A propósito dos achados obtidos na avaliação eletrofisiológi...

Para entender essa questão, precisamos discutir sobre o papel das emissões otoacústicas (EOAs) na avaliação auditiva. As EOAs são sons que o ouvido interno, especificamente a cóclea, emite em resposta a estímulos sonoros ou espontaneamente. Elas são fundamentais para avaliar a função das células ciliadas externas da cóclea.

No enunciado, a questão sugere que as emissões otoacústicas podem ser usadas para medir limiares auditivos e identificar neuropatias. Vamos analisar isso:

Alternativa Correta: E - errado

As emissões otoacústicas são eficazes para avaliar a integridade das células ciliadas externas na cóclea, o que significa que elas são úteis no diagnóstico de alterações auditivas cocleares. No entanto, as EOAs não fornecem informações sobre o sistema auditivo central ou retrococlear, ou seja, não são utilizadas para identificar neuropatias ou medir os limiares auditivos. Essas condições requerem outros testes, como os potenciais evocados auditivos.

Portanto, a afirmação no enunciado está incorreta pois as emissões otoacústicas não são usadas para o diagnóstico de condições retrococleares, nem para a medição direta dos limiares auditivos.

Espero que essa explicação tenha ajudado a compreender o tema e a resolver a questão com confiança. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

O registro das Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAs) é o mais novo método para a detecção de alterações auditivas de origem coclear. Consiste em método objetivo, relativamente simples, rápido, não invasivo, o qual dispensa o uso de eletrodos e que pode ser realizado em qualquer faixa etária, ressaltando-se sua aplicação em recém-nascidos (Kemp et al., 1990). Uma das importâncias das EOAs é a possibilidade de estudar os aspectos mecânicos da função coclear de forma não invasiva e objetiva, e que independe do potencial de ação neural. Desta maneira, informações objetivas podem ser obtidas, clinicamente, sobre os elementos pré-neurais da cóclea. A maioria das deficiências auditivas, como as induzidas pelo ruído, as de caráter hereditário, têm sua origem nestes elementos. Os demais métodos objetivos, atualmente utilizados na avaliação audiológica clínica, não permitem medir diretamente as respostas destes elementos (Probst, 1990).