A paciente deve ficar internada por 24 horas para melhor el...
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Ano: 2020
Banca:
IADES
Órgão:
SES-DF
Prova:
IADES - 2020 - SES-DF - Ecocardiografia e Eletrofisiologia Clinica Invasiva |
Q1674053
Medicina
Texto associado
Uma paciente de 18 anos de idade, previamente hígida, busca
pronto-socorro por ter apresentado síncope há duas horas. No
momento da síncope, a paciente se encontrava por um longo
período em pé e em jejum, em formação militar, quando
iniciaram-se sintomas de turvação visual, escurecimento da
visão e náuseas. Ela tentou se segurar em colegas próximos
quando percebeu que iria perder a consciência, mas não
houve tempo; perdeu a consciência e apresentou queda da
própria altura, sem traumatismos e com recuperação da
consciência em cerca de 30 segundos. Não manifestou
nenhuma alteração do estado mental minutos após o
incidente, mas sentiu-se preocupada e constrangida.
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos
médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
A paciente deve ficar internada por 24 horas para
melhor elucidação da etiologia da síncope,
independentemente da avaliação na emergência.
A resposta correta para essa questão seria que a paciente não precisa necessariamente ficar internada por 24 horas para uma melhor elucidação da etiologia da síncope, independentemente da avaliação na emergência.
A justificativa para essa resposta reside na descrição do quadro clínico da paciente que é típico de uma síncope vasovagal, também chamada de síncope neurocardiogênica. Esse tipo de síncope é a causa mais comum de perda de consciência e geralmente ocorre quando a pessoa está de pé por um longo período de tempo ou ao ver sangue. Os sintomas incluem turvação visual, escurecimento da visão e náuseas, exatamente como descrito. É um evento benigno, sem necessidade de internação hospitalar. Uma avaliação completa no pronto-socorro é suficiente para o diagnóstico e orientações de prevenção para novos episódios. O manejo da síncope vasovagal é baseado na identificação dos gatilhos que levam à síncope e na educação do paciente para evitar esses gatilhos quando possível.