Em “Se tivéssemos esperado provas experimentais absolutas ...

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Q1816340 Português
O que dizem as últimas pesquisas sobre como educar os
filhos na era digital
   Três horas diárias nas redes sociais são associadas a uma incidência mais alta de problemas de saúde mental entre os adolescentes americanos de 12 a 15 anos. Não existe relação nenhuma entre o uso intensivo da tecnologia e doenças como ansiedade e depressão. O primeiro estudo foi publicado recentemente na revista científica JAMA Psychiatry e o segundo, dias depois, na revista Clinical Psychological Science.
   Confuso? Bem-vindo à realidade dos pais e mães do século XXI. A tecnologia digital vem se insinuando em nossa vida há pelo menos três décadas, mas nada pode se comparar à transformação ocorrida nos últimos dez anos, com o boom dos smartphones. Não existem certezas sobre o que é uso saudável da tecnologia, e a realidade é que todos os pais são cobaias de um grande experimento da humanidade: criar a primeira geração global que cresce imersa no mundo digital. Poucos temas geram tanta ansiedade como o potencial impacto negativo das telas no desenvolvimento das crianças. E o que tira o sono dos pais não para por aí, é claro: da alimentação saudável ao bullying, da relação com o dinheiro à segurança, a lista das preocupações é longa — alguns dirão que é interminável.
   Os bebês de hoje crescem sob a mira das câmeras de celulares. A familiaridade com bits será essencial na educação e na vida profissional dos filhos. Mas qual é a hora certa para o primeiro contato? Segundo as mais recentes diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), nunca antes do primeiro ano de vida. E, para as crianças de 2 a 4 anos, o tempo de tela — seja na frente da TV, do computador, do tablet ou do celular — deve ser de uma hora por dia, no máximo.
   “Não está claro se o uso intensivo das mídias digitais causa depressão ou problemas de saúde mental. Vários estudos sugerem que pode ser o caso, mas são necessários mais estudos para que tenhamos certeza. Porém isso não quer dizer que devemos ficar de braços cruzados”, escreveu num artigo recente Jean Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, e autora de um livro sobre as crianças hiperconectadas. “Se tivéssemos esperado provas experimentais absolutas de que o cigarro provoca câncer de pulmão, poderíamos ainda estar aguardando para fazer alguma coisa.”
   Uma parte da explicação é muito simples: quanto mais tempo as crianças passam sentadas olhando para uma tela, menos tempo estão brincando e se mexendo. Segundo a OMS, hábitos saudáveis de atividade física são estabelecidos desde muito cedo. “A primeira infância é um período de desenvolvimento rápido e uma época em que o estilo de vida da família pode ser adaptado para estimular a saúde”, segundo a OMS. Outra parte tem a ver com o desenvolvimento humano, especialmente nos primeiros anos de vida. “Temos de lembrar que as crianças aprendem brincando”, disse Peg Oliveira, diretora do Gesell Institute of Child Development, um dos centros de estudos sobre desenvolvimento infantil mais respeitados dos Estados Unidos. “Para uma criança na pré-escola, é muito mais importante brincar fora de casa do que ficar dentro de casa lendo.”
   E os limites também se aplicam aos pais, especialmente aqueles cujos bebês ainda são pequenos. Nunca antes na história os pais dedicaram tanto tempo aos filhos. Mas nunca antes na história eles tiveram tantas distrações durante essa interação. De acordo com um levantamento do think tank Pew Research Center, quase 30% dos adultos americanos dizem estar on-line “quase o tempo inteiro”. “Os bebês respondem ao que chamamos de interações ‘saque e devolução’”, afirmou Oliveira. Gestos, olhares, sorrisos e abraços ajudam a formar as conexões neurais que sustentarão sua comunicação verbal e suas habilidades sociais. [...]
   Os especialistas recomendam paciência e perseverança e enfatizam a importância dos exemplos dos pais. Como disse Naumburg: “Não adianta esperar que os filhos larguem o celular se os pais estão vidrados na tela, assim como não é razoável esperar que eles comam bem se a família não tem hábitos saudáveis”.

(JUNIOR, Sérgio Teixeira. O que dizem as últimas pesquisas sobre como educar os filhos na era digital. Texto adaptado. Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/o-que-dizem-as-ultimas-pesquisassobre-como-educar-os-filhos-na-era-digital-24024838. Acesso em: 28/11/2019.)
Em “Se tivéssemos esperado provas experimentais absolutas de que o cigarro provoca câncer de pulmão, poderíamos ainda estar aguardando para fazer alguma coisa.” (4º§), “de pulmão” é uma locução adjetiva. Assinale a alternativa a qual essa locução também pode ser identificada.
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é a A.

Para resolver essa questão, é necessário compreender o conceito de locução adjetiva. Uma locução adjetiva é composta por duas ou mais palavras que, juntas, exercem a função típica de um adjetivo. Elas geralmente são formadas por uma preposição seguida de um substantivo.

No trecho citado da questão: "Se tivéssemos esperado provas experimentais absolutas de que o cigarro provoca câncer de pulmão, poderíamos ainda estar aguardando para fazer alguma coisa.", a expressão "de pulmão" é uma locução adjetiva, pois "de" é uma preposição e "pulmão" é um substantivo, e juntas, funcionam como um adjetivo qualificando "câncer".

Vamos analisar as alternativas para identificar qual delas também contém uma locução adjetiva:

A - Ela não comia carne de boi.

A expressão "de boi" é uma locução adjetiva. "De" é a preposição e "boi" é o substantivo que, juntos, qualificam "carne". Portanto, esta é a alternativa correta.

B - Maria veio correndo de casa.

A expressão "veio correndo" é um verbo no gerúndio e um verbo auxiliar, formando uma locução verbal, não uma locução adjetiva.

C - De repente correram para a escola.

A expressão "de repente" é uma locução adverbial de tempo, e não uma locução adjetiva.

D - Voltamos embaixo de chuva esta semana.

A expressão "embaixo de" é uma locução prepositiva, usada para indicar localização relativa a algo, não qualificando substantivos como uma locução adjetiva faria.

Portanto, a alternativa A é a única que contém uma locução adjetiva, assim como a expressão "de pulmão" do enunciado.

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Comentários

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Locução adjetiva = duas ou mais palavras com sentido de adjetivo. "De boi" equivale ao adjetivo "bovino".

Veio correndo = locução verbal.

De repente = locução adverbial.

Embaixo de = locução prepositiva.

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