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Q1717378 Português
Estação Carandiru, o filme

     A história começa quando o médico Drauzio Varella resolve fazer um trabalho de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São Paulo. Ali, toma contato com o que, aqui fora, temos até medo de imaginar: violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica, falta de tudo. O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, merece sua fama de “inferno na terra”. Porém, nosso personagem logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas. Ao contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver. Não é pouco, e é o suficiente para que ele, fascinado, resolva iniciar um trabalho voluntário. O oncologista famoso, habituado à mais sofisticada tecnologia médica, vai praticar medicina como os antigos: com estetoscópio, olhar sensível e muita conversa. 
    Seu trabalho dá resultado e o Médico logo ganha o respeito da coletividade. Com o respeito, vêm os segredos. As consultas vão além das doenças e desdobram-se em narrativas cheias de vitalidade. Em nosso filme, os encontros na enfermaria são uma janela para o mundo da malandragem.
    Conhecemos o destino do estuprador Gilson, julgado e condenado pela Lei do Crime; a necessária ginga do bígamo Majestade entre mulheres e assaltos; o velho Chico, Mestre Zen cultivado na masmorra e prestes a ganhar a liberdade; o Diretor Pires, funcionário obrigado a pisar em ovos para administrar a cadeia; a conversão do matador Peixeira; ascensão e queda do surfista Ezequiel; o filósofo existencialista Sem Chance e seu romance com a divina Lady Di. A narrativa do filme arma-se como em um quebra-cabeça: uma história se encaixa na outra para formar um painel dessa trágica realidade brasileira.

    Com o Médico, o espectador deste filme dirigido por Luis Padilha acompanha os movimentos dessa gente. Acompanha também quando um movimento maior vem e a destrói. Como naquele 2 de outubro de 1992, um dos dias mais negros da história do Carandiru e, quem sabe, do Brasil, quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou 111 pessoas. Foi o ponto final de algumas de nossas histórias. Mas não de todas. Para o bem e para o mal, os malandros do Brasil teimam em sobreviver.

(Fonte: http://www.webcine.com.br/filmessi/estacara.htm)
Observe o seguinte período extraído do texto.
Conhecemos o destino do estuprador Gilson, julgado e condenado pela Lei do Crime.
O processo de formação de palavras que dá origem aos termos em negrito é:
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa correta: E - derivação sufixal

Vamos entender por que essa é a alternativa correta e analisar as demais opções.

Derivação sufixal ocorre quando um sufixo é adicionado ao radical ou base da palavra, formando um novo termo. No caso dos termos "julgado" e "condenado", temos:

"Julgado" = julgar + sufixo "-ado"

"Condenado" = condenar + sufixo "-ado"

Portanto, a alternativa correta é a letra E, pois a formação das palavras ocorre pela adição de sufixos aos radicais originais.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

A - derivação por justaposição: Esta alternativa está incorreta, pois a derivação por justaposição ocorre quando dois radicais se unem sem alterações fonéticas. Exemplos incluem "passatempo" e "girassol". Como vimos, "julgado" e "condenado" foram formados com sufixação, não com justaposição.

B - derivação prefixal: Esta alternativa também está incorreta. A derivação prefixal envolve a adição de um prefixo ao radical, como em "desfazer" (des- + fazer). No caso dos termos em questão, a formação se deu por sufixação, não por prefixação.

C - composição por aglutinação: A composição por aglutinação envolve a união de dois radicais, onde ocorre uma alteração fonética. Exemplos incluem "planalto" (plano + alto) e "açucareiro" (açúcar + eiro). Os termos "julgado" e "condenado" não foram formados dessa maneira, mas sim pela adição de sufixos.

D - composição por justaposição: Esta alternativa está incorreta pela mesma razão da alternativa A. A composição por justaposição, como já mencionado, envolve a união de radicais sem alteração fonética, o que não é o caso aqui.

E - derivação sufixal: Como explicado anteriormente, esta é a alternativa correta porque "julgado" e "condenado" foram formados pela adição de sufixos aos radicais "julgar" e "condenar", respectivamente.

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Comentários

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FORMAÇÃO DE PALAVRAS:

COMPOSIÇÃO:

A) JUSTAPOSIÇÃO.

B) AGLUTINAÇÃO.

C) HIBRIDISMO

DERIVAÇÃO:

A) PREFIXAL.

B) SUFIXAL.

C) PREFIXAL E SUFIXAL.

D) PARASSINTÉTICA.

E) REGRESSIVA.

F) IMPRÓPRIA.

SUFIXAL: acrescenta-se um sufixo ao radical.

Ex: dentista, rapidamente, passageiro, idealizar.

GABARITO E

  1. Composição: 

↳ Por justaposição : couve-flor / pontapé / girassol 

↳ Por aglutinação → planalto / Aguardente

  1. Derivação

Prefixo: desleal

Sufixo: lealdade 

Prefixo e sufixo: deslealdade

Parassintética: anoitecer, entristecer

Regressiva: o) abraço, o) repouso

GABARITO - E

Sufixal

Ocorre quando um sufixo é unido posteriormente ao radical da palavra primitiva. A derivação sufixal também ocasiona alteração no sentido do radical.

Veja os exemplos:

Falazada – fala (radical) + ada (sufixo);

Prefixal

Ocorre quando um prefixo é unido anteriormente ao radical da palavra primitiva.

Bons estudos!

Alguém explica o item C e D achei bastante confusa a questão
  • JulgADO e condenADO: derivação sufixal (vem depois).

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