Sobre o texto: I - Nos primeiros três versos o poeta implor...
“Deixa-me seguir o mar”
“Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como
evocar-se um fantasma... Deixa-me ser
o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas, às vezes virão em mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar, as imagens perdendo no
caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar..
Toda a tristeza dos rios é não poderem parar!” (Mário Quintana)
I - Nos primeiros três versos o poeta implora pela liberdade de escolha de seus desejos, pede que ele possa ser o seu desejo, que possa escolher quando ir e como ele deve ir...
II - Logo a seguir, utilizando-se do seu direito de poeta, traça o cenário baseando -se em elementos da natureza e fatores externos que podem fazer dele algo útil.
III- Utilizando do recurso da comparação, lança mão de dois efeitos, a partir de um único elemento, o espelho. O espelho somente reflete a imagem daquilo que se apresenta a ele, assim como o espelho d’agua reflete o movimento da água que é fugaz e passageiro.
IV - O rio, assim como o poeta, flui. Vemos também, através da comparação do sujeito poético, a consciência de que o tempo pode parar ou passar conforme nosso momento.