Mulher de 81 anos com Demência da Doença de Alzheimer fase ...
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A alternativa mais adequada é a A: Monitorar a ocorrência de diarreia.
Justificativa:
A paciente em questão apresenta um histórico de demência, uma condição que por si só já predispõe a alterações gastrointestinais, além de ter sido recentemente hospitalizada e tratada com antibióticos, um fator de risco conhecido para a infecção por Clostridium difficile. No entanto, a paciente encontra-se assintomática no momento, com exames laboratoriais dentro dos parâmetros normais.
Análise das demais alternativas:
- B) Realizar pesquisa de C. difficile nas fezes: Não é necessário realizar um novo exame, pois o resultado positivo já foi obtido 7 dias antes da alta hospitalar. Além disso, a paciente está assintomática.
- C) Iniciar profilaxia com Saccharomyces boullardii: A probioticoterapia pode ser útil na prevenção da diarreia associada ao uso de antibióticos, mas não é indicada como tratamento para a infecção por C. difficile.
- D) Iniciar tratamento com metronidazol endovenoso: O tratamento com metronidazol é indicado para casos de infecção por C. difficile sintomática, com diarreia, dor abdominal e febre. No caso em questão, a paciente está assintomática.
- E) Iniciar tratamento com vancomicina oral: A vancomicina é outro antibiótico utilizado no tratamento da infecção por C. difficile, mas também é indicada para casos sintomáticos.
Conduta recomendada:
- Monitorar atentamente a paciente: Observar a ocorrência de diarreia, febre, dor abdominal ou outros sintomas sugestivos de colite pseudomembranosa.
- Manter a hidratação: Oferecer líquidos adequadamente para prevenir a desidratação, especialmente em pacientes idosos e com demência.
- Higiene rigorosa: Manter a higiene das mãos e dos equipamentos para evitar a disseminação da bactéria.
- Revisar a medicação: Avaliar a necessidade de ajuste na medicação, especialmente os antibióticos, que podem favorecer o crescimento de C. difficile.
- Comunicar a equipe médica: Manter a equipe médica informada sobre a situação da paciente e qualquer alteração no quadro clínico.
Conclusão:
A decisão de iniciar um tratamento antibiótico para a infecção por C. difficile deve ser tomada com cautela e baseada em evidências clínicas. No caso em questão, a ausência de sintomas e os resultados laboratoriais normais indicam que a paciente não necessita de tratamento antibiótico no momento. O monitoramento clínico é a conduta mais adequada para identificar precocemente qualquer sinal de agravamento do quadro e iniciar o tratamento de forma oportuna.
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