Questões de Concurso Sobre português para cetap

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Ano: 2012 Banca: CETAP Órgão: FUNPAPA
Q1234572 Português
Leia o texto, com atenção, e responda o que se pede no comando da questão.
Varanda gourmet
Raimundo Sodré
De vez em quando a gente vê nos comerciais, empreendimentos anunciando a tal da varanda gourmet. Esta é uma sacada (permitam-me o trocadilho) da indústria imobiliária para sanar um problema antigo, uma velha dor de cabeça que atormentava os moradores de condomínios verticais; a incerteza de um lugar para o churrasquinho de domingo.
Pode até ser que a invenção tenha vindo de um dos nossos gênios na concepção do ambiente. Mas minha amiga Cristal Tobias, que é ambientalista defensora das areias de Algodoal e uma alma simpaticíssima, tem uma versão para a origem das atuais varandas fumegantes .
Ela nos conta que tinha uma amiga que esquentava muito a moringa toda vez que ia fazer uma programação na área de lazer dos conjuntos em que morava. Nunca conseguia uma vaga. Mudava de condomínio, recebia promessas de mil maravilhas, mas quando a coisa cambava para o salão de festas, era a mesma explicação enfastiada. E ela, sem agenda, sem esperança, sem saco. Passou, passou e aquela reunião com churrasquinho, aquele aniversário com língua de sogra, sempre eram desviados para a casa da própria sogra. Era ralado!
Até que um dia compraram um apartamento com sacada. Saíram do aluguel. Não podiam mudar mais. Era um investimento alto. As soluções teriam que vir dali. Na primeira investida: Lista. Tinham que entrar na lista de espera. Foi aí, que ela teve uma ideia.
Deu um rolé pelos empórios do Ver-o-Peso, juntou três ou quatro peças, chamou um cunhado que entende dessas coisas e montou uma churrasqueira num cantinho da sacada. Decidiu: não ia mais se submeter às listonas de espera. A satisfação daquele desejo atávico, incontrolável e já quase doentio, haveria de ser ali mesmo naquela quina.
Tudo pronto para a redenção, para a libertação total daqueles constrangimentos. Chamou a mãe, a sogra (era a forra), pôs as latinhas pra gelar, salgou a carne, cortou umas calabresinhas pros meninos, umas asinhas de frango pro maridão, arrumou a mesinha com toalha nova. As coisas, "tudinho", no jeito. Só que apareceu o desmancha prazer do cunhado com a má notícia. Iriam ter problemas com a fumaça. O vizinho do andar de cima com certeza não iria gostar daquela fumaça empestando a sala dele. Ela quase que tem um piripaque. Mas mulher, a gente sabe, não desiste fácil ("as soluções teriam que vir dali"). Não contou conversa. Dois minutos depois, estava na porta do vizinho convidando toda a turma ali de cima para uma reuniãozinha de congraçamento, um momento de descontração. Sim, poderiam levar os meninos, a empregada, o cunhado. Todos estavam convidados.Se isso lhe garantia o churrasco, a quantidade de pessoas, não era problema... Desceu e acendeu o fogo. Não sabe explicar a felicidade daquele momento. Casa cheia, carne ardendo, marido chupando ossinhos de frango, molecada tuitando e melecando as teclas do computador com as mãos engorduradas. Emoção e êxtase. Vizinho porre dormindo no sofá.
A confraternização virou rotina. Domingo, feriado... salgava acarne, cortava a calabresinha, as asinhas... apertava a campainha e convidava o vizinho de cima...
E a invencionice ganhou simpatizantes. O vizinho de baixo montou também uma churrasqueira no cantinho. E, nesse caso, ela e toda a tropa eram os convidados.
Assim, oficiosamente, sem desenho ou maquete, foi concebida a ideia da varanda gourmet. Hoje, há refinamento e glamour entre a “sala e o espaço externo do apartamento”. Mas isso, acontece nos prédios novos. Naquele, continua o congraçamento, a confraternização vertical, vizinho no sofá... Isso foi Cristal que me contou lá, nos ermos de Algodoal. 
Fonte: Blog do Raimundo Sodré.
Em: “Ela nos conta que tinha uma amiga [...]”, o pronome pessoal  do caso reto faz relação com:
Alternativas
Ano: 2012 Banca: CETAP Órgão: SEAD-PA
Q1234158 Português
Palavras indígenas que usamos no dia a dia.
