A ausência de liberação esfincteriana durante o episódio de...

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Q1674055 Medicina
Uma paciente de 18 anos de idade, previamente hígida, busca pronto-socorro por ter apresentado síncope há duas horas. No momento da síncope, a paciente se encontrava por um longo período em pé e em jejum, em formação militar, quando iniciaram-se sintomas de turvação visual, escurecimento da visão e náuseas. Ela tentou se segurar em colegas próximos quando percebeu que iria perder a consciência, mas não houve tempo; perdeu a consciência e apresentou queda da própria altura, sem traumatismos e com recuperação da consciência em cerca de 30 segundos. Não manifestou nenhuma alteração do estado mental minutos após o incidente, mas sentiu-se preocupada e constrangida.


Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.  
A ausência de liberação esfincteriana durante o episódio descarta o diagnóstico diferencial de crise epiléptica.
Alternativas

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O tema central desta questão envolve a identificação e diferenciação de síncope e crises epilépticas. Para resolvê-la, é necessário compreender os sinais e sintomas típicos de cada uma dessas condições, bem como a interpretação correta dos eventos durante um episódio de perda de consciência.

A alternativa correta é: E - errado

Justificativa:

No contexto do caso clínico apresentado, a paciente apresentou uma síncope vasovagal, também conhecida como desmaio comum. Esse tipo de síncope é frequentemente desencadeado por fatores como ficar em pé por longos períodos ou jejum prolongado, exatamente como ocorreu com a paciente.

O enunciado da questão sugere que a ausência de liberação esfincteriana durante o episódio descarta a possibilidade de uma crise epiléptica. No entanto, essa afirmação é incorreta. A liberação esfincteriana (perda de controle dos esfíncteres) pode ocorrer em crises epilépticas, mas sua ausência não exclui o diagnóstico de epilepsia. Crises epilépticas parciais ou específicas podem ocorrer sem perda de controle esfincteriano.

Portanto, afirmar que a ausência desse sintoma descarta uma crise epiléptica é um erro, pois não se pode excluir esse diagnóstico apenas com base nesse critério.

Alternativas incorretas:

C - certo: Esta alternativa sugeriria que a ausência de liberação esfincteriana é suficiente para descartar uma crise epiléptica, o que está incorreto. Como explicado, crises epilépticas podem ocorrer sem liberação esfincteriana.

Estratégias para interpretação:

Ao enfrentar questões desse tipo, é importante lembrar que diagnósticos diferenciais em medicina nunca devem ser baseados em um único sintoma ou sinal. Considere sempre o conjunto de sintomas e contextos envolvidos.

Ademais, compreenda que algumas informações podem ser pistas, mas não provas definitivas de um diagnóstico, especialmente em casos onde as manifestações clínicas podem variar amplamente.

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A afirmação da questão está incorreta. A ausência de liberação esfincteriana (perda de controle da bexiga ou do intestino) não exclui o diagnóstico de uma crise epiléptica. Embora a liberação esfincteriana possa ocorrer durante uma crise epiléptica, não é um sintoma que esteja sempre presente. Crises epilépticas podem se apresentar de muitas maneiras diferentes, com uma variedade de sintomas, dependendo da parte do cérebro que é afetada. Portanto, é um erro descartar epilepsia somente com base na ausência de liberação esfincteriana.

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