Com base na teoria keynesiana, julgue os itens subsequentes....
Em situação de recessão ou estagnação econômica, a tentativa de uma sociedade de poupar mais pode implicar, no curto prazo, um nível menor de poupança e um montante de produto inalterado, o que configura o chamado paradoxo da poupança.
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Gabarito E,
O Paradoxo da Poupança é um princípio, proposto pela primeira vez por Jonh Maynard Keynes, segundo o qual a tentativa de uma determinada sociedade para aumentar a poupança pode resultar na redução do montante que efectivamente é poupado. Por exemplo, numa situação de recessão ou de estagnação econômica, se a população aumentar a sua taxa de poupança, isso irá contribuir para o agravamento da retração do consumo, da produção e do emprego e, consequentemente da poupança.
O erro encontra-se em: "....a tentativa de uma sociedade de poupar mais pode implicar, no curto prazo, um nível....." O correto seria longo prazo. Exemplo real: Japão.
Corrijam-me se estiver errado.
Eu acredito que o erro está em "e um montante de produto inalterado", pois, como o colega Marcos comentou, a produção retrai, logo, o montante do produto também cai, levando a um quadro de montante de produto alterado e não inalterado, como citado no item.
De acordo com Tiago Tavares no livro "Moeda, Poupanças e confusão econômica", "Esta teoria tem em consideração um período de relativo curto-prazo e
especifica um caso particular de procura de poupança – moeda ou
liquidez".
Assim sendo, na minha opinião, o erro esta no montante de produto inalterado....me corrijam se eu estiver equivocado
"O deslocamento da procura das famílias de bens de consumo para bens de
capital, representa um aumento da poupança desejada mas não causará
nenhum paradoxo da poupança. Mas o deslocamento da procura de bens de
consumo para a detenção de meios de liquidez, representa um aumento da
procura de poupança desejada que causará um decréscimo do produto
nacional"
Raphael, acho que você está errado. O erro não está em "curto prazo", mas sim em "inalterado", pois o produto é alterado (para baixo). Mesmo porque, uma poupança pode até gerar malefícios em tempos de crise no curso prazo, mas no longo prazo ela pode voltar a ter seus efeitos normais, uma vez que esse tempo pode ser o necessário para a economia se alavancar. O Paradoxo de Poupança tem basicamente dois efeitos:
1º: Quanto mais poupar, mais seu nível de poupança é reduzido. Para visualizar, pense numa crise com alta inflação; se você poupar, perderá dinheiro, pois a subida de preços o corroerá.
2º: Há maior retração do PIB, pois, segundo o próprio Keynes, em tempos de crise, deve-se gastar para alavancar a Economia. Se você poupa, há retração da Economia.
Esses artigos confirmam o que eu estou falando:
"Diz este paradoxo que, se todas as pessoas quiserem aumentar a sua poupança, no final, a poupança diminui. As pessoas poupam uma percentagem do seu rendimento, 14% no caso português, 24MM€. Se, por exemplo, todas as pessoas quiserem aumentar a poupança para 20% do seu rendimento, os keynesianos defendem que. por causa do multiplicador, a PIB vai diminuir de tal forma que 20% do PIB contraído vai ser menor que 24MM€." http://economicofinanceiro.blogspot.com.br/2013/05/o-paradoxo-da-poupanca.html
"Enquanto as pessoas tentam poupar mais, o que ocorre é um declínio na produção e uma poupança sem mudanças. Isto é particularmente relevante em situações de recessão ou estagnação econômica, em que a tentativa da população de poupar ou a imposição de medidas contracionistas leva não a um aumento da taxa de poupança mas a uma agravamento da retração do consumo, da produção e do emprego e, consequentemente, da própria poupança". http://eaeconomiaestupida.blogspot.com.br/2013/03/aparte-o-paradoxo-da-poupanca.html
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