Em 18 de fevereiro de 2015, quarta-feira de cinzas, lembr...
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Ano: 2016
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Prova:
PR-4 UFRJ - 2016 - UFRJ - Biólogo - Biologia Molecular |
Q2065927
Português
Texto associado
TEXTO 6
ANAYDE BEIRIZ, libertária e feminista
Fonte: http://www.blogsintese.com.br/2015/02/a-pantera-dos-olhos-dormentes.html
Anayde Beiriz
Em 18 de fevereiro de 2015, quarta-feira de cinzas, lembramos os 110 anos de nascimento e 85 do
“encantamento” da poeta e professora paraibana
Anayde Beiriz. Libertária e feminista, escandalizava
a retrógrada sociedade da Paraíba dos anos 1930.
Anayde não era bem-vista por conta das ideias
progressistas que alimentava; o que lhe valeu, de
seus opositores, o apelido de Mulher-Macho. Entre
seus poucos amigos e admiradores, contudo, era
conhecida, carinhosamente, como a Pantera dos
Olhos Dormentes. Ela participava ativamente dos
movimentos políticos e intelectuais e envolvia-se
em acontecimentos artísticos, frequentando saraus
literários. Defendia a participação das mulheres na
política, numa época em que sequer tinham direito
a voto. Em 1928 inicia romance com João Dantas,
jornalista ligado ao partido republicano paulista, opositor de João Pessoa, então Presidente (Governador) do Estado da Paraíba. Invadido o escritório de
Dantas, a mando de João Pessoa, são encontradas
- não armas como se esperava - cartas amorosas e
poemas eróticos de Anayde ao seu amante. Visando
atingir a honra de João Dantas, o jornal governista
“A União” e outros órgãos da imprensa estadual,
ligados à situação, publicam o conteúdo das correspondências e poesias. Em 26 de julho de 1930, Dantas
entra na Confeitaria Glória, no Recife, e dispara
três tiros contra o peito de João Pessoa. O episódio
entrou para a história do Brasil como o estopim da
Revolução de 30. Detido em flagrante, Dantas é recolhido à casa de detenção daquela cidade onde,
em 3 de outubro daquele ano, é encontrado degolado em sua cela. Dias depois, aos 25 anos de idade,
supostamente morta por suicídio com envenenamento, Anayde Beiriz é sepultada como indigente no
cemitério de Santo Amaro na cidade do Recife.
“Terça-feira gorda! É Carnaval! Brinquemos!
Todos estamos nos nossos líricos blocos. Somos
todos brincantes, delirantes dos mil encantos. Uma
vez por ano: liberdade, sonho e desejo...”.
Anayde Beiriz
Fragmento adaptado do ensaio de Paulo Magon, publicado em fevereiro de 2015 no blog SÍNTESE - http://www.blog-sintese.com.br/2015/02/a-pantera-dos-olhos-dormentes.html
Em 18 de fevereiro de 2015, quarta-feira de
cinzas, lembramos os 110 anos de nascimento e
85 do “encantamento” da poeta e professora
paraibana Anayde Beiriz.
Nesse primeiro período do primeiro parágrafo do texto dado, a primeira vírgula foi utilizada para:
Nesse primeiro período do primeiro parágrafo do texto dado, a primeira vírgula foi utilizada para: