Com evidências do enorme descolamento entre as taxas de jur...

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Q1825983 Conhecimentos Bancários
Com evidências do enorme descolamento entre as taxas de juros de curto e de longo prazo no Brasil, o texto abaixo reproduz matéria jornalística, publicada no início de agosto de 2020, dando conta da enorme incerteza futura associada aos impactos adversos decorrentes da crise pandêmica da Covid-19 sobre a economia brasileira.  
Os juros futuros encerraram os negócios desta segunda-feira em alta firme, afetados por um movimento de maior incorporação de prêmio de risco ao longo da curva a termo, especialmente nos trechos mais longos (com vencimento no longo prazo). No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 passava de 1,87% no ajuste anterior para 1,88%; a do DI para janeiro de 2022 ia de 2,65% para 2,67%; a do contrato para janeiro de 2023 subia de 3,76% para 3,79%; a do DI para janeiro de 2025 escalava de 5,40% para 5,47%; e a do contrato para janeiro de 2027 saltava de 6,35% para 6,43%. 
REZENDE, V. Risco fiscal leva a alta das taxas de juros futuros e curva tem maior inclinação desde fim de junho. Valor Econômico, 10/08/2020. Disponível em: <https://valorinveste.globo.com/produtos/renda-fixa/noticia/2020/08/10/risco-fiscal-leva-a-alta--das-taxas-de-juros-futuro-e-curva-tem-maior-inclinacao-desde--fim-de-junho.ghtml>. Acesso em: 7 fev. 2021. Adaptado.
Para minorar os impactos da crise, a Emenda Constitucional n° 106, de 7 de maio de 2020, conhecida como o “Orçamento de Guerra”, instituiu uma diversidade de medidas nos âmbitos fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento da calamidade pública nacional, decorrente da pandemia da Covid-19. Dentre as medidas aprovadas, o Banco Central do Brasil ficou autorizado, temporariamente, a operar com instrumentos de política monetária considerados não convencionais.
A medida de política monetária não convencional, por parte do Banco Central do Brasil, que poderia ter estimulado a redução das taxas de juros de longo prazo no ano passado é a 

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Para resolver essa questão, é essencial compreender o tema das políticas monetárias, especialmente as não convencionais adotadas em momentos de crise econômica. A questão aborda como essas medidas podem influenciar as taxas de juros de longo prazo.

A alternativa C é a correta: compra de títulos públicos e privados no mercado secundário. Este tipo de operação é uma medida de política monetária não convencional, conhecida como Quantitative Easing (QE), ou afrouxamento quantitativo. Ao comprar títulos, o Banco Central injeta liquidez no mercado, o que pode reduzir as taxas de juros de longo prazo e estimular a economia. Essa estratégia foi utilizada por vários bancos centrais ao redor do mundo em resposta a crises financeiras.

Vamos analisar as outras alternativas:

A - Redução da taxa de juros básica de curto prazo (Selic)
Embora a redução da Selic possa influenciar as taxas de juros, ela não é uma medida não convencional. É uma prática comum e não tem impacto direto sobre as taxas de longo prazo, que é o foco da questão.

B - Venda de títulos públicos e privados no mercado secundário
A venda de títulos teria o efeito contrário ao desejado, reduzindo a liquidez no mercado e possivelmente aumentando as taxas de juros de longo prazo.

D - Redução do percentual dos depósitos compulsórios
Essa medida aumenta a liquidez disponível para os bancos, mas é mais direcionada ao estímulo do crédito e do consumo de curto prazo, não afetando diretamente as taxas de juros de longo prazo.

E - Venda de títulos mediante operações compromissadas
Essas operações geralmente são usadas para controlar a liquidez de curto prazo e manter a taxa Selic dentro da meta, não sendo uma medida não convencional para influenciar juros de longo prazo.

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Comentários

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Gabarito: C

Ao comprar títulos, o Banco Central injeta dinheiro na economia e aumenta a liquidez, proporcionando assim um ambiente favorável à redução da taxa de juros. A questão faz referência ao quantitative easing.

A redução do percentual dos depósitos compulsórios caracteriza política monetária convencional.

A prática comum da política monetária não convencional está na compra de  que estão em propriedade dos bancos comerciais pelo . O objetivo aqui é injetar dinheiro na economia e ajudar com a liquidez da .

A política monetária não convencional não deve ser utilizada de maneira frequente. Isto é, ela pode ser considerada como um plano de contingência.

Aumentar a Taxa Selic: Vender títulos. -> Aumentar, À Venda.

Diminuir a Taxa Selic: Comprar títulos.

Compra de titulos - Diminui taxa

Venda de títulos - Aumenta a taxa

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