A linguagem dos escritores modernistas em muitos casos cont...

Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Q2044853 Português
A linguagem dos escritores modernistas em muitos casos contrariava a norma culta da língua tradicional; estudos mostram uma série de pontos em que essa “revolução” foi praticada.
Assinale a opção cujo exemplo não corresponde à modificação indicada no início.
Alternativas

Gabarito comentado

Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores

A questão exige que o candidato encontre uma frase que faz uma afirmação incorreta quanto à regência e colocação pronominal. Vejamos:


A) Correta.

Frases iniciadas por pronomes oblíquos átonos: Me viram na festa, mas não me cumprimentaram.

O "me" é um pronome oblíquo átonos e está erradamente iniciando uma frase. O correto é: Viram-me...

B) Correta.

Emprego do pronome “ele" em lugar de “o", como complemento direto: Encontrei ele na esquina da rua.

O verbo "entrar" é transitivo direto e necessita de um complemento. No entanto, não se pode ser o pronome pessoal "ele", pois esse deve ser usado como sujeito. O correto seria assim: Encontrei-o...

C) Correta.

Uso do pronome “lhe" em lugar de “o", em função de objeto direto: Eu lhe vi na feira do bairro, mas não a cumprimentei.

O verbo "ver" é transitivo direto e exige um complemento verbal. O pronome "lhe" apenas complementam verbos transitivos indiretos. O correto é: Eu o vi...

D) Incorreta.

Uso da preposição “em" em lugar da preposição “a", com verbos de movimento: Cheguei no teatro atrasado.

Celso Pedro Luft admite em seu Dicionário verbal que na Língua Portuguesa está se tornando aceitável a preposição "em" com o verbo "chegar". A banca entendeu ser errado afirmar que a preposição "em" está no lugar da preposição "a", pois entende que ali também é de fato permitido o seu uso.

Segundo Nascentes, essa regência ocorre em Euclides da Cunha, Taunay, Vicente de Carvalho, Simões Lopes Neto, Humberto de Campos,   Amando Fontes, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, entre outros. As pesquisas de Lessa (p. 168-71) e Barbadinho (1977: 61-2) confirmam amplamente esse brasileirismo nos autores modernistas. Lessa transcreve 19 exemplos de chegar em,  contra 10 de chegar a.

“ á se tolera o chegar em, na língua escrita" (Elia: 111).

E) Correta.

Emprego da forma “mim" como sujeito de infinitivo: Naquele momento era impossível para mim viajar.

O pronome "mim" não pode configurar como sujeito da frase. O correto é: ...para eu viajar.

Gabarito: D

Referência bibliográfica: LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Verbal.  8.ed., 12.impr. - São Paulo: Ática, 2008.

Clique para visualizar este gabarito

Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo

Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

Não entendi NADA!

Letra B segue a norma, né não? Objeto direto - quem encontra, encontra algo ou alguém. Logo poderia colocar "o", certo? E a questão pede justamente a opção em que NÃO há essa revolução (contrariar as normas). Na letra D, quem chega, chega a algum lugar, não poderia se colocar "em" ali, logo é uma revolução para mim.

Alguém sabe explicar?

O que ?????? Como assim ?????

Os professores quisessem comentar as questões seria bom!!!!!!!!!!!!

Cheguei pode ser intransitivo.

Eu cheguei (no teatro - adjunto adverbial lugar)

Clique para visualizar este comentário

Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo