No trecho “Quando meu olhar se perder no nada, por favor, ...
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
(Fonte: Conceição Evaristo — adaptado.)
Comentários
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GAB: LETRA B!
“Quando MEUS olhares se perderem no nada, por favor, não me despertem [...]”,
eu sei que vc contou (meus) tb
Vc foi na A) né....kkkkkk
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