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Q1674171 Medicina
Um paciente de 25 anos de idade é encaminhado pelo psiquiatra para avaliação neurológica em razão de estar apresentando, há cerca de um mês, movimentos involuntários de protrusão da língua e movimentos mastigatórios sem finalidade. Segundo o acompanhante, estava em tratamento psiquiátrico para esquizofrenia há um ano quando iniciou haloperidol e estava com bom controle dos sintomas. O exame neurológico mostrou-se dentro da normalidade. Apresentava-se consciente, alerta, eupneico em ar ambiente a afebril. Observaram-se AC = RC2T com BNF e AP = MVF sem RA. Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
Os antipsicóticos de primeira geração ou típicos apresentam menor risco de desenvolvimento do quadro neurológico apresentado pelo paciente, quando comparados com os antipsicóticos de segunda geração ou atípicos.
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A alternativa correta é E - errado.

O tema central dessa questão é o efeito colateral dos antipsicóticos de primeira geração, também conhecidos como típicos, em comparação com os antipsicóticos de segunda geração, ou atípicos.

O paciente descrito apresenta discinesia tardia, uma condição neurológica caracterizada por movimentos involuntários, como a protrusão da língua e movimentos mastigatórios. Esta condição é uma complicação conhecida associada ao uso prolongado de antipsicóticos, especialmente os de primeira geração.

Antipsicóticos de primeira geração, como o haloperidol mencionado no caso, são amplamente conhecidos por terem um maior risco de causar discinesia tardia em comparação com os antipsicóticos de segunda geração. Estes últimos foram desenvolvidos, entre outras razões, para minimizar esses efeitos colaterais motores.

Portanto, a afirmação de que antipsicóticos típicos apresentam menor risco de desenvolvimento do quadro neurológico do paciente está incorreta. Na realidade, os antipsicóticos atípicos são frequentemente preferidos quando se busca evitar ou minimizar a discinesia tardia.

Em resumo, a questão buscava avaliar o seu conhecimento sobre os efeitos colaterais dos antipsicóticos e a diferenciação entre os típicos e atípicos em relação aos riscos de efeitos motores. Compreender essas diferenças é fundamental para o manejo adequado dos pacientes em tratamento psiquiátrico.

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Comentários

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O texto apresentado está errado, pois a afirmação de que os antipsicóticos de primeira geração ou típicos apresentam menos risco de desenvolvimento do quadro neurológico apresentado pelo paciente é falsa. Na verdade, os antipsicóticos de primeira geração apresentam maior risco de desenvolvimento de efeitos colaterais neurológicos, como movimentos involuntários, em comparação com os antipsicóticos de segunda geração. Este paciente, que está tomando haloperidol, um antipsicótico de primeira geração, apresenta sintomas compatíveis com um efeito colateral neurológico. Portanto, a afirmação do item está incorreta e deve ser julgada como falsa.

A afirmação é ERRADA.

Justificativa:

A questão apresenta um paciente em uso de haloperidol, um antipsicótico de primeira geração, que desenvolveu discinesia tardia, caracterizada pelos movimentos involuntários da língua e mastigatórios descritos. A afirmação contrária à essa observação clínica está incorreta por alguns motivos:

  • Discinesia tardia e antipsicóticos: A discinesia tardia é uma reação adversa tardia comum ao uso de antipsicóticos, especialmente os de primeira geração, como o haloperidol. Esses medicamentos bloqueiam os receptores dopaminérgicos, levando a um desequilíbrio neurotransmissor que pode manifestar-se como esses movimentos involuntários.
  • Antipsicóticos de segunda geração: Embora os antipsicóticos de segunda geração tenham um perfil de efeitos colaterais geralmente mais favorável, eles também podem causar discinesia tardia, embora com menor frequência e intensidade.
  • Fator de risco: A duração do tratamento e a dose do antipsicótico são fatores de risco importantes para o desenvolvimento da discinesia tardia, independentemente da geração do medicamento.

Por que a afirmação é errônea?

  • Evidência clínica: A própria apresentação do caso demonstra que o paciente, que estava usando um antipsicótico de primeira geração, desenvolveu discinesia tardia. Isso contradiz a afirmação de que esses medicamentos apresentam menor risco.
  • Literatura médica: A literatura científica demonstra que tanto os antipsicóticos de primeira quanto de segunda geração podem causar discinesia tardia, embora com diferentes perfis de risco.

Conclusão:

A discinesia tardia é uma complicação potencial do tratamento com antipsicóticos, tanto os de primeira quanto os de segunda geração. A escolha do medicamento e a monitorização cuidadosa do paciente são fundamentais para minimizar o risco dessa e outras reações adversas.

Em resumo:

  • Antipsicóticos de primeira geração (como o haloperidol) têm maior risco de causar discinesia tardia.
  • Antipsicóticos de segunda geração também podem causar discinesia tardia, mas com menor frequência.
  • A duração do tratamento e a dose são fatores de risco importantes.

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