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Ano: 2023 Banca: IV - UFG Órgão: UFR Prova: CS-UFG - 2023 - UFR - Nutricionista |
Q2330799 Nutrição

Leia o caso seguir. 



L.F., paciente de 60 anos, 96 kg, 1,65 m de altura, que foi recebido em uma unidade de internação, em fase aguda de acidente vascular cerebral.   



De acordo com a Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional no Paciente com Doenças Neurodegenerativas (2022), qual é a recomendação de calorias e proteínas para esse paciente?  

Alternativas

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Vamos analisar a questão sobre a recomendação de calorias e proteínas para um paciente com acidente vascular cerebral, de acordo com a Diretriz BRASPEN de Terapia Nutricional.

Tema Central: A questão se concentra na terapia nutricional para pacientes com doenças neurodegenerativas, especificamente para aqueles que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC). É importante compreender como calcular as necessidades energéticas e proteicas desses pacientes, considerando seu estado de saúde e características individuais.

Alternativa Correta: A

Justificativa da Alternativa Correta:

Para um paciente que se encontra em fase aguda de AVC, as diretrizes geralmente recomendam um aporte calórico ajustado com base no peso ideal, em vez do peso atual, para evitar sobrecarga calórica e promover a recuperação. A opção A sugere 1.344 kcal e 2,0 g de proteína/kg de peso ideal, alinhando-se com as práticas de manejo nutricional em condições agudas, garantindo a manutenção da massa magra e recuperação.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • B - 1.536 kcal e 2,0 g de proteína/kg de peso ideal: Embora a quantidade de proteína esteja correta, a quantidade de calorias é ligeiramente elevada para a recomendação inicial em um AVC agudo.
  • C - 1.920 kcal e 2,5 g de proteína/kg de peso ideal: Esta opção excede as necessidades calóricas e proteicas, o que não é recomendado no manejo inicial, podendo sobrecarregar o metabolismo do paciente.
  • D - 2.100 kcal e 2,5 g de proteína/kg de peso ideal: Assim como a opção anterior, os valores são muito altos para a fase aguda, com riscos de complicações devido ao excesso de calorias e proteínas.

Para resolver questões como essa, é essencial ter familiaridade com diretrizes específicas e saber interpretar adequadamente os dados do paciente, como peso e condição clínica, para ajustar as necessidades nutricionais corretamente.

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Recomenda-se o uso de fórmulas enterais padrão para início de TN em pacientes após AVC. Em relação à oferta calórica inicial, esta deve ser de 50 a 70% do gasto energético aferido pela calorimetria indireta. Se esta não está disponível, a BRASPEN indica:

IMC eutrófico: 15 a 20 kcal/kg/dia (a ser progredida para 25 a 30 kcal/kg/dia após o 4º dia nos pacientes em recuperação)

IMC 30 a 50 kg/m²: 11 a 14 kcal/kg/dia do peso real

IMC > 50 kg/m²: 22 a 25 kcal/kg/dia do peso ideal

Para a ingestão protéica na fase aguda deve seguir os seguintes parâmetros:

IMC eutrófico: 1,5 a 2,0 g/kg

IMC 30 a 40 kg/m²: 2,0 g/kg

IMC > 40 kg/m²: até 2,5 g/kg

Já na fase de reabilitação no pós-AVC, é novamente indicado o uso de calorimetria indireta para a determinação das necessidades calóricas e proteicas. No entanto, se não houver disponibilidade, recomenda-se a oferta calórica de 30 a 35 kcal/kg/dia e proteica de 1,2 a 1,5 g de proteína/kg/dia.

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