Questões de Concurso sobre Português para Avança SP

Q3284296

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284296 Português

Há inadequação ortográfica em todas as sentenças a seguir, exceto em:

A

Não mencione à ela sobre o comportamento de hiper-vigilância.

B

As cooperativas lançaram uma nota de repúdio à imprensa.

C

Para o jantar, servirão beringelas salteadas com pimenta do reino.

D

As onomatopéias do gibi estão na cor azul.

E

As meninas tiveram um quase-infarto com o susto durante o vôo.

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Q3284294

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284294 Português

O vocábulo “se” atua como pronome reflexivo apenas em:

A

Conheceu seis países, se não sete.

B

Perguntou aos meus pais se iriam à formatura.

C

Analisou-se os resultados da pesquisa qualitativamente.

D

Ela se questionava sobre as próprias escolhas.

E

O trabalho poderá ser invalidado, se não for melhorado.

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Q3284293

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284293 Português

Texto associado

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere as seguintes sentenças, com especial atenção aos pronomes enumerados:

I. Pela primeira vez foi outro escritor quem(1) disse.
II. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo(2) de deprimente.
III. Em 32 anos, nunca o(3) viu.

A classificação do tipo dos pronomes enumerados nas sentenças dadas é, respectivamente:

A

(1) pessoal; (2) demonstrativo; (3) de tratamento.

B

(1) pessoal; (2) relativo; (3) pessoal.

C

(1) relativo; (2) indefinido; (3) pessoal.

D

(1) relativo; (2) demonstrativo; (3) pessoal.

E

(1) demonstrativo; (2) indefinido; (3) relativo.

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Q3284292

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284292 Português

Texto associado

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

As colocações pronominais em “Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência” correspondem, respectivamente, a:

A

mesóclise e próclise.

B

próclise e mesóclise.

C

próclise e ênclise.

D

ênclise e mesóclise.

E

ênclise e próclise.

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Q3284291

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284291 Português

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Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere o seguinte excerto:

“Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.”

A reescrita correta do trecho, substituindo a oração subordinada adverbial condicional por uma oração de valor concessivo, é:

A

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. A menos que alguém lhe pergunte o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

B

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Mas quando alguém lhe pergunta o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

C

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. À medida que lhe perguntam o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

D

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Mesmo que alguém lhe pergunte o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

E

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Conforme lhe perguntam o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

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Q3284290

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284290 Português

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Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere o trecho a seguir para responder à questão:

“O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.”

Uma das figuras de linguagem por meio da qual se constroem os sentidos no trecho apresentado é:

A

hipérbole.

B

personificação.

C

paradoxo.

D

retificação.

E

antítese.

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Q3284289

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Supervisor de Administração | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Informática |

Q3284289 Português

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Leia o texto a seguir para responder à questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere o trecho a seguir para responder à questão:

“O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.”

Ao fazer tal afirmação, o narrador do texto se refere:

A

ao fato de que as pessoas deixam de olhar com atenção o que é cotidiano.

B

ao fato de que as pessoas passam a se interessar apenas pelo que é cotidiano.

C

ao cansaço natural da visão após um dia exaustivo de trabalho.

D

ao excesso de atenção dado às coisas cotidianas.

E

à falta de atenção das pessoas às coisas extraordinárias do dia a dia.

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Q3284245

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Comunitário de Saúde | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Ambiental | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Contabilidade | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente de Saneamento | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Almoxarife | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Assistente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Consultório | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Escriturário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Enfermagem | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Comprador | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Operador de Sistema de Água | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Agropecuário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Secretária | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Recursos Humanos |

Q3284245 Português

A sentença em que as concordâncias verbal e nominal estão incorretas é:

A

Se é necessário tantas obras, autorizo que as façam.

B

Nem só de futilidades vivem os jovens.

C

O museu contratou cerca de quinze pessoas nesta semana.

D

Eles compraram uma casa próxima à praia.

E

As flores amarelas estão mais chamativas nesta primavera.

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Q3284243

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Comunitário de Saúde | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Ambiental | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Contabilidade | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente de Saneamento | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Almoxarife | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Assistente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Consultório | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Escriturário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Enfermagem | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Comprador | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Operador de Sistema de Água | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Agropecuário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Secretária | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Recursos Humanos |

Q3284243 Português

Texto associado

Leia o texto a seguir para responder às questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere as seguintes sentenças, com especial atenção aos pronomes enumerados:

I. Pela primeira vez foi outro escritor quem(1) disse.
II. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo(2) de deprimente.
III. Em 32 anos, nunca o(3) viu.

A classificação do tipo dos pronomes enumerados nas sentenças dadas é, respectivamente:

A

(1) pessoal; (2) demonstrativo; (3) de tratamento.

B

(1) pessoal; (2) relativo; (3) pessoal.

C

(1) relativo; (2) indefinido; (3) pessoal.

D

(1) relativo; (2) demonstrativo; (3) pessoal.

E

(1) demonstrativo; (2) indefinido; (3) relativo.

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Q3284242

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Comunitário de Saúde | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Ambiental | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Contabilidade | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente de Saneamento | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Almoxarife | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Assistente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Consultório | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Escriturário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Enfermagem | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Comprador | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Operador de Sistema de Água | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Agropecuário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Secretária | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Recursos Humanos |

Q3284242 Português

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Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

As colocações pronominais em “Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência” correspondem, respectivamente, a:

A

mesóclise e próclise.

B

próclise e mesóclise.

C

próclise e ênclise.

D

ênclise e mesóclise.

E

ênclise e próclise.

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Q3284241

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Comunitário de Saúde | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Ambiental | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Contabilidade | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente de Saneamento | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Almoxarife | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Assistente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Consultório | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Escriturário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Enfermagem | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Comprador | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Operador de Sistema de Água | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Agropecuário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Secretária | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Recursos Humanos |

Q3284241 Português

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Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere o seguinte excerto:

“Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.”

A reescrita correta do trecho, substituindo a oração subordinada adverbial condicional por uma oração de valor concessivo, é:

A

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. A menos que alguém lhe pergunte o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

B

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Mas quando alguém lhe pergunta o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

C

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. À medida que lhe perguntam o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

D

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Mesmo que alguém lhe pergunte o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

E

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Conforme lhe perguntam o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.

Você errou! Resposta:

teste

Parabéns! Você acertou!

teste

Q3284240

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Comunitário de Saúde | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Ambiental | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Contabilidade | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente de Saneamento | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Almoxarife | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Assistente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Consultório | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Escriturário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Enfermagem | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Comprador | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Operador de Sistema de Água | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Agropecuário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Secretária | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Recursos Humanos |

Q3284240 Português

Texto associado

Leia o texto a seguir para responder às questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere o trecho a seguir para responder à questão.

“O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.”

Uma das figuras de linguagem por meio da qual se constroem os sentidos no trecho apresentado é:

A

hipérbole.

B

personificação.

C

paradoxo.

D

retificação.

E

antítese.

Você errou! Resposta:

teste

Parabéns! Você acertou!

teste

Q3284239

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Caconde - SP Provas: Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente Comunitário de Saúde | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Ambiental | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Contabilidade | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Agente de Saneamento | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Almoxarife | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Assistente Administrativo | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Consultório | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Escriturário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Auxiliar de Enfermagem | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Comprador | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Operador de Sistema de Água | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico Agropecuário | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Secretária | Avança SP - 2025 - Prefeitura de Caconde - SP - Técnico em Recursos Humanos |

Q3284239 Português

Texto associado

Leia o texto a seguir para responder às questão.

Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía – e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprido o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

RESENDE, O. L. Vista cansada. Folha de São Paulo. São Paulo, 1992. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7040/vistacansada>.

Considere o trecho a seguir para responder à questão.
“O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.”

Ao fazer tal afirmação, o narrador do texto se refere:

A

ao fato de que as pessoas deixam de olhar com atenção o que é cotidiano.

B

ao fato de que as pessoas passam a se interessar apenas pelo que é cotidiano.

C

ao cansaço natural da visão após um dia exaustivo de trabalho.

D

ao excesso de atenção dado às coisas cotidianas.

E

à falta de atenção das pessoas às coisas extraordinárias do dia a dia.

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Parabéns! Você acertou!

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Q3283056

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: FUSAM de Caçapava - SP Provas: Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Contador | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Enfermeiro | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Infectologista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Ultrassonografista/Radiologista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Intensivista - Plantonista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico do Trabalho | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Psicólogo Organizacional | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Relações Públicas |

Q3283056 Português

Um adjetivo funciona como advérbio apenas em:

A

O amarelo da bandeira remete à riqueza do país.

