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Q1674254 Medicina
Um paciente de 57 anos de idade, com amputação transfemoral direita, em terço médio, há seis meses, por insuficiência arterial aguda, comparece ao consultório para protetização. Nega outras comorbidades. Verifica-se locomoção com par de muletas canadenses, amplitude de movimento preservada e cicatriz em coto de bom aspecto, sem invaginações. Ao exame, constatam-se PA = 120 mmHg x 80 mmHg; FC = 78 bpm; FR = 16 irpm; e SatO2 = 96%.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos à reabilitação de pacientes amputados, julgue o item a seguir.
O encaixe KMB é preferível ao PTS para esse paciente.
Alternativas

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Para resolver a questão apresentada, é importante compreender o tema central: a escolha do tipo de encaixe protético mais adequado para um paciente com amputação transfemoral. Os conhecimentos necessários incluem a familiaridade com os diferentes tipos de encaixes e a indicação de cada um conforme o perfil do paciente.

No caso em análise, temos um paciente de 57 anos com amputação transfemoral direita. Ele possui bom estado de saúde geral, com a cicatriz do coto em boas condições e amplitude de movimento preservada. A questão questiona a escolha entre dois tipos de encaixes protéticos: KMB e PTS.

Gabarito: E - errado

Justificativa:

A alternativa 'E - errado' é a correta porque, para pacientes com amputação transfemoral, o encaixe PTS (Patelar Tendon Bearing) não é usualmente utilizado. Este tipo de encaixe é mais apropriado para amputações transtibiais (abaixo do joelho), pois distribui o peso através do tendão patelar e outras áreas de suporte. Já o encaixe KMB (Kondylen-Multibereich), embora também não seja específico para amputações transfemorais, pode ser considerado em algumas situações, mas não é o mais indicado.

Para amputações transfemorais, geralmente são usados encaixes como o Quadrilateral ou o Isquiocondilar, que são desenhados para maximizar o conforto e a estabilidade do paciente, distribuindo o peso de forma mais uniforme e proporcionando melhor controle da prótese.

Análise das alternativas:

- A alternativa 'C - certo' poderia estar correta se o encaixe KMB fosse efetivamente adequado para esse tipo de amputação, mas não é o caso aqui.

- A alternativa 'E - errado' é correta porque o encaixe PTS não é indicado para amputações transfemorais, fazendo com que a afirmação inicial 'O encaixe KMB é preferível ao PTS para esse paciente' esteja incorreta.

Portanto, ao julgar itens sobre reabilitação de amputados, é crucial compreender as especificidades de cada tipo de prótese e encaixe para garantir a indicação correta.

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A resposta correta é que a afirmação dada é falsa. O encaixe KMB (Kondylen Bettung Münster) é geralmente recomendado para pacientes pediátricos com níveis de amputação transfemoral, devido à sua capacidade de acomodar o crescimento ósseo em crianças. Por outro lado, o encaixe PTS (Patellar Tendon Supracondylar) é geralmente preferido para adultos com amputações transfemorais, como o paciente de 57 anos descrito no caso clínico. O encaixe PTS fornece um ajuste mais seguro e permite maior controle do membro protético, que é especialmente importante para adultos que estão reaprendendo a caminhar após a amputação. Portanto, seria mais apropriado para o paciente descrito na questão usar o encaixe PTS, e não o KMB.

A afirmativa "O encaixe KMB é preferível ao PTS para esse paciente" é Errada.

Justificativa:

A escolha entre um encaixe KMB (Knee-ankle-foot orthosis, ou órtese joelho-tornozelo-pé) e um encaixe PTS (prosthetic socket, ou encaixe protético) para um paciente amputado transfemoral depende de diversos fatores individuais e das necessidades específicas de cada paciente. Não existe um encaixe universalmente superior para todos os casos.

Por que o KMB não é necessariamente a melhor opção para este paciente?

  • KMB não é uma prótese: O KMB é uma órtese, ou seja, um dispositivo externo que auxilia no suporte e movimento de uma articulação. Ele não substitui a função de uma prótese, que é um membro artificial que se articula com o coto.
  • Função do KMB: O KMB é utilizado principalmente para fornecer suporte e estabilidade ao joelho e tornozelo, sendo mais indicado para pacientes com instabilidade articular ou fraqueza muscular.
  • Paciente do caso: O paciente apresenta boa amplitude de movimento e cicatriz em coto de bom aspecto, o que sugere que ele pode se beneficiar de uma prótese mais funcional, como uma prótese transfemoral com encaixe PTS.
  • Vantagens do PTS:Mobilidade: O PTS permite maior liberdade de movimento e uma marcha mais natural.
  • Funcionalidade: O PTS permite a realização de atividades de vida diária com maior facilidade.
  • Estética: O PTS pode ter uma aparência mais natural e discreta.

Fatores a serem considerados na escolha do encaixe:

  • Nível da amputação: A localização da amputação influencia na escolha do encaixe.
  • Condição do coto: A presença de edema, cicatrizes, ou outras complicações no coto podem limitar as opções de encaixe.
  • Nível de atividade: O nível de atividade do paciente e suas expectativas quanto à prótese são fatores importantes.
  • Força muscular: A força muscular residual e a capacidade de controlar a prótese influenciam na escolha do encaixe.
  • Comorbidades: A presença de outras doenças, como diabetes ou doenças neurológicas, pode influenciar a escolha do encaixe.

Conclusão:

A escolha entre um encaixe KMB e um encaixe PTS deve ser individualizada e baseada em uma avaliação completa do paciente. No caso apresentado, a ausência de comorbidades, a boa amplitude de movimento e a cicatriz em coto de bom aspecto sugerem que o paciente pode se beneficiar de uma prótese transfemoral com encaixe PTS. No entanto, é fundamental que um profissional de reabilitação especializado avalie o paciente e indique a melhor opção para cada caso.

Outros fatores que podem influenciar a escolha do encaixe:

  • Tipo de suspensão: A forma como a prótese será suspensa no coto (por exemplo, suspensão por sucção, por manga ou por válvula) também deve ser considerada.
  • Componentes da prótese: A escolha dos componentes da prótese, como o joelho protético e o pé protético, também influencia na funcionalidade e na estética da prótese.

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