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Q3057631 Medicina

A encefalopatia hipoxicoisquêmica é reconhecida e definida como uma síndrome clínica neonatal decorrente de um episódio grave e prolongado de isquemia ou hipóxia que ocorre antes ou durante o momento do parto. Com relação ao manejo do RN com asfixia perinatal e às possíveis complicações que possam ocorrer, julgue o item.


Paralisia cerebral é o termo diagnóstico que deve ser usado para descrever os pacientes que apresentam déficit cognitivo ou sensorial resultante da asfixia perinatal.

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A questão aborda a encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) e suas possíveis consequências em neonatos. A EHI é uma condição que ocorre devido à falta de oxigênio e fluxo sanguíneo adequados para o cérebro do recém-nascido, geralmente durante ou antes do parto. Esta condição pode levar a diversas complicações.

A alternativa apresentada afirma que a paralisia cerebral é o termo diagnóstico para descrever déficits cognitivos ou sensoriais resultantes da asfixia perinatal. No entanto, essa afirmação é incorreta. A paralisia cerebral é uma condição que pode, de fato, ser uma consequência de asfixia perinatal, mas não descreve déficits cognitivos ou sensoriais de forma isolada.

A paralisia cerebral é definida como um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitação de atividade, que são atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro fetal ou infantil em desenvolvimento (Fonte: UpToDate, Sociedade Brasileira de Pediatria).

Portanto, embora a asfixia perinatal possa resultar em paralisia cerebral, nem todos os déficits cognitivos ou sensoriais decorrentes de asfixia perinatal são classificados como paralisia cerebral. Déficits cognitivos, por exemplo, podem ser identificados sem a presença de desordens motoras características da paralisia cerebral.

Além disso, é importante destacar que o diagnóstico de paralisia cerebral é geralmente feito mais tarde, quando a criança apresenta atraso no desenvolvimento motor, e não imediatamente após um episódio de asfixia perinatal.

Dessa forma, a resposta correta para a questão é Errado, pois a definição de paralisia cerebral não se aplica diretamente a todos os déficits resultantes de asfixia perinatal.

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Analisando a afirmação sobre paralisia cerebral e asfixia perinatal

A afirmação está ERRADA.

Justificativa:

A paralisia cerebral não é o termo diagnóstico mais adequado para descrever todos os pacientes que apresentam déficit cognitivo ou sensorial resultante da asfixia perinatal.

Por quê?

  • Paralisia cerebral: É um termo mais específico que se refere a um grupo de distúrbios do desenvolvimento do movimento e da postura, causados por lesões cerebrais ocorridas no período pré-natal, perinatal ou nos primeiros anos de vida. A paralisia cerebral pode se manifestar de diversas formas, com diferentes graus de comprometimento motor, sensorial e cognitivo.
  • Asfixia perinatal: É um evento agudo que pode levar a diversas lesões cerebrais, mas nem sempre resulta em paralisia cerebral. Dependendo da extensão e da localização da lesão, o paciente pode apresentar outros tipos de sequelas neurológicas, como dificuldades de aprendizado, distúrbios de comportamento ou epilepsia.
  • Encefalopatia hipoxico-isquêmica: É um termo mais abrangente que descreve o conjunto de alterações neurológicas causadas pela privação de oxigênio e nutrientes no cérebro. A paralisia cerebral é uma das possíveis sequelas da encefalopatia hipoxico-isquêmica, mas não a única.

Qual o termo mais adequado?

O termo mais adequado para descrever os pacientes que apresentam déficit cognitivo ou sensorial resultante da asfixia perinatal é encefalopatia hipoxico-isquêmica. Esse termo engloba todas as possíveis manifestações neurológicas decorrentes desse evento, incluindo a paralisia cerebral.

Outras complicações da asfixia perinatal:

Além da paralisia cerebral, a asfixia perinatal pode causar outras complicações, como:

  • Convulsões: As convulsões são um evento comum nos recém-nascidos com asfixia perinatal e podem causar lesões cerebrais adicionais.
  • Edema cerebral: O edema cerebral é o acúmulo de líquido no cérebro e pode aumentar a pressão intracraniana, causando danos cerebrais.
  • Lesões de órgãos: A asfixia perinatal pode afetar outros órgãos, como o coração e os rins.
  • Retardo no desenvolvimento neuropsicomotor: Muitos recém-nascidos com asfixia perinatal apresentam atraso no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas e linguísticas.

Em resumo:

A paralisia cerebral é apenas uma das possíveis sequelas da asfixia perinatal. O termo mais adequado para descrever as alterações neurológicas causadas pela privação de oxigênio e nutrientes no cérebro é encefalopatia hipoxico-isquêmica.

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