As psicopatologias leves de começo recente são as mais recom...

Gabarito: E - Errado

Vamos entender o que está em jogo nesta questão. A questão aborda as psicoterapias dinâmicas breves, que são intervenções psicoterápicas focadas e de curta duração, geralmente com um número limitado de sessões.

A afirmação diz que psicopatologias leves de começo recente são as mais recomendadas para a psicoterapia breve, e que este tratamento é contra-indicado para psicopatologias de longa data, mesmo as relativamente graves, que necessitariam de intervenções de longa duração para serem eficazes.

Por que a alternativa está errada?

Em primeiro lugar, é importante lembrar que as psicoterapias dinâmicas breves não são exclusivas para casos leves ou de início recente. Elas podem ser eficazes para uma variedade de problemas psicológicos, incluindo alguns quadros mais graves e de longa data, desde que bem indicadas.

Pesquisas e a prática clínica mostram que, em muitos casos, a intervenção breve pode trazer benefícios significativos, mesmo para sintomas crônicos ou mais severos. A chave está na seleção criteriosa dos pacientes e na estruturação adequada das intervenções.

Ao afirmar que as intervenções de curta duração são ineficazes para psicopatologias de longa data, a questão desconsidera a flexibilidade e a aplicabilidade das psicoterapias breves, que podem ser adaptadas para diferentes contextos e necessidades dos pacientes.

Portanto, a alternativa correta é Errado (E), pois a afirmação subestima a eficácia potencial das psicoterapias dinâmicas breves para casos crônicos.

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Gabarito: errado.

É fato que a Psicoterapia Breve é contra indicada para o tratamento de Síndromes Orgânicas, Esquizofrenia, Transtorno Bipolar, Transtorno de Personalidade Anti-Social, Retardo Mental e Autismo. Também, tem indicação relativa ( prognóstico menos favorável, mas com possibilidade de grande melhoria) para os seguintes casos: Transtorno Depressivo Moderado,Fobias específicas, TOC, Transtornos Alimentares ( bulimia, anorexia, comer compulsivo) e outros Transtornos de Personalidade.

Assim, o erro da questão está em relacionar a data das psicopatologias com o tratamento. As pessoas que melhor resultado podem obter com a Psicoterapia Breve são aquelas que apresentam um alto grau de motivação para a terapia, para entender a si próprios e para mudar. 

Psicopatologias leve e antiga data o erro, pq se seguir este raciocínio e for um Transtorno bipolar recém diagnosticado, por exemplo, não vai ser indicada do mesmo jeito.

Inclusive, há um grande estigma que paira sobre as Psicoterapias Breves, o qual as coloca como últil apenas no tratamentos de psicopatologias leves, devido sua brevidade e foco. Algo que não se confirma nas indicações e contraindicações do modelo de intervenção. Como nosso amigo mencionou abaixo, o quesito "motivação" é o mais importante.

Segundo Hegenberg, 2010, p. 35 "Malan mostrou, por meio de pesquisas, que mudanças duradouras são possíveis mesmo em pacientes com problemas graves de personalidade, independentemente da antiguidade

ou da profundidade das perturbações. Para ele, os fatores de bom prognóstico de uma Psicoterapia Breve têm a ver com possibilidade de focalização, motivação do paciente e natureza das interpretações ligando os movimentos transferenciais às imagos parentais".