A probabilidade de uma causa de hipertensão arterial secund...

Vamos analisar a questão sobre a possibilidade de hipertensão arterial secundária na paciente descrita. A alternativa correta é:

C - certo

Para entender o porquê dessa resposta, é importante compreender o conceito de hipertensão arterial secundária. Ela ocorre quando a pressão alta é causada por outra condição médica, como doenças renais, problemas endócrinos ou uso de certos medicamentos. Em casos de hipertensão resistente ao tratamento ou de início súbito em pacientes mais velhos, deve-se considerar essa possibilidade.

No caso apresentado, a paciente já tinha hipertensão controlada com anlodipino e clortalidona. Quando o enalapril foi introduzido, houve uma redução na pressão arterial, mas também um aumento significativo nos níveis de creatinina sérica, de 0,9 mg/dL para 1,9 mg/dL. Esse aumento pode sugerir comprometimento renal, muitas vezes associado a causas secundárias de hipertensão, como estenose da artéria renal.

Justificativa da alternativa correta: A elevação da creatinina após o início do enalapril, um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA), é um sinal de alerta para hipertensão secundária, especialmente quando há estenose da artéria renal. Nessa condição, a redução da perfusão renal pode ser exacerbada pelo uso de IECA, levando ao aumento da creatinina.

Por que a alternativa "E - errado" está incorreta: Desconsiderar a possibilidade de hipertensão secundária ignoraria evidências clínicas importantes que sugerem essa condição, como o aumento da creatinina após a introdução de um IECA. A história clínica e os achados laboratoriais no caso apresentado suportam a suspeita de hipertensão secundária.

Estratégia para resolução de questões semelhantes:

- Identifique mudanças significativas nos exames laboratoriais, especialmente após alterações no tratamento.

- Considere o histórico médico do paciente, como a eficácia prévia do tratamento e a presença de fatores de risco para condições secundárias.

- Reveja os efeitos colaterais dos medicamentos introduzidos e como eles podem interagir com condições preexistentes.

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A paciente tem HAS resistente (refratária à três drogas de primeira linha) e piora da função renal após introdução de IECA (suspeita de HAS renovascular)