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Q1125590 Português

                             Mais vale prevenir do que remediar


      Os dicionários trazem lições fundamentais, quanto ao justo sentido das palavras: costumam revelar o seu sentido de origem e o de seu emprego atual. Os provérbios também são esclarecedores: numa forma sintética, formulam lições que nascem do que as criaturas aprendem de suas próprias experiências de vida.

      Veja-se, por exemplo, o que afirma o provérbio “Mais vale prevenir do que remediar”. Prevenir é “tomar a dianteira”, “antecipar”, tal como dispõe o dicionário. Uma palavra que serve de prima-irmã desse verbete é precaver: daí que previdentes e precavidos seriam aqueles que preferem tomar medidas para não serem surpreendidos por fatos indesejáveis e incontornáveis. Nesse campo conceitual, a ideia comum é a valorização de iniciativas que se devem assumir para administrar o nosso destino até onde for possível. Sabemos todos, no entanto, que nem tudo se previne, e nem tudo tem remédio: vem daí outro provérbio popular, “o que não tem remédio, remediado está”. Como se vê, admite que nem tudo tem solução, ao passo que o provérbio que dá o título deste texto insiste em valorizar toda ação pela qual se busca, justamente, evitar a etapa da falta de remédio: prevenir.

      Ainda caminhando pelos verbetes do dicionário e pelas falas dos provérbios, damos com a palavra providência, que tem o sentido comum de “decisão”, “encaminhamento”. Ocorre que se vier com a inicial maiúscula − Providência − estará fazendo subentender a ação divina, a expressão maior de um poder que nos rege a todos. Há quem confie mais na Providência divina do que em qualquer outra instância humana; mas é bom lembrar que há também o provérbio “Deus ajuda a quem cedo madruga”, no qual se sugere que a vontade divina conta com a disposição do nosso trabalho, do nosso empenho, da nossa iniciativa, para se dispor a nos ajudar. Não parece haver contradição alguma entre ter fé, confiar na Providência, e ao mesmo tempo acautelar-se, sendo previdente. A ordem providencial e a ordem previdenciária podem conviver pacificamente, num sistema de reforço mútuo, por que não? A diferença entre ambas está em que a segunda conta com a qualidade da nossa gestão, de vez que seremos responsáveis não apenas pelo espírito de cautela que nos anima, mas sobretudo pelas medidas a tomar para que se administre no presente o que deve ser feito com vistas à garantia de um bom futuro.

                                                                                (Júlio Ribas de Almeida, inédito) 

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
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Comentários

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GABARITO: LETRA E

A) Caso se soubessem das palavras o significado exato, muitas delas não se utilizaria atoa, mas atentando do que de fato é seu sentido no dicionário ? o correto é "soubesse"; sujeito paciente no singular, logo, verbo fica no singular.

B) Se muitos acreditam que valem a pena tomar iniciativas diante do destino, sempre haverão os que preferem acautelar-se, com base na previsão possível dos fatos ? o quê vale a pena? Tomar iniciativas diante do destino (=sujeito oracional, isso vale a pena, verbo fica no singular).

C) São muito diversos, no caso das palavras previdência e providência, o que significam, por isso não se devem confundi-las e aplicar-lhes assim, sem conhecimento de causa ? o correto é "significa"; pronome demonstrativo "o" e logo após pronome relativo (=concordância no singular).

D) Para colocar em pauta a questão da gestão, o autor socorreu-se do caso da previdência que, ao contrário da Providência, cuja força ninguém duvida, é preferível de administrar ? socorreu-se a alguma coisa (=ao caso da previdência).

E) O autor sugere não haver qualquer incompatibilidade entre um ato de fé e a providência que alguém toma, acreditando que lhe seja útil no planejamento do futuro.

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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

Encontrei erros distintos do Arthur Carvalho:

Para mim o erro da D esta em: Para colocar em pauta a questão da gestão, o autor socorreu-se do caso da previdência que, ao contrário da Providência, cuja força ninguém duvida, é preferível de administrar. ------->

Essa oração subordinada adjetiva não pode ser explicativa (entre virgulas) pois alguém pode (e deve) duvidar da força da PROVIDÊNCIA. Portanto pra mim ela é restritiva (sem virgulas).

E para mim o erro da C esta em: São muito diversos, no caso das palavras previdência e providência, o que significam, por isso não se devem confundi-las e aplicar-lhes assim, sem conhecimento de causa. -------> confundi-las não é devido (no singular).

Espero ter ajudado.

1º erro A) se soubessem das palavras o significado exato: verbo saber = VTDI / SE = partícula apassivadora / o significado exato = sujeito paciente. / das palavras = OI. Desse modo, o verbo deveria estar no singular: se soubesse. 2º erro A) se utilizaria atoa = se utilizariam (palavras) atoa. 3º erro A) atoa / à toa. 4º erro A) mas atentando do que / mas atentando ao que.

1º erro B) Se muitos acreditam que valem a pena tomar iniciativas diante do destino / (=sujeito oracional, isso vale a pena, verbo fica no singular = vale). 2º erro B) haverão - verbo haver no sentido de existir fica na 3ª do singular / haverá.

Erros C) São muito diversas as palavras previdência e providência, o que significa que não se deve confundi-las e aplicar-lhes assim, sem conhecimento de causa.

Erros D) Para colocar em pauta a questão da gestão, o autor socorreu-se (?? / seria recorreu-se!) do caso da previdência que, ao contrário da Providência, de cuja força ninguém duvida, é preferível a administrar.

Hard core essa hem

Eu sou só mais um estudante honesto neste site de estudos deste brasilzão, mas acho que o erro da letra E é "quem é preferível, é preferível A alguma coisa, e não "preferível DE..". Se eu estiver equivocado, mandem msg no privado ae!

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