Considerando que a constituição da República Federativa Lill...
nacionais vizinhos cuja relação tornou-se conflituosa nos últimos
anos devido à existência de sérios indícios de que Lilliput estaria
prestes a desenvolver tecnologia suficiente para a fabricação de
armamentos nucleares, fato que Utopia entendia como uma ameaça
direta a sua segurança. Após várias tentativas frustradas de fazer
cessar o programa nuclear lilliputiano, a República de Utopia
promoveu uma invasão armada a Lilliput em dezembro de 2001 e,
após uma guerra que durou três meses, depôs o rei e promoveu a
convocação da Assembléia Nacional Constituinte, que outorgou a
Lilliput sua atual constituição. Nessa constituição, que é
democrática e republicana, as antigas províncias foram convertidas
em estados e foi instituído, no lugar do antigo Reino de Lilliput,
a atual República Federativa Lilliputiana.
A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
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Tema Jurídico Abordado: A questão trata da relação entre o Direito Internacional e o Direito Interno, especificamente no contexto das teorias do monismo e dualismo.
Legislação Aplicável: A temática envolve a interpretação doutrinária sobre como os Estados lidam com normas internacionais em face de suas normas internas. Não há um artigo específico de legislação, mas sim princípios doutrinários que orientam a questão.
Explicação do Tema Central: A teoria monista sustenta que o Direito Internacional e o Direito Interno formam um único sistema jurídico, onde as normas internacionais podem ter aplicação direta e prevalecem sobre as normas nacionais quando necessário. Já a teoria dualista vê os dois sistemas como separados, exigindo uma transformação das normas internacionais para que sejam aplicáveis internamente.
Exemplo Prático: Um exemplo de aplicação do monismo pode ser observado em países onde a constituição estabelece que tratados internacionais têm força de lei superior, como ocorre em alguns casos na Constituição Brasileira com direitos humanos. Em contrapartida, um país dualista exigiria a aprovação de uma lei interna para que o tratado tenha efeitos.
Análise da Questão: A questão apresenta que a constituição da República Federativa Lilliputiana confere primazia aos tratados internacionais sobre as leis internas. Isso é um indicativo de adoção da teoria monista, pois reconhece a superioridade hierárquica das normas internacionais sem a necessidade de transformação legislativa. Assim, a interpretação correta é que a alternativa está Errada (E), pois a descrição feita é inconsistente com a teoria dualista.
Justificação da Resposta Correta: A alternativa apresentada sugere que Lilliput adotaria a teoria dualista, mas, na verdade, a prioridade dos tratados internacionais sobre as leis internas é uma característica do monismo. Portanto, a alternativa está errada (E) porque incorretamente associa a prática descrita à teoria dualista.
Como Evitar Pegadinhas: É importante observar os termos que definem a relação entre as normas internacionais e internas. Se houver menção à primazia dos tratados sem necessidade de transformação, estamos tratando de um sistema monista.
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Comentários
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Discordando do respeitável posicionamento exposto anteriormente, respondo que a resposta correta é TEORIA DO MONISMO NACIONALISTA, de Gerog Wihelm F. Hegel.
Para respondê-la deve-se raciocinar da seguinte forma:
1) se são as leis internacionais que preponderam sobre as leis internas de um Estado, trata-se e MONISMO, e não de dualismo;
2) se quem define sobre a primazia de tais normas é a Constituição, e não lei específica (dualismo radical) ou determinado decreto (dualismo moderado), tem-se o MONISMO NACIONALISTA.
Face ao item "2" basta pensar: caso a Constituição de Lilliput seja, posteriormente, alterada por emenda constitucional que disponha que é são as leis internas que tem primazia sobre os tratados internacionais, o que em comum guardará tal regra com o texto constitucional original? Que quem define sobre tais conflitos é a Constituição.
Nesse sentido, explica Rezek: "o primado do direito nacional de cada Estado soberano, sob cuja ótica a adoção dos preceitos do direito internacional aparece como faculdade discricionária (...) Os monistas da linha nacionalista dão relevo (...) desse modo, ao culto da constituição, afirmando que no seu texto, ao qual nenhum outro pode sobrepor-se na hora presente, há de encontrar-se notícia do exato grau de prestígio atribuído às normas internacionais escritas e costumeiras (...) Brasil e Estados Unidos" (Direito Internacional Público, Curso Elementar, 2007, pp. 4-5)".
Resumindo: Para os monistas existe apenas um sistema normativo, onde haveria hierarquia entre as normas internas e externa. Já os dualistas defendem a existência de doia siatemas, logo as normas externas precisam de uma norma interna que possibilitem a efetivação de seus objetivos.
Errado
Dualistas (Dualismo): Duas ordens diferentes. Lei interna superior a Tratados Internacionais
Monista: Lei interna inferior aos Tratados Internacionais.
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