A transmissibilidade aprimorada do vírus tratado no texto ...

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Q2299429 Biologia
Novo teste para monkeypox é desenvolvido pela UFG com insumos 100% nacionais 

        Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), com base na mesma técnica utilizada anteriormente para criar teste da covid-19 e do zika vírus, desenvolveram, agora, um teste para a monkeypox, doença que foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como surto e considerada uma emergência de saúde pública. O teste Lamp detecta o DNA do vírus, amplificando o material genético de maneira simples, rápida e barata. O exame foi desenvolvido pela Universidade com insumos 100% nacionais e ainda não tem financiamento. Pelos cálculos dos pesquisadores, os reagentes para um exame ficariam em cerca de R$ 3,00.

        Tal qual o teste da covid-19, a solução muda de cor no caso da presença do DNA do vírus. O indicador fica amarelo em caso de detecção. O teste é rápido, feito em aproximadamente 40 minutos, com equipamentos simples de laboratório. O teste foi desenvolvido a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP). A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados. 

        O teste foi desenvolvido em três semanas pelo Laboratório de Biomicrofluídica do Instituto de Química (IQ) da UFG, sob a coordenação da professora Gabriela Duarte, e agora vai para a etapa de validação com um grande número de amostras e comparação com o teste padrão ouro que é o PCR. O exame também detecta o vírus logo no início dos sintomas, o que agiliza o diagnóstico. Gabriela Duarte disse que uma das dificuldades atuais da pesquisa, que também ocorreu no caso do teste da covid-19, é conseguir o painel de amostras dos pacientes para a pesquisa. “Só a partir dessas amostras é possível validar o teste. Depois disso dependerá das autoridades de saúde investimento para desenvolvimento e aplicação, para que possa ser utilizado pela população”, afirma.

Disponível em: <https://jornal.ufg.br/n/158514-novo-teste-para-monkeypox-edesenvolvido-pela-ufg-com-insumos-100-nacionais>. Acesso em: 02 ago. 2023.

A transmissibilidade aprimorada do vírus tratado no texto está relacionada a uma alteração
Alternativas

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Alternativa correta: A - no nucleotídeo no nucleocapsídeo.

Vamos entender por que a alternativa correta é a letra A e analisar as outras alternativas para compreendermos por que estão incorretas.

Primeiramente, a alternativa A menciona uma alteração "no nucleotídeo no nucleocapsídeo". O nucleocapsídeo é uma estrutura composta pelo material genético do vírus (DNA ou RNA) e proteínas associadas que o envolvem. Alterações nos nucleotídeos do nucleocapsídeo podem afetar diretamente a capacidade do vírus de se replicar e, consequentemente, sua transmissibilidade. Esse tipo de mutação pode levar a uma maior eficiência na infecção de novas células hospedeiras, aumentando a transmissão do vírus.

A alternativa B fala sobre uma alteração "no fosfolipídio da membrana plasmática". Fosfolipídios são componentes essenciais das membranas celulares, mas mudanças neles não estão diretamente relacionadas à transmissibilidade aprimorada dos vírus. Essas alterações podem afetar a estrutura e função da célula hospedeira, mas não são o principal fator para o aumento da capacidade de infecção viral.

A alternativa C menciona uma alteração "no glicocálix presente em proteínas plasmáticas". O glicocálix é uma camada de carboidratos presente na superfície de muitas células, incluindo as células hospedeiras, e pode estar envolvido em processos de reconhecimento celular. No entanto, mudanças no glicocálix das células hospedeiras não são diretamente responsáveis pela transmissibilidade aprimorada do vírus.

A alternativa D sugere uma alteração "nos aminoácidos presentes na transcrição". A transcrição é o processo pelo qual o DNA é convertido em RNA, e os aminoácidos estão mais diretamente associados à tradução (o processo de produção de proteínas a partir de RNA). Alterações nos aminoácidos podem afetar as proteínas virais, mas não é o principal fator na transmissibilidade aprimorada do vírus, que está mais diretamente ligada a mudanças no material genético (nucleotídeos) do vírus.

Em resumo, a alteração nos nucleotídeos no nucleocapsídeo (alternativa A) está mais diretamente relacionada à transmissibilidade aprimorada do vírus, pois afeta a capacidade do vírus de se replicar e infectar novas células.

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