Quanto ao emprego das formas verbais e ao tratamento pessoal...
Durante os protestos contra o G-8 (grupo que abrange os sete países mais ricos do mundo mais a Rússia), reunido em Gênova, a imprensa europeia entrevistou políticos da esquerda oficial e veteranos de 1968. Vários aproveitaram a oportunidade para lamentar, nesses novos manifestantes, a falta de "verdadeiros"
projetos de sociedade. "São carentes de propostas políticas, crescerão", disse Mario Capanna, que foi líder do movimento estudantil de Milão em 68. Engraçado: sob a direção de Capanna, o movimento, na época, foi declaradamente stalinista.
Se essa for a "proposta política" que falta, melhor que os "carentes" não cresçam mesmo.
Prefiro evitar as nostalgias e reconhecer que aos manifestantes de Gênova não falta nada. Ao contrário, graças à sua diversidade confusa ou mesmo atrapalhada, talvez eles representem, da melhor maneira possível, o estado de espírito de muitos que estão, hoje, social e politicamente insatisfeitos.
De fato, parece-me que poderia manifestar-me com cada um dos componentes dessa massa contestaria. Os grupos diversos e, às vezes, opostos levaram pelas ruas de Gênova diferentes fragmentos de meus humores reformistas ou revoltados.
Olhe só. O resto de minhas esperanças socialistas desfila com a esquerda clássica italiana, em versão social-democrata. Identifico-me com os ecologistas puros e duros, mais preocupados com o planeta do que com as mazelas dos homens. Posso ter um coração caritativo, animado por paixões missionárias contra a fome e as doenças do mundo. E sobra-me uma raiva que deve valer a dos mais radicais movimentos anarquistas, de pedras na mão.
(Adaptado de Contardo Calligaris, Terra de ninguém)
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b) Ide, juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que achastes.
c) Queremos que Vossas Senhorias se juntem àquele grupo de manifestantes e depois digam-nos o que acharam.
d) Queremos que Suas Excelências se juntem àquele grupo de manifestantes e depois digam-nos o que acharam.
e) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois digam-nos o que acharam.
Comentário objetivo:
No IMPERATIVO AFIRMATIVO, as 2as pessoas (singular e plural) buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra "s" do final.
Isso está correto na alternativa A.
Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que achaste.
VAIS (Presente do Indicativo) -> VAI (Imperativo Afirmativo)
JUNTAS (Presnte do Indicativo) -> JUNTA (Imperativo Afirmativo)
DIZES (Presnte do Indicativo) -> DIZE (Imperativo Afirmativo)
O correto seria: "Senhores, ide juntar-vos àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos o que acharam".
Essa questão é covardia.
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