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Ano: 2020
Banca:
MS CONCURSOS
Órgão:
Prefeitura de Corumbiara - RO
Provas:
MS CONCURSOS - 2020 - Prefeitura de Corumbiara - RO - Assistente Social
|
MS CONCURSOS - 2020 - Prefeitura de Corumbiara - RO - Enfermeiro |
MS CONCURSOS - 2020 - Prefeitura de Corumbiara - RO - Psicólogo |
MS CONCURSOS - 2020 - Prefeitura de Corumbiara - RO - Nutricionista |
Q1710246
Português
Texto associado
Rondônia é o quinto maior produtor de café do País e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta). Seu cultivo é realizado por cerca de 20 mil produtores familiares e, exclusivamente, da espécie canéfora. “A indicação de uma cultivar da espécie arábica é estratégica para o estado, pois atende a demanda por esse tipo de grão na região amazônica, tanto para a produção de cafés especiais, ou gourmets, quanto para a utilização em blends, que é a mistura de grãos de cafés arábica e canéfora”, explica Teixeira. Atualmente, todo o café arábica consumido no norte do País é oriundo de outras regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo.
Estudos genéricos selecionaram variedades de café arábica para a Região Amazônica.
Estudos desenvolvidos pela Embrapa Rondônia durante 13 anos apontam a cultivar de café arábica Catucaí
Amarelo 2SL como muito produtiva para a Região Amazônica. Desenvolvida pela Fundação Procafé, ela já era
indicada para plantio no sul de Minas Gerais, mas as análises genéticas conduzidas pela Embrapa comprovaram
o seu potencial produtivo também em temperaturas elevadas, possibilitando estender a recomendação de plantio
para Rondônia, em regiões acima de 300 metros de altitude, com temperaturas médias próximas de 26°C.
Os estudos duraram 13 anos e selecionaram a cultivar e duas linhagens entre 57 genótipos de café arábica
avaliados, pois elas mostraram produtividade acima de 35 sacas por hectare, acima da média brasileira de 30
sacas por hectare.
Além disso, a qualidade da bebida superou as expectativas, alcançando notas superiores a 80 pontos, na escala
de 0 a 100 da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), o que a coloca na categoria de café especial,
de acordo com os padrões internacionais de qualidade. O Catucaí Amarelo apresentou corpo acentuado,
cremoso, baixa acidez e sabores que remetem ao caramelo e chocolates.
Segundo o pesquisador da Embrapa, Alexsandro Teixeira, a seleção do material genético mais adaptado à região
e a adoção dos cafeicultores, quanto ao manejo diferenciado do café arábica, foram os principais desafios para
alcançar a indicação da cultivar.
Primeiro arábica para a Amazônia
Rondônia é o quinto maior produtor de café do País e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta). Seu cultivo é realizado por cerca de 20 mil produtores familiares e, exclusivamente, da espécie canéfora. “A indicação de uma cultivar da espécie arábica é estratégica para o estado, pois atende a demanda por esse tipo de grão na região amazônica, tanto para a produção de cafés especiais, ou gourmets, quanto para a utilização em blends, que é a mistura de grãos de cafés arábica e canéfora”, explica Teixeira. Atualmente, todo o café arábica consumido no norte do País é oriundo de outras regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo.
Mais de uma década de pesquisa
No início de 2005, a Embrapa Rondônia e a Embrapa Café, em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas
(IAC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), deram início às pesquisas de
melhoramento genético da espécie Coffea arabica L. nas condições climáticas da Amazônia. O objetivo foi avaliar
e selecionar genótipos de café arábica nas condições de baixas altitudes e temperaturas elevadas.
As principais características buscadas durante o processo seletivo foram a produtividade e o ciclo de maturação
tardio. Ao longo dos anos, observou-se que o café arábica amadurece mais cedo em regiões de clima quente, o
que, para as condições amazônicas, coincide com as altas precipitações dos meses de fevereiro a março,
dificultando a secagem dos frutos.
As cultivares de café arábica disponíveis atualmente são adaptadas às regiões de altitudes elevadas e
temperaturas amenas, com médias anuais entre 18ºC e 23ºC, ao contrário do que ocorre na Amazônia Ocidental,
onde são verificadas baixas altitudes e temperaturas médias elevadas, em torno de 25ºC a 27ºC durante todo o
ano. Temperaturas acima de 23ºC provocam crescimento e desenvolvimento acelerado dos frutos (ciclo precoce),
o que, em determinadas situações, pode ocasionar a perda de qualidade dos grãos. Outro fato prejudicial é a
combinação de temperaturas elevadas e alta umidade do ar durante o florescimento, ocasionando o abortamento
excessivo de flores.
O resultado das pesquisas oferece aos produtores uma opção de plantio de uma cultivar de café arábica adaptada
às condições amazônicas e o acesso a um nicho de mercado interessante, já que todo o café dessa espécie
consumido na Região Norte vem de outros estados.
Produtividade alcançou 51 sacas/há.
[...]
(Fonte: https://www.rondoniagora.com/agronegocio/estudos-geneticos-selecionam-variedade-de-cafearabica-para-a-regiao-amazonica - texto adaptado).
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