Diante das mudanças do mundo contemporâneo, já não se pensa...
A ideia neoliberal, denominada produtivista, é considerada dominante no ensino técnico-profissional. A partir dessa visão, afirma-se que
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A alternativa correta é a B: "a formação técnico-profissional vem subordinada à lógica da produção de mercado de trabalho".
Vamos entender melhor o tema e as alternativas da questão.
A questão aborda a transição no mundo do trabalho no contexto contemporâneo, destacando a mudança de foco da formação para o posto de trabalho para a empregabilidade. Isso significa que, ao invés de preparar os indivíduos para ocuparem posições específicas, a ênfase está em torná-los capazes de se adaptar a diversas oportunidades de trabalho, desenvolvendo competências e habilidades variadas.
Essa abordagem está alinhada com a ideologia neoliberal produtivista, que busca formar trabalhadores aptos a responder às demandas do mercado de trabalho, que é dinâmico e em constante transformação.
Agora, vamos analisar as alternativas:
Alternativa B (correta): A formação técnico-profissional está, de fato, subordinada à lógica da produção do mercado de trabalho. O objetivo é fazer com que os profissionais se adaptem às necessidades do mercado, priorizando a flexibilidade e a empregabilidade. A educação técnica, assim, se molda conforme as exigências do mercado, preparando trabalhadores que possam se inserir rapidamente nos diversos setores econômicos.
Alternativas incorretas:
Alternativa A: "Ensina-se o máximo possível para os jovens manterem seu posto de trabalho" não está correta, pois o foco não é apenas em manter um posto de trabalho específico, mas em garantir empregabilidade e adaptação a diferentes funções e contextos de trabalho.
Alternativa C: "A formação técnica está voltada para a cidadania com a luta pelos direitos" também não é a correta. Embora a formação para a cidadania seja importante, a questão em foco é sobre a lógica do mercado de trabalho e a formação técnica para a empregabilidade, não diretamente sobre cidadania e direitos.
Alternativa D: "A formação técnico-profissional integra todos os indivíduos para garantir a empregabilidade" é imprecisa porque, embora a integração e a empregabilidade sejam objetivos, a alternativa não destaca a subordinação à lógica do mercado, que é o ponto central da questão.
Alternativa E: "Formar sujeitos flexíveis, especializados e moldados para a manutenção do emprego" não está correta porque o foco não é apenas na manutenção do emprego, mas na capacidade de adaptação a diferentes postos e demandas do mercado de trabalho, que é mais abrangente.
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O processo de colonização e o posterior uso da mão de obra escrava vão marcar, de forma indelével, a cultura brasileira com reflexos constantes nas propostas de formação PROFISSIONALIZANTE sempre vistas com a pecha escravocrata.
Do início da República até os dias atuais, a constante dualidade estrutural revela as diferenças entre as classes sociais, determinando trajetórias diferentes para os que vão assumir os cargos de direção em diferentes instâncias, em relação ao demais trabalhadores, dependendo do posicionamento que cada classe social terá no sistema produtivo.
Nos meados do século XX, com a emergência da Teoria do Capital Humano, atribuiu-se especial ênfase à FUNÇÃO ECONÔMICA DA EDUCAÇÃO, conferindo aos modelos educacionais um formato produtivista e tecnicista. A partir de 1970, com a crise do capitalismo e o esgotamento da Teoria do Capital Humano, sem desconsiderar a ótica economicista, surge o conceito de EMPREGABILIDADE que enfatiza a dimensão do desenvolvimento humano individual e retira o foco das demandas coletivas que eram consideradas como capazes de desencadear o pleno emprego e o desenvolvimento social.
Com a empregabilidade, a questão do sucesso profissional passa a ser vista, predominantemente, relacionada ao âmbito das competências e habilidades pessoais.
Nesse contexto, consolida-se a pedagogia da exclusão que incentiva a realização incessante de cursos para tornar os indivíduos empregáveis e, assim, escaparem da condição de excluídos.
O desafio que se coloca é o de reverter essa situação buscando o resgate da dignidade de milhares de seres humanos condenados à marginalidade das conquistas que a humanidade conseguiu com o capital e com o desenvolvimento científico e tecnológico. Será possível colocar essas conquistas em prol do desenvolvimento humano e social, transformando a realidade social, política, econômica, cultural e educacional de modo mais lúcido e efetivo?
RETIRADO DO ARTIGO:
Educação profissional, dualidade estrutural e neoprodutivismo
Erro da letra E: manutenção do emprego
GABARITO B
A pedagogia produtivista enfatiza a formação de mão de obra compatível com a demanda de trabalho segundo a lógica neoliberal.
As letras D e E são "menos" certas (também se enquadram na ótica produtivista a exemplo da B). A diferença é que não se cuida de "integrar" os indivíduos, mas de "selecionar" os mais aptos (fora D), nem de moldar sujeitos para "manutenção do emprego", senão para "reposição de mão-de-obra" (fora E).
Letra A fala da pedagogia tradicional (foco na metodologia de ensino) e C, definitivamente, afasta-se da pedagogia produtivista que valoriza menos a noção de cidadania que a formação técnica profissional.
GAB: LETRA B
Complementando!
Fonte: Alessandra Lopes
B) correto, pois, aqui, destaca-se como a formação técnico-profissional se adapta à demanda do mercado, preparando os estudantes com as habilidades e competências requeridas pelo setor produtivo. A visão produtivista neoliberal enfatiza a necessidade de alinhar a educação com as necessidades do mercado de trabalho, buscando maximizar a empregabilidade dos indivíduos através do desenvolvimento de habilidades técnicas e profissionais específicas. Dessa forma, a formação não se foca apenas em manter um posto de trabalho específico ou em garantir a cidadania através da luta por direitos, mas em gerar um perfil de trabalhador adaptável às mudanças e exigências do mercado.
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