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Em um indivíduo diagnosticado com perda auditiva neurossensorial, quais resultados podem ser esperados na avaliação audiológica?
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A questão aborda a avaliação audiológica em indivíduos com perda auditiva neurossensorial. Essa é uma área fundamental na audiologia, pois ajuda a definir o tipo e o grau de perda auditiva, o que é crucial para o manejo clínico adequado.
Na perda auditiva neurossensorial, ocorre um dano nas células ciliadas da cóclea ou nas vias auditivas centrais. Para entender os resultados esperados, é importante revisar os exames audiológicos comuns:
- Emissões Otoacústicas (EOA): São respostas da cóclea a estímulos sonoros. Em perdas neurossensoriais, especialmente de grau moderado a profundo, as EOA geralmente estão ausentes.
- BERA (Brainstem Evoked Response Audiometry): Avalia a resposta do tronco cerebral a estímulos sonoros. Em perdas neurossensoriais, o BERA pode ser compatível com o grau de perda auditiva.
- Timpanometria: Avalia a função da orelha média. Na perda neurossensorial, a curva normalmente é do tipo A.
- Reflexos auditivos: Podem ser normais ou alterados dependendo da localização e do grau da perda.
Alternativa correta: C
A opção C menciona que as emissões otoacústicas por produto de distorção podem estar presentes em perdas de grau leve, o que é possível, pois tais emissões podem permanecer intactas em perdas auditivas de grau leve. O BERA compatível com o grau da perda auditiva também é esperado, já que o teste deve refletir a função auditiva reduzida. A timpanometria com curva do tipo A indica uma orelha média normal, o que é comum em perdas neurossensoriais. Além disso, menciona-se a possibilidade de recrutamento, um fenômeno típico em perdas neurossensoriais.
Análise das alternativas incorretas:
- Alternativa A: As emissões otoacústicas não são esperadas em perdas neurossensoriais, e a descrição dos reflexos auditivos ipsilaterais normais e contralaterais alterados não é típica.
- Alternativa B: As emissões otoacústicas podem estar presentes em graus leves de perda neurossensorial, contradizendo a afirmação de que são sempre ausentes.
- Alternativa D: Emissões otoacústicas presentes não são esperadas na maioria das perdas neurossensoriais, a menos que sejam muito leves.
- Alternativa E: A afirmação de que as emissões por produto de distorção estão sempre presentes é incorreta, pois em perdas mais significativas, elas podem estar ausentes.
Compreender essas características ajuda a interpretar corretamente os resultados da avaliação audiológica e a identificar o tipo de perda auditiva, que é uma competência essencial para concursos na área de fonoaudiologia.
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