Um lactente de um ano e três meses de idade, previam...

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Q1069555 Medicina
Um lactente de um ano e três meses de idade, previamente hígido, foi levado pela ambulância à emergência com convulsão febril, caracterizada por perda de consciência, cianose labial e movimentos tônico‐clônicos nos membros, com duração de mais ou menos dois minutos. A mãe relata que foi a primeira crise. Ao exame físico, após cessação da crise, a criança ainda estava febril, sem sinais de irritação meníngea, mas com coriza hialina e hiperemia de orofaringe.
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta a conduta mais adequada.
Alternativas

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Para resolver esta questão, precisamos entender o conceito de convulsão febril, que é comum em crianças entre 6 meses e 5 anos. Essa condição ocorre quando uma criança tem uma convulsão durante um episódio de febre, sem uma infecção cerebral subjacente ou outro problema neurológico.

A alternativa correta é a Alternativa C: dar alta sem prescrição de medicamento anticonvulsivante profilático e encaminhar para pediatra geral. Esta é a escolha mais adequada porque:

  • Convulsões febris simples, como descrita no caso (duração curta, sem sinais neurológicos após a crise), não requerem tratamento anticonvulsivante profilático.
  • O manejo típico envolve tranquilizar os pais, educá-los sobre a natureza benigna das convulsões febris e aconselhá-los a procurar um pediatra para acompanhamento.

Agora, vamos examinar as alternativas incorretas:

Alternativa A: fornecer receita controlada de benzodiazepínico oral para ser administrado em casa na vigência de febre. Esta alternativa não é ideal porque:

  • Não há necessidade de administrar benzodiazepínicos preventivamente em casa em casos de convulsões febris simples.
  • O uso excessivo de benzodiazepínicos pode trazer riscos e efeitos colaterais desnecessários.

Alternativa B: indicar internação e pedir um eletroencefalograma. Esta abordagem é excessiva porque:

  • Internação é geralmente reservada para convulsões complexas ou quando há outras preocupações médicas.
  • Um eletroencefalograma não é indicado após uma primeira crise convulsiva febril simples, a menos que a história clínica sugira epilepsia.

Alternativa D: dar alta médica com a prescrição de fenobarbital por seis meses. Isso não é recomendado porque:

  • Fenobarbital não é indicado para prevenir convulsões febris devido aos seus efeitos colaterais e à natureza benigna das convulsões febris simples.

Alternativa E: realizar punção lombar e solicitar análise do liquor. Esta opção não é indicada porque:

  • Punção lombar é considerada apenas se houver suspeita de meningite, o que não é o caso aqui, pois não há sinais de irritação meníngea.

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A alternativa correta é a C, dar alta sem prescrição de medicamento anticonvulsivante profilático e encaminhar para pediatra geral. A convulsão febril é comum em crianças entre seis meses e seis anos de idade e geralmente não é indicativo de uma condição neurológica subjacente. A maioria das convulsões febris ocorre em crianças sem história de epilepsia e não requer tratamento profilático com medicamentos anticonvulsivantes. A conduta mais adequada é orientar os pais sobre o manejo da febre e quando procurar atendimento médico em caso de nova crise ou mudanças no comportamento da criança, bem como encaminhar para um pediatra geral para avaliação e investigação adicional, se necessário.

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