outras tribos eram muito
mais uma ameaça do que uma solução.
De todo modo, caberia às autoridades incentivar a imigração, tomando cuidado para evitar que a chegada dos
estrangeiros dê pretexto para cenas de barbárie. Isso exigiria
recebê-los com inteligência, minimizando choques culturais e
distribuindo as famílias por regiões e cidades em que podem
ser mais úteis. É tudo o que não estamos fazendo.
(Hélio Schwartsman. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/.28.08.2018. Adaptado)
A conclusão do autor, no último parágrafo do texto, é a
de que