Mulher de 81 anos com Demência da Doença de Alzheimer fase ...

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Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: SES-DF Prova: IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Geriatria |
Q1940917 Medicina
Mulher de 81 anos com Demência da Doença de Alzheimer fase moderada, institucionalizada, recebe alta após 22 dias de internação para tratamento de pneumonia. Após 5 dias na Instituição de Longa Permanência, a equipe da ILPI recebe resultado de exame positivo de pesquisa de toxina A de Clostidium difficille, realizado 7 dias antes da alta hospitalar como rotina de vigilância ativa no hospital. No presente momento a paciente está afebril, sem dor abdominal, ganhou 1kg desde a alta e não há relatos de diarreia. Realizado há 2 dias leucograma com contagem de leucócitos totais normais e pesquisa de leucócitos nas fezes negativa. Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais apropriada.
Alternativas

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A resposta correta é a alternativa A - Monitorar a ocorrência de diarréia. O caso apresentado é de uma paciente idosa, com doença de Alzheimer moderada e histórico de internação recente por pneumonia. Foi detectada a presença da toxina A de Clostridium difficile em um exame realizado durante a internação hospitalar. No momento da alta, a paciente não apresentava sintomas de diarreia e, após 5 dias na instituição de longa permanência, permanece assintomática, sem dor abdominal e com resultados laboratoriais normais. Nesse contexto, a conduta mais apropriada é monitorar a ocorrência de diarreia e manter a vigilância ativa para detectar precocemente sintomas de infecção por C. difficile. Não há necessidade de iniciar tratamento ou profilaxia nesse momento, visto que a paciente não apresenta sintomas e os resultados laboratoriais são normais.

A alternativa mais adequada é a A: Monitorar a ocorrência de diarreia.

Justificativa:

A paciente em questão apresenta um histórico de demência, uma condição que por si só já predispõe a alterações gastrointestinais, além de ter sido recentemente hospitalizada e tratada com antibióticos, um fator de risco conhecido para a infecção por Clostridium difficile. No entanto, a paciente encontra-se assintomática no momento, com exames laboratoriais dentro dos parâmetros normais.

Análise das demais alternativas:

  • B) Realizar pesquisa de C. difficile nas fezes: Não é necessário realizar um novo exame, pois o resultado positivo já foi obtido 7 dias antes da alta hospitalar. Além disso, a paciente está assintomática.
  • C) Iniciar profilaxia com Saccharomyces boullardii: A probioticoterapia pode ser útil na prevenção da diarreia associada ao uso de antibióticos, mas não é indicada como tratamento para a infecção por C. difficile.
  • D) Iniciar tratamento com metronidazol endovenoso: O tratamento com metronidazol é indicado para casos de infecção por C. difficile sintomática, com diarreia, dor abdominal e febre. No caso em questão, a paciente está assintomática.
  • E) Iniciar tratamento com vancomicina oral: A vancomicina é outro antibiótico utilizado no tratamento da infecção por C. difficile, mas também é indicada para casos sintomáticos.

Conduta recomendada:

  • Monitorar atentamente a paciente: Observar a ocorrência de diarreia, febre, dor abdominal ou outros sintomas sugestivos de colite pseudomembranosa.
  • Manter a hidratação: Oferecer líquidos adequadamente para prevenir a desidratação, especialmente em pacientes idosos e com demência.
  • Higiene rigorosa: Manter a higiene das mãos e dos equipamentos para evitar a disseminação da bactéria.
  • Revisar a medicação: Avaliar a necessidade de ajuste na medicação, especialmente os antibióticos, que podem favorecer o crescimento de C. difficile.
  • Comunicar a equipe médica: Manter a equipe médica informada sobre a situação da paciente e qualquer alteração no quadro clínico.

Conclusão:

A decisão de iniciar um tratamento antibiótico para a infecção por C. difficile deve ser tomada com cautela e baseada em evidências clínicas. No caso em questão, a ausência de sintomas e os resultados laboratoriais normais indicam que a paciente não necessita de tratamento antibiótico no momento. O monitoramento clínico é a conduta mais adequada para identificar precocemente qualquer sinal de agravamento do quadro e iniciar o tratamento de forma oportuna.

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