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Q2201735 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para homens e mulheres

A Câmara dos Deputados aprovou na sessão deliberativa de 04 de maio de 2023 proposta que institui medidas para tentar garantir a igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens na realização de trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função. O texto segue agora para análise do Senado.

Foi aprovado o substitutivo elaborado pela relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), ao Projeto de Lei 1085/23, do Poder Executivo. "Este será mais um passo para avançarmos no enfrentamento à desigualdade no ambiente de trabalho, que se aprofundou durante a pandemia de Covid-19", afirmou a relatora.

Foram 325 votos favoráveis e 36 contrários ao parecer final de Jack Rocha, definido após negociação entre os líderes partidários. Em razão de um acordo , não foram apresentados destaques que poderiam alterar a versão da relatora.

"Falar de igualdade salarial é falar sobre a emancipação das mulheres", disse a relatora, ao defender a proposta na sessão. "A luta das mulheres é a promoção da implementação de programas de diversidade no ambiente de trabalho, que incluam capacitação de gestores, lideranças e empregadores", concluiu.

Apesar do acordo, o texto não agradou a todos. "Esse projeto bota nas costas do empreendedor uma série de responsabilizações e multas que vão inibir a contratação das mulheres", alertou o deputado Gilson Marques (Novo-SC) durante a discussão da proposta.

O texto aprovado altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para definir que a igualdade salarial será obrigatória. Para isso, estabelece mecanismos de transparência e de remuneração a serem seguidos pelas empresas, determina o aumento da fiscalização e prevê a aplicação de sanções administrativas.

Fiscalização e multa

Ato do Poder Executivo definirá protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e remuneratória entre homens e mulheres. Em caso de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, além das diferenças salariais, o empregador deverá pagar multa administrativa equivalente a dez vezes o valor do novo salário devido ao empregado discriminado - será o dobro na reincidência.

Conforme o substitutivo aprovado, a quitação da multa e das diferenças salariais não impedirá a possibilidade de indenização por danos morais à empregada, consideradas as especificidades do caso concreto.

Regras

Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.

A única mudança feita pela proposta prevê a não aplicação dessas regras apenas quando o empregador adotar, por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salários. Hoje isso é possível também quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira por meio de norma interna.

Em relação aos trabalhadores sem acesso a plano de cargos e salários, a CLT define que uma igual remuneração deverá ser paga no exercício de "idêntica função" por "todo trabalho de igual valor" no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

Por "trabalho de igual valor", a lei define aquele feito com "igual produtividade e com a mesma perfeição técnica" por pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos. A diferença de tempo na função não poderá ser superior a dois anos.


Além disso, atualmente a CLT prevê que a equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ou seja, não vale entre aqueles com diferença maior de tempo no cargo. A lei proíbe ainda, para a reivindicação de igualdade salarial, a indicação de decisões proferidas em relação a empregados com diferença de tempo muito superior a dois anos, mesmo no âmbito de ação judicial própria do empregado mais recentemente contratado.

Retirado e adaptado de: PIOVESAN, Eduardo.; MACHADO, Ralph. Agência Câmara de Notícias. Disponível em: preeve-sslroosiuaas--para -hommmens--emmuheresacommpaanhe/ rojeto-que-preve-salarios-iguais-para-homens-e-mulheres-acompanhe/ Acesso em: 08 maio, 2023.
Assinale a alternativa que apresenta correção no emprego da pontuação:
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa Correta: A

A questão trata do uso correto da pontuação em frases. O aluno precisa entender as regras gramaticais que regem o uso das vírgulas para identificar a alternativa que emprega a pontuação de forma correta e clara.

Vamos analisar cada alternativa:

A - O Brasil está em 124º lugar, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários. Somos o penúltimo das Américas, ficando à frente apenas do Chile.

Essa alternativa está correta. As vírgulas são usadas adequadamente para isolar a expressão "entre 142 países", que é um aposto explicativo, fornecendo uma informação adicional sobre o ranking.

B - Ao longo dos anos, principalmente, nos últimos séculos, a mulher passou a lutar por mais direitos, especialmente a partir da sua inserção no mercado de trabalho.

Aqui, o uso das vírgulas está incorreto. A expressão "principalmente nos últimos séculos" deve ser tratada como uma unidade. As duas vírgulas isolando "principalmente" são desnecessárias e geram uma pausa indevida no meio de uma expressão que deveria estar junta.

C - As atividades domésticas, geralmente relegadas às mulheres, além de pouco valorizadas eram malvistas pela sociedade.

Nesta frase, falta uma vírgula após "valorizadas" para separar a oração intercalada "geralmente relegadas às mulheres". A ausência da vírgula após "valorizadas" faz com que a leitura da frase fique confusa.

D - O relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que a disparidade quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres, gira em torno de 60%.

O problema nesta alternativa é o uso inadequado da vírgula antes do verbo "gira". Não há necessidade de separar o verbo do sujeito "a disparidade quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres". A vírgula é, portanto, incorreta.

E - O Projeto de Lei defende que se o trabalho é igual a remuneração também deve ser igual.

Falta uma vírgula nessa frase para indicar a oração condicional. A leitura correta seria: "O Projeto de Lei defende que, se o trabalho é igual, a remuneração também deve ser igual." As vírgulas ajudam a criar uma pausa correta na frase, facilitando a compreensão.

Como vimos, a alternativa A é a única que faz uso adequado da pontuação, conforme as normas gramaticais.

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Comentários

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Qual o erro da letra E?

Sem o uso da vírgula, a compreensão da letra E fica comprometida. Antes de "A remuneração" deve ser colocada vírgula.

Gabarito Letra A - Correta;

Erro da letra B; Excesso de Vírgula

Ao longo dos anos, principalmente, nos últimos séculos, a mulher passou a lutar por mais direitos, especialmente a partir da sua inserção no mercado de trabalho.

Erro da letra C: Falta de Vírgula

As atividades domésticas, geralmente relegadas às mulheres, além de pouco valorizadas, eram malvistas pela sociedade. 

Erro da letra D: Falta de Vírgula

O relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que a disparidade, quando se trata de participação econômica e oportunidades para as mulheres, gira em torno de 60%. 

Erro da letra E: Falta de Vírgula

O Projeto de Lei defende que se o trabalho é igual, a remuneração também deve ser igual.

Em frases lógicas do tipo "SE .... Então ....

o "Então pode ser substituído por vírgula,

Por exemplo,

"SE há nuvens no céu, ENTÃO vai chover à tarde"

Pode ser reescrita da seguinte maneira;

"SE há nuvens no céu, vai chover à tarde"

Nesse caso, a vírgula faz o papel do "Então" e é obrigatória, não sendo permitido escrever a frase como 'Se há nuvens no céu vai chover à tarde"

E) trata-se de uma oração condicional, sua consequência deverá sempre existir uma vírgula.

Se eu estudar hoje, amanhã eu estarei aprovado.

O erro da letra E é que a falta da vírgula causa ambiguidade na leitura.

O Projeto de Lei defende que se o trabalho é igual, a remuneração também deve ser igual.

Sem a vírgula, podemos ler como se fosse "se o trabalho é igual à remuneração"

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