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Q850653 Português

Leia o texto a seguir.


O terrorismo sempre fascinou Albert Camus, que, além de uma obra de teatro sobre o tema, dedicou bom número de páginas de seu ensaio sobre o absurdo, O Mito de Sísifo, a refletir sobre esse insensato costume dos seres humanos de achar que assassinando os adversários políticos ou religiosos se resolvem os problemas. A verdade é que salvo casos excepcionais, em que o extermínio de um sátrapa atenuou ou pôs fim a um regime despótico – os dedos de uma das mãos dão e sobram para contá-los – esses crimes costumam piorar as coisas que querem melhorar, multiplicando as repressões, perseguições e abusos. Mas é verdade que, em alguns raríssimos casos, como o dos narodniki russos citados por Camus, que pagavam com sua vida a morte dos que eles matavam pela “causa”, havia, em alguns dos terroristas que se sacrificavam atentando contra um verdugo ou um explorador, certa grandeza moral.

Disponível em: < https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/19/opinion/1503153835_678637.html>. Acesso em: 19/08/17. (Excerto).


O vocábulo que pode assumir diferentes funções, de acordo com o contexto de ocorrência. Assinale a alternativa que apresenta a análise adequada da ocorrência destacada do texto.

Alternativas

Comentários

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 a) No excerto “em alguns dos terroristas que se sacrificavam”, trata-se de uma partícula expletiva.  ERRADO> pronome relativo (pr) retoma o substantivo terroristas. 

 b) Em “piorar as coisas que querem melhorar”, o vocábulo antecipa “repressões, perseguições e abusos”. ERRADO> pronome relativo (pr) retoma o substantivo "coisas".

 c) No trecho “A verdade é que salvo casos excepcionais”, trata-se de pronome relativo reiterando “verdade”.  ERRADO> conjunção integrante que liga uma oração subordinada substantiva predicativa, "a verdade é que esses crimes costumam piorar as coisas"

 d)  Em “dos que eles matavam pela ‘causa’”, o vocábulo assume a função de um pronome relativo. CORRETO> TRATA-SE de pronome relativo, (de os + quais). 

 e) A ocorrência “que pagavam com sua vida” revela-se como conjunção integrante retomando “casos”.  ERRADO> pronome relativo que retoma um termo anafórico.

 Em “dos que eles matavam pela ‘causa’”, o vocábulo assume a função de um pronome relativo. 

PRONOME RELATIVO NÃO É FUNÇÃO SINTÁTICA

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