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Q3221441 Sociologia
De acordo com a contribuição de Helena Hirata e Daniele Kergoat (1994) no conhecido artigo “A classe operária tem dois sexos”, assinale a alternativa correta sobre a relação entre classe e gênero.
Alternativas

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Tema central: A questão aborda a relação entre classe e gênero, a partir das contribuições de Helena Hirata e Daniele Kergoat no artigo “A classe operária tem dois sexos”. Este tema é relevante para entender como diferentes formas de opressão social se inter-relacionam e afetam a estrutura social.

Resumo teórico: A noção central no trabalho de Hirata e Kergoat é a interseccionalidade entre classe e gênero. Elas argumentam que as relações de classe e gênero não podem ser entendidas de forma isolada, pois se sobrepõem e interagem de maneiras complexas. Esse conceito é fundamental para compreender a desigualdade social de forma mais abrangente.

Alternativa correta: C

As relações de classe e de gênero se sobrepõem e devem ser analisadas conjuntamente para entender a estrutura social.

Esta alternativa é correta porque reflete a perspectiva interseccional defendida por Hirata e Kergoat. Elas destacam que as categorias de análise social, como classe e gênero, estão interligadas e afetam as experiências dos indivíduos de forma conjunta. Essa análise conjunta é essencial para entender as complexas dinâmicas de poder e desigualdade na sociedade.

Análise das alternativas incorretas:

A - As relações de classe e de gênero são independentes e não se influenciam mutuamente.

Esta alternativa está incorreta porque ignora a interseccionalidade. As relações de classe e gênero frequentemente se intersectam, influenciando e amplificando as desigualdades vividas pelos indivíduos.

B - A análise das relações de classe deve ser feita separadamente das relações de gênero para evitar confusões teóricas.

Essa alternativa está errada, pois separar essas análises ignora como as duas categorias se influenciam mutuamente. A abordagem interseccional busca justamente evitar reducionismos teóricos.

D - A opressão de gênero é a única forma de opressão relevante na análise da classe operária.

Esta alternativa é incorreta porque desconsidera outras formas de opressão, como a de classe, que também são significativas. A análise interseccional mostra que múltiplas categorias de opressão coexistem.

E - A luta de classes deve ser priorizada sobre a luta de gênero, pois resolverá automaticamente as desigualdades de gênero.

Essa alternativa está errada porque assume que uma única forma de luta solucionaria todas as desigualdades, o que não corresponde à realidade complexa e interseccional das opressões sociais.

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