Em “Segundo a indígena, a falta de leitura dificulta a traje...

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Q2044739 Português
         Escola de aldeia indígena na região do Rio Arapiuns ganha biblioteca 

O “Espaço de Leitura Aldeia Nova Vista” é a realização de um sonho da indígena Luanna Oliveira, de 24 anos de idade.   

          Na semana em que se comemoram o dia do livro e o do  indígena,  18  e  19  de  abril,  a  Escola  Nossa  Senhora  de Fátima da aldeia Nova Vista, situada à margem esquerda do Rio Arapiuns, no município de Santarém, oeste do Pará,  foi presenteada com  sua primeira biblioteca. A instituição  tem turmas  da  alfabetização  ao  9.º  ano  e  de  ensino  médio modular.
 O acervo conta com 739 livros de literatura, sendo 410 obras doadas pelo Projeto Livro Solidário, da Imprensa Oficial do estado, que, pela primeira vez, chegou a uma comunidade indígena.  Nova  Vista  fica  bem  distante  da  cidade  de Santarém,  cerca  de  8  horas  de  barco,  e  abriga  em  torno de 56 famílias indígenas que habitavam a região do Arapiuns.

 A biblioteca é a  realização de um sonho da indígena Luanna Oliveira, de 24 anos de idade, que, em 2017, durante a graduação em Letras, passou a fazer parte do grupo Lelit da Universidade  Federal  do  Oeste  do  Pará  (Ufopa).  Sob  a orientação  dos  professores  Zair  Henrique  e  Percival  Leme Britto,  a  então  universitária  desenvolveu  o  projeto  de pesquisa da biblioteca que hoje se tornou realidade na aldeia.

       Luanna concluiu a graduação e ingressou este ano no mestrado  em  educação  pela  Ufopa,  mas  continuou desenvolvendo o projeto na comunidade com o objetivo de proporcionar às crianças de Nova Vista um espaço de leitura onde a realidade e o imaginário se encontram. “A escola da comunidade  não  possui  biblioteca  nem  ponto  de  Internet (está instalada uma antena, mas não tem viabilidade para o sinal de Internet). A maioria dos professores não pertence à comunidade”, pontuou. 
  Segundo  a  indígena,  a  falta  de  leitura  dificulta  a trajetória escolar e acadêmica de muitos jovens da aldeia. “A educação  dentro  da  aldeia  não  é  suficiente  para prepará‐los e a migração para o meio urbano é frustrante em alguns casos”, acrescentou. 
         Com  o  espaço,  a  pesquisadora  pretende  ampliar  o leque  de  oportunidades  para  as  crianças  da  aldeia  e contribuir para eternizar uma cultura que está presente no dia a dia dos paraenses. 

Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).
Em “Segundo a indígena, a falta de leitura dificulta a trajetória  escolar e acadêmica de muitos jovens da aldeia.” (linhas 30 e  31),  a  palavra  “segundo”  indica  a  mesma  circunstância  presente em 
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