A musculatura estriada esquelética pode ser classifica...

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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: FUNARTE Prova: FGV - 2014 - FUNARTE - Fisioterapeuta |
Q403299 Fisioterapia
A musculatura estriada esquelética pode ser classificada, de acordo com a função e a histologia, em musculatura vermelha e branca ou tipo 1 e tipo 2. De acordo com a quantidade de mitocôndrias, o metabolismo e a tendência a ocorrer quando não utilizada, é correto afirmar que:
Alternativas

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A alternativa correta é a E.

A questão aborda a classificação da musculatura estriada esquelética com base na quantidade de mitocôndrias, no tipo de metabolismo e na resposta ao desuso. Para resolver essa questão, é necessário ter conhecimento sobre os tipos de fibras musculares, especificamente as fibras do tipo 1 (vermelhas) e do tipo 2 (brancas).

Vamos analisar a alternativa correta e as incorretas:

Alternativa E: Tipo 2 - baixa concentração mitocondrial, metabolismo anaeróbio e tendência à atrofia.

Essa alternativa está correta. As fibras musculares tipo 2 têm baixa concentração de mitocôndrias, utilizam principalmente o metabolismo anaeróbio, e, quando não utilizadas, apresentam tendência à atrofia.

Alternativa A: Tipo 1 – alta concentração mitocondrial, metabolismo anaeróbio e tendência à atrofia.

Essa alternativa está incorreta. Embora as fibras tipo 1 tenham alta concentração de mitocôndrias, o seu metabolismo é aeróbio (não anaeróbio). Além disso, essas fibras tendem a resistir mais à atrofia.

Alternativa B: Tipo 1 – baixa concentração mitocondrial, metabolismo aeróbio e tendência a encurtar.

Essa alternativa está incorreta. As fibras tipo 1 possuem alta concentração de mitocôndrias, não baixa. E embora o metabolismo seja aeróbio, elas não têm tendência a encurtar.

Alternativa C: Tipo 2 – alta concentração mitocondrial, metabolismo anaeróbio e tendência à atrofia.

Essa alternativa está incorreta. As fibras tipo 2 têm baixa concentração de mitocôndrias, não alta. Elas utilizam metabolismo anaeróbio e têm tendência à atrofia.

Alternativa D: Tipo 2 – baixa concentração mitocondrial, metabolismo anaeróbio e tendência a encurtar.

Essa alternativa está incorreta. Apesar de acertar sobre a baixa concentração de mitocôndrias e o metabolismo anaeróbio, as fibras do tipo 2 têm tendência à atrofia e não necessariamente a encurtar.

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Tipo I, de contração lenta ou vermelhas, e isto devido à densi­dade capilar e ao conteúdo em mioglobina.

Tipo II, de contração rápida ou fibras brancas, as quais se sub­dividem na lIa, IIb, e IIc.

a)Fibras tipo I, de contração lenta, vermelhas ou ST(slow twitch) São fibras com menor diâmetro, com um maior fornecimento sanguíneo, quando expresso em capilares por fibra, possuem muitas e grandes mitocôndrias e muitas enzimas oxidativas. São por isso fibras com um metabolismo energético de predomínio aeróbico, resultando uma grande produção de ATP, permitindo esforços duradouros. Estas fibras predominam nos músculos dos atletas de endurance ou resistência.

A enzima desidrogénase do succinato, que é uma enzima típica do metabolismo aeróbico, encontra-se em quantidades elevadas e constitui um marcador deste tipo de fibras. Têm uma grande atividade da NAD desidrogénase e da citocromo oxídase.

b)Fibras tipo II, de contração rápida, brancas ou FT(fast twitch) São fibras brancas, de maior diâmetro, com predomínio de metabolismo energético de tipo anaeróbico. Possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a este tipo de metabolismo, como por exemplo a CPK (creatinofosfoquínase), necessária à regeneração rápida de ATP a partir da fosfocreatina (CP). As quantidades das enzirnas desidrogénase láctica (LDH) e fosfofrutoquínase (PFK) são também elevadas. O músculo constituído por este tipo de fibras tem uma velocidade de contração, uma velocidade de condução na membrana e uma tensão máxima maior do que nas fibras do tipo I. Têm elevados níveis de atividade da ATPa­se miofibrilar, o que revela grande velocidade na elaboração das interações actina-miosina.

Fibras subtipo IIb: constituem o subtipo mais característico. São fibras de contração rápida (fast twitch), nas quais o metabolismo anaeróbico é dominante, o que origina uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. O componente aeróbico é reduzido.

São fibras com um mau rendimento energético, que acumulam muito ácido láctico e H +, são de contração rápida e facilmente fatigáveis. Quando sujeitas a um treino de endurance, de características aeróbicas, tendem a apresentar características mais semelhantes às do subtipo lIa.

Fibras do subtipo lIa: são também fibras brancas, com predomínio do metabolismo anaeróbico, mas já com uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes à fadiga do que as anteriores.

Fibras do subtipo IIc: são fibras que se encontram no mús­culo em quantidades muito pequenas, cerca de 1% do total. Possuem predomínio do metabolismo anaeróbico e uma capacidade oxidativa bastante superior à encontrada nos subtipos anteriores, o que as coloca entre estas e as fibras tipo I, no que se refere à resistência à fadiga.

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