Com o Acordo Ortográfico, a palavra “asteroide” deixou de le...
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Ano: 2022
Banca:
Instituto Access
Órgão:
Câmara de Rio Acima - MG
Prova:
Instituto Access - 2022 - Câmara de Rio Acima - MG - Agente Administrativo |
Q1899734
Português
Texto associado
Texto
Terra tem asteroide de 1,2 km
que a segue em sua órbita
Graças a dados do telescópio Soar, observatório do qual o
Brasil é sócio majoritário no Chile, pesquisadores confirmaram
que a Terra tem um asteroide de 1,2 km de diâmetro que
acompanha o planeta em sua órbita ao redor do Sol.
Muito tem sido dito sobre os pontos de libração (ou
lagrangianos) de um sistema como o Terra-Sol, agora que o
Telescópio Espacial James Webb se instalou em um deles, o L2,
localizado a 1,5 milhão de km da Terra, acompanhando o planeta
em seu passeio pelo carrossel solar. Mas outros dois pontos do
mesmo tipo, L4 e L5, ficam exatamente na órbita terrestre, a
60 graus do planeta, um adiante e outro atrás.
Eles servem, assim como os demais, como uma espécie de
estacionamento natural, em que a gravidade dos dois astros (Sol
e Terra, no caso) se contrabalança para estabilizar objetos ali
localizados. Vale para naves, como o Webb, e também para
asteroides, que, quando param por lá, são chamados de troianos.
O termo foi originalmente usado para descrever os
pedregulhos que ficam nos pontos L4 e L5 do sistema Júpiter-Sol,
acompanhando o planeta gigante em sua órbita. Mas em tese
qualquer mundo com massa suficiente pode tê-los. Com efeito,
há troianos associados a todos os gigantes gasosos e a quase
todos os rochosos (só Mercúrio não teve ao menos um objeto
desse tipo descoberto).
O primeiro troiano terrestre a ser achado foi o 2010 TK7,
detectado, adivinhe só, em 2010. O segundo, esmiuçado agora,
pintou uma década depois, quando o telescópio Pan-Starrs1, no
Havaí, descobriu o 2020 XL5. Mas, por ocasião de sua descoberta,
era possível que fosse apenas um asteroide de passagem, não um
troiano.
Contudo, uma busca nas imagens de arquivo da DECam,
câmera do projeto Dark Energy Survey, revelou a posição do
objeto em vários momentos entre 2012 e 2019. Somando-a às
novas observações, foi possível determinar a órbita e constatar
que de fato ele acompanha a Terra – e assim o fará por pelo
menos mais uns 4.000 anos, até ser perturbado
gravitacionalmente e pegar outro caminho.
Os dados do Soar em particular permitiram estimar o
tamanho e a composição do 2020 XL5. Trata-se de um asteroide
tipo C, rico em carbono, e seu diâmetro é dos grandões. Com 1,2
km, ele tem o triplo do tamanho do 2010 TK7. Ambos estão
localizados no L4, um ponto lagrangiano que viaja à frente da
Terra em sua órbita. No L5, que vem na esteira do trajeto do
planeta em torno do Sol, ainda não encontraram nada.
O resultado foi publicado no periódico Nature
Communications e pode ser só mais um em uma lista: é bem
possível que a Terra tenha outros troianos esperando para ser
descobertos. Marte, apesar de muito menor, tem pelo menos
nove (e possivelmente 14, se contarmos os objetos ainda não
listados oficialmente como troianos). Facilita, nesse caso, estar
perto de um grande repositório, o cinturão de asteroides.
(Salvador Nogueira. https://www1.folha.uol.com.br
/blogs/mensageirosideral/2022/02/terra-tem-asteroide-de-
12-km-que-a-segue-em-sua-orbita.shtml.
Fevereiro de 2022)
Com o Acordo Ortográfico, a palavra “asteroide” deixou de levar
acento para marcar os ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI.
Nesse cenário, assinale a opção que apresente a palavra grafada incorretamente seguindo a nova regra.
Nesse cenário, assinale a opção que apresente a palavra grafada incorretamente seguindo a nova regra.