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Q1674205 Medicina
Uma paciente de 60 anos de idade, tabagista, previamente hígida, relata que, há aproximadamente oito horas, apresentou cefaleia súbita de severa intensidade enquanto evacuava. Relata cervicalgia associada nas últimas quatro horas e nega outras queixas. Ao exame físico, observaram-se AC = RR2T com BNF; FC = 92 bpm; AP = MVF sem RA; FR = 14 irpm; PA = 162 mmHg x 87 mmHg; SatO2 (ar ambiente) = 96%; Glasgow 15; pupilas isofotorreagentes; sem deficits focais; e meningismo associado. A tomografia computadorizada (TC) evidencia hiperdensidade < 1 mm em cisternas da base, com inundação da fissura sylviana à direita. Sem evidência de hidrocefalia. 
Quanto a esse caso clínico e considerando os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 96 horas após o ictus, com vistas a diminuir o risco de ressangramento e de complicações referentes ao período do vasoespasmo.
Alternativas

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Alternativa Correta: C - certo

Esse caso clínico descreve uma situação típica de hemorragia subaracnoide (HSA), uma condição neurológica grave. A paciente apresentou uma cefaleia súbita de severa intensidade, classicamente descrita como "a pior dor de cabeça da vida", que é um dos principais sintomas de HSA. A associação com meningismo (rigidez de nuca) e a hiperdensidade na TC em cisternas da base confirmam a suspeita de hemorragia subaracnoide.

A justificativa para a alternativa correta baseia-se no manejo padrão da HSA. O tratamento precoce, nas primeiras 96 horas após o ictus (evento inicial), é crucial para reduzir risos de ressangramento e complicações como vasoespasmo cerebral, que pode levar a acidentes vasculares secundários e piora do estado neurológico.

O vasoespasmo é uma complicação tardia comum na HSA, ocorrendo geralmente entre o terceiro e o décimo dia após o sangramento. Ele pode causar isquemia cerebral se não for tratado adequadamente. Portanto, a intervenção precoce com a fixação do aneurisma, por exemplo, através de clipagem ou embolização endovascular, e o uso de terapias preventivas para vasoespasmo, como a nimodipina, são fundamentais.

Alternativamente, se a opção fosse considerada "errada", isso indicaria uma compreensão equivocada do timing e da importância da intervenção precoce para prevenir complicações graves da HSA.

Em resumo, a questão requer conhecimento sobre os sintomas, diagnóstico e manejo da hemorragia subaracnoide, com ênfase na importância do tempo no tratamento para prevenir complicações críticas.

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Comentários

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A questão está correta. O caso clínico descreve uma paciente que provavelmente sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico, como sugerido pelos sintomas de cefaleia súbita e severa, cervicalgia, e pelos achados na tomografia computadorizada. O tratamento para esta condição deve ser realizado o mais rapidamente possível, preferencialmente nas primeiras 96 horas após o oictus (início dos sintomas), com o objetivo de minimizar o risco de ressangramento e de complicações referentes ao período do vasoespasmo (contração anormal dos vasos sanguíneos, que pode levar a isquemia cerebral e causar danos adicionais). Portanto, a afirmação da questão está correta segundo as atuais diretrizes médicas.

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