A teoria das relações objetais colaborou para a construção d...

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Ano: 2009 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR
Q1204853 Psicologia
A teoria das relações objetais colaborou para a construção da noção de vínculo. Existem várias formas possíveis de relacionamento com o objeto, entre elas a que estabelece um vínculo simbiótico caracterizado:
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A alternativa correta é B - pelo vínculo com um objeto aglutinado ou gliscroide. Vamos entender por quê.

A teoria das relações objetais é uma abordagem significativa dentro da psicanálise que se concentra na importância dos primeiros vínculos e relacionamentos na formação da psique humana. O conceito de objeto, dentro dessa teoria, refere-se às pessoas ou coisas com as quais formamos laços emocionais. Um dos focos principais da teoria é como esses laços são estabelecidos, mantidos e transformados ao longo do desenvolvimento humano.

Na questão, o vínculo simbiótico refere-se a um tipo de relação onde não há uma clara diferenciação entre o self e o objeto; eles são percebidos como fundidos ou aglutinados. Essa característica é bem descrita na alternativa B, que menciona o "objeto aglutinado ou gliscroide". Aqui, o termo "aglutinado" indica essa fusão íntima e confusa entre os limites do self e do objeto, típica das fases iniciais do desenvolvimento infantil, onde a criança ainda não distingue claramente entre si mesma e a mãe.

Vamos analisar agora as alternativas incorretas:

A - O vínculo com um objeto total implica um entendimento e relação com o objeto como um todo, integrado, o que ocorre em fases mais avançadas do desenvolvimento, quando a criança já consegue perceber o outro como um indivíduo inteiro, com aspectos positivos e negativos. Isso não representa a natureza simbiótica do vínculo.

C - A discriminação entre objetos reais é um processo de maturação onde a criança começa a distinguir entre diferentes objetos e pessoas, reconhecendo suas existências separadas e características distintas. Novamente, isso não é compatível com o vínculo simbiótico, que é fundido e indiferenciado.

D - A ausência de afeto não caracteriza o vínculo simbiótico. Na verdade, o vínculo simbiótico é carregado de afeto, mas de uma forma indistinta e fusional, onde a separação entre self e objeto ainda não está clara.

E - A fragmentação em objetos "bom" e "mau" é descrita na teoria das relações objetais, mas está relacionada a um estágio chamado de "posição esquizoparanoide", onde há uma divisão do objeto em partes boas e más, mas já há algum grau de diferenciação. Isso não é característico do vínculo simbiótico, que é pré-diferenciação.

Compreender esses conceitos é essencial para entender o desenvolvimento psicodinâmico proposto pela teoria das relações objetais. Essa questão explora nossa capacidade de identificar o tipo de vínculo que caracteriza estágios iniciais do desenvolvimento emocional.

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Gabarito B.

A afirmativa pode ser encontrada nesta referência: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28022013-145505/publico/MariaCarolinaMadeiraBenini.pdf

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