Além da terapia medicamentosa, a conduta inicial frente ao ...
Caso Clínico – utilize para responder a questão
CDE, sexo masculino, natural de Batatais, SP. Torneiro mecânico, 46 anos.
Anamnese
- Queixa principal: dispneia há 3 horas.
- Paciente referiu que há cerca de 3 horas iniciou quadro de cefaleia holocraniana após discussão familiar. Concomitante a esse quadro, passou a observar maior dificuldade para “puxar o ar” ao respirar, sintoma que se acentuou progressivamente desde então. Como não houve melhora após tomar água com açúcar procurou a unidade.
- Refere nictúria há 3 anos.
- Antecedentes pessoais: referiu ser hipertenso há 15 anos, com uso irregular de captopril 25mg 8/8 horas e hidroclorotiazida 25mg/dia. Tabagista a 30 anos (20 cigarros/dia). Nega etilismo, diabetes e dislipidemia.
- Antecedentes familiares: vários familiares hipertensos. Pai faleceu aos 50 anos vítima de IAM. Exame físico
- REG, taquipneico, afebril, hidratado, corado, acianótico. Sobrepeso à inspeção visual.
- FC= 110 bpm; PA em ambos os membros superiores = 214x146 mmHg; FR = 28 ipm; temperatura = 36,6ºC.
- Cardiovascular: ictus no 6º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular, impulsivo com 3 polpas digitais. Ritmo regular com 3 tempos (4ª bulha), sem sopros orgânicos. Pulsos periféricos palpáveis e simétricos.
- Respiratório: tórax com expansibilidade simétrica e ampla, fazendo uso de musculatura acessória. Crepitações de médias bolhas até o terço médio de ambos os pulmões.
- Abdome: globoso, com aumento de panículo adiposo, normotenso e sem visceromegalias. RHA presentes e normais.
- Membros: edema +/4+ em ambos os MMII, frio, depressível, indolor.
- Neurológico: sem anormalidades.
- Fundoscopia: discreto papiledema.
Eletrocardiograma: ritmo sinusal, FC: 100 bpm, eixo médio do QRS verticalizado, sobrecarga ventricular esquerda, alterações secundárias da repolarização ventricular. RX de tórax: arcabouço ósseo e partes moles sem anormalidades. Área cardíaca sem anormalidades. Presença de infiltrado alveolar nos dois terços inferiores dos dois pulmões.
Além da terapia medicamentosa, a conduta inicial frente ao quadro apresentado segue as seguintes medidas:
I– Obtenção de acesso venoso periférico com veia calibrosa, monitorização cardíaca contínua multiparâmetro e administração de oxigênio por meio de máscara facial com reservatório, mantendo fluxo de 10-12 L/min.
II – Indica-se a redução da pressão arterial de modo rápido, buscando atingir valores em torno de 50% de redução inicial.
III – Solicitação de exames laboratoriais bioquímicos e hematológicos.
Está correto o que se afirma em: