Está clara e correta quanto à redação, e coerente com o sent...
[Desconfiar para criar]
Atenção, escritores: desconfiar da observação direta. Um romancista de lápis em punho no meio da vida – esse acaba fazendo apenas reportagens.
Melhor esperar que a poeira baixe, que as águas resserenem, deixar tudo à deriva da memória. Porque a memória escolhe, recria.
Quanto ao poeta, este nunca se lembra, propriamente; inventa.
E por isso é que ele fica muito mais perto da verdadeira realidade.
(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Na volta da esquina. Porto Alegre: Editora Globo, 1979, p. 89)
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GABARITO: LETRA D
A) Deixar que a poeira baixe é uma forma que cabem aos escritores para respirar antes de criar ? o correto é "cabe" concordando com o pronome relativo "que" (=retoma o termo "forma").
B) Ao utilizar a expressão de lápis em punho, o autor ironisa a triste condição de um escritor sem armas ? o correto é "ironiza" com -z.
C) Esperar que as águas resserenem equivale a dizer que a memória, de cujo poder é absoluta, perturba a invenção ? preposição usada incorretamente, nenhum termo está a exigindo.
D) O autor deixa ver que seu conceito de verdadeira realidade inclui a invenção que é própria do poeta.
E) A memória dos poetas, ainda que usual, supõe-se que seja mais frágil do que a capacidade de inventar, da qual recorrem ? recorrem a alguma coisa (=preposição "a") + artigo definido "a" (=à qual recorrem).
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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Ao utilizar a expressão de lápis em punho, o autor ironisa a triste condição de um escritor sem armas.
O verbo formado a partir de um substantivo funciona da seguinte forma:
O substantivo é ironia. Não há nenhum S nesta palavra, então o verbo formado a partir deste substantivo será com Z. Ironizar. Na frase seria ...O autor ironiza a triste condição...
O erro da C não está em separar, por vírgula, o termo ''cujo'' de memória?
Na letra C temos problema semântico, já que a memória não tem o condão de perturbar a invenção, pelo contrário.
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