Quando o navegador português Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em abril de 1500, os índios já moravam aqui havia muito tempo. Naquela época não existiam cidades e os habitantes se dividiam em grupos e tribos. As tribos eram diferentes umas das outras, e cada uma ocupava uma região do país. Além disso, os estudiosos descobriram que cada grupo tinha sua língua. Eles fizeram as contas e encontraram mais de 300 idiomas falados pelos índios! E nenhum deles era o Português. Até hoje usamos muitas palavras que herdamos dos primeiros habitantes do Brasil. Veja só:
YARA
É nome de menina,e a letra Y quer dizer água e Uara, dona ou senhora. Segundo a lenda, a Yara é uma espécie de sereia. Ela tem cabelos longos e verdes. Em vez de morar no mar, como a Pequena Sereia, ela vive nos rios de água doce, na Amazônia.
MANDIOCA
Vem de Mani Oca, ou casa da Mani. A lenda conta que a filha de um cacique que vivia perto de Belém (Pará) teve uma linda bebê, chamada Mani. Mas, de um dia para o outro, Mani morreu e foi enterrada na Oca, ou casa. Todos ficaram tristes. Para alegrara tribo, no mesmo lugar nasceu essa planta, que é muito gostosa.
CAPIVARA   O maior roedor que existe no Brasil vive na beira de rios e lagos e é tão grande que pode pesar até 50 quilos! Apesar do tamanho,ela só se alimenta de grama e mato, daí o seu nome: Kaapi (capim) e Wara (aquele que come).
JURURU
Já percebeu que, até quando a gente fala Jururu, faz biquinho com os lábios, como se estivesse triste? Pois é por isso mesmo que os índios usavam essa palavra para se referir a alguém que não estava feliz. Também é parecida com Cururu, que quer dizer a mesma coisa.
Fonte: Revista TAM Kids. Ed. Março/Abril, 2012, p. 16/18.
Marque a alternativa em que a palavra NÃO tem masculino:
Alternativas
Ano: 2011 Banca: CETAP Órgão: SESMA
Q1234003 Português
Texto para resolução da questão.                                       
                                                                                    O Luftal do boi
Por Juliana Ribeiro
Foi-se o tempo em que os bois podiam pastar pela imensidão verde sem causar preocupações. O sossego terminou quando há alguns anos estudos indicaram que os gases emitidos por bovinos eram um dos maiores causadores do efeito estufa. Pesquisadores concluíram que o volume de metano (CH4) emitido por animal, cerca de 51 quilos ao ano, contribui para acelerar o aquecimento do planeta. No Brasil, estima-se que os mais de 205 milhões de cabeças emitam 8 milhões de toneladas do gás ao ano. De uma hora para outra, “flatulências” e “arrotos” passaram a ser vistos com desconforto por pecuaristas e com histeria por ambientalistas. Mas Michael Mathres, um pesquisador britânico, vem analisando um composto à base de alho que reduz em 20% a emissão de metano por animal, ou 10,2 quilos ao ano. “Ele pode ser dado junto com a ração”, explica. Batizado de Mootral, o produto recebeu investimentos de R$ 1 milhão. “O alho reduz a produção de metano ao selecionar as bactérias que fazem a digestão no boi”, explica Sérgio Raposo de Medeiros, pesquisador da EMBRAPA Gado de Corte.
 É justamente na digestão que “mora” o problema. Segundo Antonio Carlos Silveira, professor titular do departamento de nutrição animal da Unesp de Botucatu (SP), os alimentos consumidos por bovinos começam a ser digeridos e são transformados em ácidos graxos. “Dessa produção resulta a energia para o animal, e uma parte se transforma em metano”. Silveira conta que, da energia bruta de um boi adulto com 500 quilos, 30% se perdem nas fezes e, dos 70% restantes, 9% são perdidos com o metano. Aí é que o Mootral promete ganhos, já que reduz a produção de CH4. “Isso melhora o ganho de carne e energia”, completa Mathres.
Mas engana-se quem pensa que o metano emitido pelos bovinos é o responsável pelo efeito estufa. “Todos os ruminantes do mundo produzem cerca de 15% do gás emitido no planeta”, pondera Medeiros. A tendência é uma queda nessa produção com práticas simples como a realização do confinamento. “O gado confinado, ao comer rações, produz menos metano do que o boi a pasto”, diz o pesquisador. Os bois agradecem.

Fonte: Dinheiro Rural. 70 ed. Agosto, 2010, p. 48.
De acordo com o texto, o Luftal do boi é:

Alternativas
Ano: 2015 Banca: CETAP Órgão: Prefeitura de Itaituba - PA
Q1232010 Português
Menores expiatórios. (Jason Tércio)
A redução da maioridade penal sempre vem à tona quando ocorre um crime de grande repercussão cometido por menor. Mas os grupos que a combatem não exercem a mesma pressão para que as medidas socioeducativas sejam cumpridas para que os menores infratores sejam retirados das ruas e recebam assistência social e escolar. Assim a violência infantojuvenil é esquecida, até o próximo crime chocante. Isto tem sido um círculo vicioso no país nas últimas décadas.
 O governo federal também se une com fervor no combate à proposta. Mas é notório que a crescente criminalidade infanta-juvenil constitui a ponta de um iceberg que cresceu exatamente por falta de uma política nacional da segurança.
O resultado dessa omissão é a epidemia de crimes violentos cometidos por adolescentes e adultos, repercutindo mais quando o culpado é menor e a vitima é de classe média ou alta. Nos últimos 20 anos o Brasil teve no mínimo 25 assassinatos por 100 mil habitantes. O Chile tem três, Estados Unidos têm cinco, Japão e países europeus ricos têm 1/100 mil. 
Há um fator crucial que nunca é lembrado nesse debate: a maioria dos criminosos profissionais começa a delinquir na menoridade. Exceto em casos raros envolvendo algum fato grave e traumático, ninguém é bonzinho e honesto durante toda a adolescência e depois dos 18 anos resolve ser bandido ou bad boy. 
O amadurecimento da personalidade e do caráter não é igual em toda pessoa, depende de diversas variáveis - inteligência, tipo de convívio social e de ambiente familiar etc. Mas há um razoável consenso entre juristas e psicólogos de que a partir dos 16 anos já se tem capacidade suficiente de discernimento e condições psicológicas de assumir (ou não) responsabilidades.
A prova mais eloquente está no Código Civil. A partir dos 16 anos um adolescente brasileiro pode votar, casar, assinar contrato de aluguel, ser sócio de empresas, filiar-se a sindicato, fazer testamento, ser titular de conta bancária, passar procuração, ser testemunha, ser autor de ação popular, viajar sozinho. E aos 14 anos pode legalmente ter relações sexuais com adolescentes. É portanto um cidadão, para todos os efeitos, responsável pelos seus atos, bons e maus. 
O comportamento criminal tem múltiplas causas. As mais conhecidas são privações sociais, baixo índice de desenvolvimento humano e de educação, impunidade, falta de policiamento, mas também violência doméstica, influência de amigos, ganância, psicopatia, gosto pela aventura, herança genética. Por isso as soluções também precisam ser múltiplas. É preciso ver a floresta.
Em todos os países que conseguiram reduzir a criminalidade infanta juvenil, governos e instituições adotaram um conjunto de medidas efetivas e permanentes. No Brasil tais medidas devem focar no mínimo quatro pontos: modernização dos métodos tecnológicos e científicos de investigação, treinamento e reciclagem das polícias, ampliação e humanização de presídios e mudanças na legislação penal conforme a necessidade, incluindo aumento da internação de menores autores de crimes violentos e dos reincidentes, a serem colocados em unidades separadas dos infratores  primários. Mas tais medidas só terão efeito se aplicadas como parte de uma política nacional de segurança.

Na área educacional deveria ser adotada uma medida simples e prática que sem dúvida teria resultados positivos a longo prazo: incluir as disciplinas de ética e direitos humanos no currículo das escolas, desde o primeiro ano do ensino fundamental até o final do ensino médio.
Estes são os passos mínimos e imediatos, se não quisermos continuar debatendo e combatendo infinitamente a redução da maioridade penal. (O Globo-5/07/2015)
Sobre o titulo do texto: "Menores expiatórios", só se pode afirmar:
Alternativas
Ano: 2012 Banca: CETAP Órgão: SESMA
Q1231264 Português
Marque a alternativa que contém palavra com a mesma sílaba tônica de "varanda":
Alternativas
Respostas
496: A
497: E
498: A
499: B
500: D