Já em atendimento, a fonoaudióloga Cristina se deparou com u...
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Ano: 2016
Banca:
Prefeitura de Campinas - SP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
Prefeitura de Campinas - SP - 2016 - Prefeitura de Campinas - SP - Fonoaudiólogo |
Q1379723
Fonoaudiologia
Texto associado
Atenção: Para responder à questão, considere o caso hipotético abaixo.
Tom tem 5 anos e 4 meses e está em início de avaliação fonoaudiológica. Em seus registros iniciais, Cristina, a fonoaudióloga,
faz as seguintes considerações:
Tom foi encaminhado para avaliação de linguagem por apresentar atraso na aquisição da linguagem oral. Já fez terapia
fonoaudiológica anteriormente por apresentar sialorreia e ausência de fala. Nesse trabalho, a terapeuta enfocou principalmente
aspectos ligados às funções de sucção, mastigação, deglutição, tendo observado significativa evolução. O mesmo não ocorreu em
relação à fala, daí o encaminhamento para nova avaliação. No que se refere ao sistema miofuncional, pude constatar que, quando
distraído, Tom não engole a saliva, que escorre pelo canto da boca, sem que ele se incomode ou tente evitar. Também não limpa o
queixo quando o líquido por ali escorre, demonstrando pouca atenção ou falta de sensibilidade nessa região. Quando solicitado a
engolir a saliva acumulada antes que escorra, nem sempre o faz. Dificuldade ou não aceitação do pedido?
Do ponto de vista dialógico, Tom é uma criança com intenções comunicativas; não se inibe frente a uma pessoa desconhecida
que se lança a conversar com ele, mas também não se mostra interessado em se fazer compreendido. Fala poucas palavras e
vocaliza sem precisão articulatória. Suas vocalizações são indiferenciadas e ele não se importa se o interlocutor está de fato
interpretando corretamente o que diz. É vivaz, inteligente e sorridente. Cativa por esse seu jeito, mas não evolui num diálogo.
Nos momentos em que observei diálogo entre mãe e filho, há interpretação da mãe para qualquer pouca vocalização do filho,
ainda que esta vocalização não dê pistas de tudo que a mãe demonstrou compreender. Tom tem capacidade de produzir
aleatoriamente fonemas plosivos, fricativos e sibilantes, mas articula corretamente em palavras apenas os plosivos.
Já em atendimento, a fonoaudióloga Cristina se deparou com uma demanda escolar. A professora estava preocupada porque muito
possivelmente Tom não conseguiria ser alfabetizado. Em relação ao processo de aquisição da escrita,