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Q2115219 Sociologia
De acordo com Bobbio (2012, p. 75), “antes do aparecimento e do uso do termo ‘Estado’ o problema da distinção entre ordenamento político e Estado nem mesmo se pôs”. Na filosofia política, o problema do poder foi apresentado sob três aspectos, à base dos quais podem-se distinguir as três teorias fundamentais do poder; relacione-as adequadamente.
1. Substancialista. 2. Relacional. 3. Subjetivista.
( ) O poder é entendido como qualquer coisa que serve para alcançar aquilo que é objeto do próprio desejo. ( ) Entende o poder não como a coisa que serve para alcançar o objetivo, mas a capacidade do sujeito de obter certos efeitos. ( ) O poder é entendido como a relação entre os atores, na qual o ator induz outros atores a agirem de modo que, em caso contrário, não agiriam.
A sequência está correta em
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é a C. Vamos entender o porquê e analisar cada uma das opções para esclarecer as alternativas corretas e incorretas.

De acordo com a filosofia política e a análise de Bobbio, o problema do poder pode ser abordado sob três teorias fundamentais: substancialista, subjetivista e relacional. Vamos relacionar cada teoria com a definição correta.

1. Substancialista: O poder é entendido como qualquer coisa que serve para alcançar aquilo que é objeto do próprio desejo.

Nessa abordagem, o poder é visto como algo tangível, quase como um objeto que se possui e que pode ser utilizado para atingir objetivos. Por exemplo, riqueza ou força militar podem ser considerados "substâncias" que conferem poder a quem os possui.

2. Relacional: O poder é entendido como a relação entre os atores, na qual o ator induz outros atores a agirem de modo que, em caso contrário, não agiriam.

Essa perspectiva vê o poder não como uma coisa ou capacidade, mas sim como uma relação dinâmica entre indivíduos ou grupos. É a capacidade de influenciar as ações de outros dentro de um contexto particular.

3. Subjetivista: Entende o poder não como a coisa que serve para alcançar o objetivo, mas a capacidade do sujeito de obter certos efeitos.

O enfoque aqui é na capacidade individual de alguém realizar ações que produzam efeitos desejados. Não é tanto sobre possuir algo (como na abordagem substancialista), mas sobre a habilidade inata ou desenvolvida de alcançar resultados específicos.

Agora, analisando as alternativas:

A - 1, 2, 3: Incorreta. A sequência não corresponde corretamente às definições fornecidas.

B - 2, 3, 1: Incorreta. A sequência também não está correta segundo as definições.

C - 1, 3, 2: Correta. A sequência está alinhada com as definições das teorias:

  • Substancialista - qualquer coisa que serve para alcançar aquilo que é objeto do próprio desejo;
  • Subjetivista - a capacidade do sujeito de obter certos efeitos;
  • Relacional - a relação entre os atores, na qual o ator induz outros atores a agirem de modo que, em caso contrário, não agiriam.

D - 3, 1, 2: Incorreta. A sequência de definições está incorreta.

Espero que essa explicação tenha clarificado as diferenças entre as teorias de poder abordadas por Bobbio e ajudado a compreender por que a alternativa C é a correta. Se precisar de mais detalhes ou tiver outras dúvidas sobre o tema, estou à disposição para ajudar!

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Comentários

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A substancialista defendida por Hobbes entende que o poder é como qualquer substância material que o homem possui e usa para atingir um determinado objetivo. Para essa primeira teoria, o poder de um homem consiste nos meios de que dispõe para a obtenção de outro bem.

A teoria subjetivista, defendida por John Locke, ensina que poder não é a coisa que serve para alcançar certo objetivo, mas a capacidade do sujeito em obter certos efeitos. Seria, por exemplo, o poder que o soberano tem em determinar e influenciar a conduta dos seus súditos.

 Na corrente mais moderna e defendida por Bobbio tem-se a teoria relacional, em que o poder é a relação entre dois sujeitos de modo que o primeiro obtém do segundo um comportamento que, em caso contrário, não ocorreria. É uma versão atualizada da concepção tradicional de poder.

GAB:C

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