O termo agridoce, em destaque no TEXTO I, é formado por
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Ano: 2021
Banca:
IDIB
Órgão:
Ministério da Economia
Prova:
IDIB - 2021 - Ministério da Economia - Técnico em Administração, Contabilidade ou Informática |
Q1784184
Português
Texto associado
TEXTO I
Noel Rosa
Compositor de música popular, Noel Rosa deixou vasta obra. Em suas melodias e letras, combinou lirismo e sarcasmo, muitas
vezes proporcionando um autêntico retrato da vida carioca.
Noel de Medeiros Rosa nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de dezembro de 1910. De família pobre, completou o ginásio e
tentou a medicina, mas logo optou pela boemia talentosa do bairro de Vila Isabel, que se tornou o reduto do samba urbano cultivado pela
classe média. Em 1929, ingressou no conjunto Flor do Tempo - mais tarde Bando de Tangarás - como violonista e cantor, ao lado de
outros futuros astros como Almirante, João de Barro, Alvinho e Henrique Brito. Em 1932, Noel iniciou suas atuações na emissora Rádio
Philips. Logo gravou discos de sucesso, com composições de grande riqueza melódica, verdadeiras crônicas de um poeta agridoce.
O compositor produziu muito, sozinho ou em parceria com músicos célebres como Vadico, João de Barro, Ismael Silva, Kid
Pepe e Lamartine Babo. Num estilo interpretativo marcado pela simplicidade, enfocou as contradições da vida. [...] A discografia de Noel
Rosa, nos gêneros mais variados, abrange gravações antológicas do próprio autor e de intérpretes antigos e novos.
A crítica autorizada aponta o compositor como personalidade marcante na evolução do samba como gênero musical do
cancioneiro brasileiro. Noel Rosa morreu em 4 de maio de 1937, aos 26 anos, na mesma casa em que nascera, na Rua Teodoro da Silva
130, Rio de Janeiro.
ROSA, NOEL. Nova Enciclopédia Barsa, Enciclopédia Britânica, vol. 12, 1994. Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações LTDA. Rio de Janeiro - São Paulo.
TEXTO II
A DAMA DO CABARÉ
Noel Rosa
Foi num cabaré* da Lapa
Que eu conheci você
Fumando cigarro,
Entornando champanhe no seu soirée
Dançamos um samba,
Trocamos um tango por uma palestra
Só saímos de lá meia hora
Depois de descer a orquestra
Em frente à porta um bom carro nos esperava
Mas você se despediu e foi pra casa a pé
No outro dia lá nos Arcos eu andava
À procura da Dama do Cabaré*
Eu não sei bem se chorei no momento em que lia
A carta que recebi, não me lembro de quem
Você nela me dizia que quem é da boemia
Usa e abusa da diplomacia
Mas não gosta de ninguém.
(Disponível em https://www.letras.mus.br/noel-rosa-musicas/1285543/.
( * ) “cabaré”, na época da escrita d Noel Rosa, queria dizer apenas “casa de show”.
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