No segundo parágrafo, em sua argumentação contra a pena de ...

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Q111144 Português
No segundo parágrafo, em sua argumentação contra a pena de morte, Voltaire refuta a tese segundo a qual
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Letra B.

Há quem diga que a guerra sempre tornou esses homicídios não só legítimos como também gloriosos. Todavia, (...).
Difícil é descobrir onde termina um parágrafo e começa outro.
Nossa, tb tive dificuldade em descobrir onde estavam o início e o fim dos parágrafos!
Onde está o 2 parágrafo ?
A fim de ajudar aos amigos:
Cabe a vós, senhores, examinar em que caso é justo pri-
var da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por Deus. (1º PARÁGRAFO)

Há quem diga que a guerra sempre tornou esses 
homicídios não só legítimos como também gloriosos. Todavia, 
como explicar que a guerra sempre tenha sido vista com horror 
pelos brâmanes, tanto quanto o porco era execrado pelos ára-
bes e pelos egípcios? Os primitivos aos quais foi dado o nome 
ridículo de quakers** fugiram da guerra e a detestaram por 
mais de um século, até o dia em que foram forçados por seus 
irmãos cristãos de Londres a renunciar a essa prerrogativa, que 
os distinguia de quase todo o restante do mundo. Portanto, 
apesar de tudo, é possível abster-se de matar homens. (2º PARÁGRAFO)

Mas há cidadãos que vos bradam: um malvado furou-me 
um olho; um bárbaro matou meu irmão; queremos vingança; 
quero um olho do agressor que me cegou; quero todo o sangue 
do assassino que apunhalou meu irmão; queremos que seja 
cumprida a antiga e universal lei de talião. (3º PARÁGRAFO)

Não podereis acaso responder-lhes: “Quando aquele 
que vos cegou tiver um olho a menos, vós tereis um olho a 
mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou vosso 
irmão, esse irmão será ressuscitado? Esperai alguns dias; 
então vossa justa dor terá perdido intensidade; não vos 
aborrecerá ver com o olho que vos resta a vultosa soma de 
dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar; com ela vivereis 
vida agradável, e além disso ele será vosso escravo durante 
alguns anos, desde que lhe seja permitido conservar seus dois 
olhos para melhor vos servir durante esse tempo. Quanto ao 
assassino do seu irmão, será vosso escravo enquanto viver. Eu 
o tornarei útil para sempre a vós, ao público e a si mesmo”. (4º PARÁGRAFO)

É assim que se faz na Rússia há quarenta anos. Os 
criminosos que ultrajaram a pátria são forçados a servir à pátria 
para sempre; seu suplício é uma lição contínua, e foi a partir de 
então que aquela vasta região do mundo deixou de ser bárbara. (5º PARÁGRAFO)

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