B

De repente, a mídia, coagida, deixou de tocar no assunto.

C

A música na casa do vizinho tocou alto por trinta minutos.

D

A caligrafia no bilhete era charmosa, com traços finos.

E

A polícia seguiu o carro até a nova ponte da cidade.

Você errou! Resposta:

teste

Parabéns! Você acertou!

teste

Q3283054

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: FUSAM de Caçapava - SP Provas: Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Contador | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Enfermeiro | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Infectologista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Ultrassonografista/Radiologista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Intensivista - Plantonista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico do Trabalho | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Psicólogo Organizacional | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Relações Públicas |

Q3283054 Português

Texto associado

Leia o texto a seguir para responder à questão.

O homem rouco

Deus sabe o que andei falando por aí; coisa boa não há de ter sido, pois Ele me tirou a voz.

Ela sempre foi embrulhada e confusa; a mim próprio muitas vezes parecia monótona e enjoada, que dirá aos outros. Mas era, afinal de contas, a voz de uma pessoa, e bem ou mal eu podia dizer ao mendigo “não tenho trocado”, ao homem parado na esquina, “o senhor pode ter a gentileza de me dar fogo”, e ao garçom, “por favor, mais um pedaço de gelo”. Dizia certamente outras coisas e numa delas me perdi. Fiquei vários dias afônico e, hoje, me comunico e lamento com uma voz de túnel, roufenha, intermitente e infame.

Ora, naturalmente que me trato. Deramme várias pastilhas horríveis e um especialista me receitou uma injeção e uma inalação que cheguei a fazer uma vez e me aborreceu pelo seu desagradável jeito de vício secreto ou de rito religioso oriental. Uma leitora me receitou pelo telefone chá de pitangueira, laranja da terra e eucalipto, tudo isso agravado por um dente de alho bem moído.

Não farei essas coisas. Vejo-me à noite, no recolhimento do lar, tomando esse chá dos tempos coloniais e me sinto velho e triste de cortar o coração.

Alguém me disse que se trata de rouquidão nervosa, o que me deixa desconfiado de mim mesmo. Terei muitos complexos? Precisamente quantos? Feios, graves? Por que me atacaram a garganta e não, por exemplo, o joelho? Ou quem sabe que havia alguma coisa que eu queria dizer e não podia, não devia, não ousava, estrangulado de timidez, e então engoli a voz?

Quando era criança, agora me lembro, passei um ano gago porque fui com outros moleques gritar “Capitão Banana” diante da tenda de um velho que vendia frutas, e ele estava escondido no escuro e me varejou um balde d’água em cima. Naturalmente devo contar essa história a um psicanalista. Mas então ele começará a me escarafunchar a pobre alma e isso não vale a pena. Respeitemos a morna paz desse brejo noturno onde fermentam coisas estranhas e se movem monstros informes e insensatos.

Afinal, posso aguentar isso, sou um rapaz direito, bem comportado, talvez até bom partido para uma senhorita da classe média que não faça questão da beleza física, mas sim da moral, modéstia à parte.

O remédio é falar menos e escrever mais, antes que os complexos me paralisem os dedos, pobres dedos, triste mão que... Mas, francamente, página de jornal não é lugar para a gente falar essas coisas.

Eu vos direi, senhora, apenas, que a voz é feia e roufenha, mas o sentimento é límpido, é cristalino, puro – e vosso.

BRAGA, R. O homem rouco. 3ª ed., Record, 1984. Disponível <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/13137/ohomem-rouco>.

Nas sentenças a seguir, retiradas do texto, o advérbio em destaque exprime modo apenas em:

A

“Dizia certamente outras coisas e numa delas me perdi”.

B

“Terei muitos complexos? Precisamente quantos?”

C

“Ela sempre foi embrulhada e confusa”.

D

“Não farei essas coisas”.

E

“Quando era criança, agora me lembro, passei um ano gago”.

Você errou! Resposta:

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Parabéns! Você acertou!

teste

Q3283053

Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: FUSAM de Caçapava - SP Provas: Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Contador | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Enfermeiro | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Infectologista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Ultrassonografista/Radiologista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico Intensivista - Plantonista | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Médico do Trabalho | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Psicólogo Organizacional | Avança SP - 2025 - FUSAM de Caçapava - SP - Relações Públicas |

Q3283053 Português