Conforme o Ministério da Saúde (2024), as lesões de cárie sã...
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Alternativa correta: D - É recomendada a aplicação de agentes antimicrobianos para a limpeza da cavidade após a remoção seletiva da dentina cariada.
Vamos entender por que essa alternativa está incorreta e discutir o contexto das demais opções.
A questão aborda as lesões de cárie profundas e a abordagem recomendada pelo Ministério da Saúde em relação ao tratamento dessas lesões. Saber como lidar com a dentina cariada, especialmente em casos onde a lesão é profunda e próxima à polpa, é fundamental para a prática clínica em odontologia.
Alternativa A: É recomendada a remoção seletiva da dentina cariada para dentes com lesões profundas de cárie, vitais, sem sintomatologia dolorosa ou com dor provocada/pulpite reversível.
Essa alternativa está correta porque a remoção seletiva da dentina cariada é uma abordagem conservadora que visa preservar a vitalidade pulpar, uma vez que evita a exposição pulpar e permite que a dentina remanescente se remineralize.
Alternativa B: É recomendada a remoção seletiva em uma sessão única para o tratamento de dentes com lesões profundas de cárie, vitais, sem sintomatologia dolorosa ou com dor provocada/pulpite reversível.
Essa alternativa está correta também. O tratamento em uma sessão única faz parte das recomendações, desde que realizado com cuidado para evitar a exposição da polpa.
Alternativa C: É recomendado que o critério tátil de dureza seja utilizado como guia para orientar a remoção de dentina cariada em lesões profundas de cárie, limitando-se a remoção até a dentina amolecida nas paredes de fundo, e até a dentina dura nas paredes circundantes da cavidade.
Essa alternativa está correta. O uso do critério tátil de dureza é fundamental para garantir que apenas a dentina cariada seja removida, preservando o tecido dental saudável.
Alternativa D: É recomendada a aplicação de agentes antimicrobianos para a limpeza da cavidade após a remoção seletiva da dentina cariada.
Essa alternativa está incorreta. O Ministério da Saúde não recomenda a aplicação de agentes antimicrobianos após a remoção seletiva da dentina cariada. A remoção seletiva por si só, seguida de uma restauração adequada, é suficiente para tratar a lesão.
Alternativa E: Não é necessária a aplicação de material forrador na cavidade após a remoção seletiva de dentina cariada anteriormente a restaurações adesivas.
Essa alternativa está correta. A literatura atual sugere que, em muitos casos, a aplicação de um material forrador não é necessária antes da restauração adesiva, desde que a técnica de remoção seletiva tenha sido bem executada.
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- Recomenda-se a remoção seletiva da dentina cariada para dentes com lesões profundas de cárie, vitais, sem sintomatologia dolorosa ou com dor provocada/pulpite reversível --> Esta abordagem pode aumentar a resolutividade do serviço, visto que a remoção seletiva pode reduzir o risco de exposição pulpar, que é considerado um desfecho intermediário para uma possível necessidade de tratamento endodôntico futuro - especialmente quando as baixas taxas de sucesso dos procedimentos de capeamento pulpar direto com materiais à base de hidróxido de cálcio são levada.
- Recomenda-se a remoção seletiva em uma sessão para o tratamento de dentes com lesões profundas de cárie, vitais, sem sintomatologia dolorosa ou com dor provocada/pulpite reversível --> a segunda sessão de remoção de dentina cariada pode ser suprimida, pois pode aumentar o risco de exposição pulpar, adiciona custo, tempo e potencial desconforto ao usuário, além do risco de não conclusão do tratamento. Sobretudo na dentição decídua, em que os dentes têm um tempo de permanência em boca limitado, a remoção em 2 sessões não é considerada uma opção para esta dentição.
- Recomenda-se que o critério tátil de dureza seja utilizado como guia para orientar a remoção de dentina cariada em lesões profundas de cárie, limitando-se a remoção até a dentina amolecida nas paredes de fundo, e até a dentina dura nas paredes circundantes da cavidade --> o painel ponderou que a orientação visual por corantes pode levar à remoção excessiva de dentina, o que pode ser particularmente danoso em lesões profundas de cárie.
- Não se sugere a aplicação de agentes antimicrobianos para a limpeza da cavidade após a remoção seletiva da dentina cariada --> o uso de agentes antimicrobianos não é necessário, uma vez que seu uso não apresentou nenhum benefício adicional.
- O painel sugere que não seja necessária a aplicação de material forrador na cavidade após a remoção seletiva de dentina cariada, anteriormente a restaurações adesivas --> Quando a remoção seletiva de tecido cariado é realizada, pode-se pensar que a manutenção de uma camada de tecido dentinário amolecido sobre a parede pulpar já atue como um forrador biológico, protegendo o tecido pulpar. A evidência atual não defende o uso de materiais forradores (hidróxido de cálcio) na cavidade para manter vitalidade pulpar após a remoção seletiva de lesões profundas de cárie e antes da restauração da cavidade. Ao contrário, apresenta vantagens em não usar forradores, ou seja, diretamente restaurar a cavidade, seja com sistema adesivo e resina composta, ou com cimento de ionômero de vidro.
(DIRETRIZ PARA A PRÁTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE MANEJO DE LESÕES PROFUNDAS DE CÁRIE, 2024)
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