De acordo com a hipótese da paridade do poder de compra, a l...

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Q29021 Economia
Em um mundo globalizado, o estudo da teoria do comércio
internacional é imprescindível à compreensão dos fenômenos
econômicos. A esse respeito, julgue os itens que se seguem.
De acordo com a hipótese da paridade do poder de compra, a longo prazo, a taxa de câmbio entre duas moedas nacionais quaisquer deve refletir o diferencial de inflação existente entre essas duas economias.
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Quesito CORRETO.

A paridade do poder de compra - PPC - implica manter a taxa real de câmbio constante. Matematicamente:

Z = E . ( Pext/Pint ) = constante

Na qual:

Z = taxa real de câmbio na cotação do incerto

E = taxa nominal de câmbio na cotação do incerto (taxa de câmbio que representa o preço relativo entre duas moedas nacionais quaisquer)

Pext = nível de preços externo (país estrangeiro)

Pint = nível de preços interno 

Aplicando logaritmo natural:

lnZ = lnE + lnPext - lnPint

Derivando em relação ao tempo:

0 = (1/t) dE/dt + (1/t) dPext/dt - (1/t) dPint/dt

Eliminando (1/t):

0 = dE/dt + dPext/dt - dPint/dt

Rearranjando o resultado:

dE/dt = dPint/dt - dPext/dt

Baseado no resultado acima, conclui-se que a PPC é uma teoria de inflação da taxa de câmbio. Como pode ser verificado, a taxa de variação do câmbio nominal entre duas moedas reflete o diferencial de inflação existente entre essas duas economias, mais precisamente, corresponde à diferença entre a inflação doméstica e a externa.

 Quesito CORRETO.

Suponhamos dois países: Brasil e Estados Unidos - EUA. Digamos que, no Brasil, um "hambúrguer especial" custe R$ 10,00 - dez reais - e, nos EUA, U$ 5,00 - cinco dólares. Imaginemos que o câmbio seja exatamente R$ 2,00/ U$ 1,00.  Esse câmbio implica que o custo do sanduíche no Brasil é igual ao dos EUA. Com 5 dólares, um estadunidense compra o "hambúrguer especial". Se ele viajar para o Brasil, trocará os seus 5 dólares por 10 reais (cada dólar é trocado por 2 reais) e também poderá comprar o "hambúrguer especial". Como pode ser percebido, o custo é o mesmo.

Decorrido um ano, houve uma inflação de 80% no Brasil e de 20% nos EUA (calma pessoal, é só para facilitar os cálculos - não se assustem!!!). Agora, o "hambúrguer especial" custa R$ 18,00 no Brasil e U$ 6,00 nos EUA. Vamos supor que a taxa nominal de câmbio tenha se mantido inalterada. Com 6 dólares, o estadunidense compra o seu "hambúrguer especial" em seu país. Desembarcando no Brasil, ele trocará os seus 6 dólares por apenas 12 reais e não mais poderá comprar o "hambúrguer especial", uma vez que a inflação do Brasil foi maior do que a dos EUA. E agora?

Para manter a "paridade do poder de compra", a taxa nominal de câmbio deverá modificar-se para R$ 3,00/U$ 1,00. Essa mudança refletirá a variação de preços ocorrida entre os dois países, ou seja, refletirá a inflação. 

OBSERVAÇÂO: Para quem tem maiores conhecimentos de economia, o exemplo acima é bastante simples. Nele, eu considerei que a taxa real de câmbio era constante com valor igual a 1 - paridade absoluta. Assim, pude aplicar a lei do preço único. Para uma resposta matematicamente correta e mais sofisticada, veja o comentário a seguir.

 

Quando Gustav Cassel elaborou a teoria de Paridade do Poder de Compra (PPC), ele levou em consideração que a taxa de câmbio de um país tende a se desvalorizar na mesma proporção que aumenta o nível dos preços. Dessa forma, deveria, em tese, contabilizar a inflação.

CERTO.

O ano é 2020 (aquele pandêmico que nunca acaba), leio o comentário brilhante do José Marcos, de 2010, e fico satisfeita em entender o conteúdo. Porém, também fico perplexa com o Índice Big Mac de 2020: "aqui no Brasil, o Big Mac custa R$ 20,90. Nos Estados Unidos, US$ 5,71. Ao dividirmos um preço pelo outro, temos que a taxa de câmbio deveria ser de R$ 3,66, ou seja, um dólar equivaleria a três reais e sessenta e seis centavos no mundo do tio Ronald". Hoje a cotação do dólar está em torno de R$ 5,3. Não sei se rio ou se choro... Fonte: https://vejario.abril.com.br/blog/luciana-brafman/indice-big-mac-pandemia-coronavirus/

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