Questões de Concurso Sobre português para cetap

Foram encontradas 925 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q1197989 Português
VIDAS AMEAÇADAS    "A possível relação dos casos de microcefalia no Nordeste com o vírus zika assusta os brasileiros - e com razão”       "Um surto de microcefalia notificado nos últimos dias em sete estados do Nordeste chocou os brasileiros. Caracterizada pela redução no tamanho do crânio dos bebês, a doença, que leva à deficiência motora, mental e, em alguns casos, à morte prematura, acometeu 399 crianças apenas neste ano. O número é 170% maior do que a média anual da afecção no país ou em qualquer lugar do planeta. A maioria dos diagnósticos ocorreu em Pernambuco, com 268 registros. O salto na incidência já seria espantoso por si só. Na semana passada, porém, o cenário ganhou contornos ainda mais alarmantes diante da possibilidade de o fenômeno estar associado ao zika, vírus transmitido pela picada do Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue. Na última terça-feira, o Ministério da Saúde admitiu que o zika é 'a principal hipótese' para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia e divulgou comunicado em que pede às mulheres que planejam engravidar que conversem com médicos de sua confiança 'até que se esclareçam as causas do crescimento da incidência dos casos na Região Nordeste'. O pedido da cautela não é exagerado. Diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo: 'Sobram perguntas e faltam respostas para explicar essa situação”.       Sabe-se pouco sobre o zika. Identificado pela primeira vez em 1947 na Floresta de Zika, na África, esse agente viral nunca chegou a despertar muita atenção das autoridades sanitárias. À pouca preocupação sempre teve como justificativa as características do vírus. Os pacientes infectados costumam apresentar sintomas leves: febre baixa, dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo e coceira. Calcula-se que 80% dos doentes são assintomáticos. Nunca antes o zika havia sido associado a casos de malformação cerebral. As fortes suspeitas de que ele possa ter sido o deflagrador da doença tiveram início a partir de exames que detectaram seu genoma no líquido amniótico, o fluído que envolve o feto durante a gestação, de duas mulheres da Paraíba, grávidas de fetos microcéfalos. Os mecanismos da possível relação entre o zika e a malformação cerebral ainda não foram decifrados. A principal hipótese é que, ao picara gestante, o mosquito transmita para o feto o vírus, que, em contato com o cérebro em formação, pode ser capaz de destruir as células neurais.       O zika é novíssimo no Brasil - foi rastreado no fim de abril. Por enquanto, está presente, sobretudo, no Nordeste. Os casos de contaminação deflagrados pelo Aedes aegypti costumam ter início nessa região porque o clima quente e úmido, aliado a condições precárias de saneamento básico, forma o habitat perfeito para o mosquito. Há registros de infecções leves pelo zika no Sudeste e no Sul, mas são raros os casos autóctones - aqueles que não vieram de fora, mas tiveram origem na própria cidade. No entanto, se ele seguir o mesmo caminho do vírus da dengue, agente que entrou no país também pelo Nordeste há pelo menos trinta anos, o risco de disseminação de infecções será brutal.”    (Fonte: Natalia Cuminale. Revista Veja. ed. 2453) 
Assinale a alternativa que apresenta informação ausente no texto:
Alternativas
Ano: 2012 Banca: CETAP Órgão: SEAD-PA
Q1196697 Português
Palavras indígenas que usamos no dia a dia.
Quando o navegador português Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em abril de 1500, os índios já moravam aqui havia muito tempo. Naquela época não existiam cidades e os habitantes se dividiam em grupos e tribos. As tribos eram diferentes umas das outras, e cada uma ocupava uma região do país. Além disso, os estudiosos descobriram que cada grupo tinha sua língua. Eles fizeram as contas e encontraram mais de 300 idiomas falados pelos índios! E nenhum deles era o Português. Até hoje usamos muitas palavras que herdamos dos primeiros habitantes do Brasil. Veja só:
YARA
É nome de menina,e a letra Y quer dizer água e Uara, dona ou senhora. Segundo a lenda, a Yara é uma espécie de sereia. Ela tem cabelos longos e verdes. Em vez de morar no mar, como a Pequena Sereia, ela vive nos rios de água doce, na Amazônia.
MANDIOCA
Vem de Mani Oca, ou casa da Mani. A lenda conta que a filha de um cacique que vivia perto de Belém (Pará) teve uma linda bebê, chamada Mani. Mas, de um dia para o outro, Mani morreu e foi enterrada na Oca, ou casa. Todos ficaram tristes. Para alegrara tribo, no mesmo lugar nasceu essa planta, que é muito gostosa.
CAPIVARA   O maior roedor que existe no Brasil vive na beira de rios e lagos e é tão grande que pode pesar até 50 quilos! Apesar do tamanho,ela só se alimenta de grama e mato, daí o seu nome: Kaapi (capim) e Wara (aquele que come).
JURURU
Já percebeu que, até quando a gente fala Jururu, faz biquinho com os lábios, como se estivesse triste? Pois é por isso mesmo que os índios usavam essa palavra para se referir a alguém que não estava feliz. Também é parecida com Cururu, que quer dizer a mesma coisa.
Fonte: Revista TAM Kids. Ed. Março/Abril, 2012, p. 16/18.
Assinale a alternativa que NÃO caracteriza a Yara:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: CETAP Órgão: Prefeitura de Itaituba - PA
Q1195397 Português
O beijo da polêmica
As consagradas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, ambas com 85 anos, protagonizaram, em março de 2015, uma das mais polêmicas cenas da teledramaturgia brasileira dos últimos tempos. Já no primeiro capítulo de Babilônia, novela das nove da rede Globo, as personagens interpretadas por elas trocaram um longo e afetuoso beijo. As duas mulheres formam um casal homossexual na trama.
O beijo gay foi aplaudido por boa parte da população, que vê na cena uma oportunidade de discutir o assunto e tentar diminuir o preconceito, mas causou furor entre a camada mais conservadora da sociedade. Um dos ataques mais fortes partiu do pastor evangélico Silas Malafaia, conhecido por suas ácidas críticas aos homossexuais.
Em manifesto contra a Rede Globo, o religioso declarou que a emissora "é a maior patrocinadora da imoralidade e do homossexualismo no Brasil" e que tem "contribuído para a destruição de valores morais fundamentais" A raivosa manifestação de Malafaia foi acompanhada também por uma nota de repúdio da Frente Parlamentar Evangélica, formada por 88 parlamentares e senadores.
A polêmica sobre o beijo gay no folhetim global veio na esteira de uma iniciativa conservadora conduzida pelo presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDBRJ). Em fevereiro de 2015, ele autorizou a criação de uma evangélica que pode representar um duro golpe contra os direitos de casais homoafetivos. Denominado Estatuto da Família, o projeto define como familia a união de homem e mulher- o que, na prática, pode inviabilizar a adoção de crianças por casais formados por pessoas do mesmo Sexo. Ao mesmo tempo, dificulta uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff - a criminalização da homofobia - torne-se realidade.  (GE Português 2016, pg.14) ·
O termo "ambas", no primeiro parágrafo, não faz referência.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: CETAP Órgão: Prefeitura de Maracanã - PA
Q1194502 Português
É correto, sem advérbios.    A lição da menina negra, magérrima, que cantou feito rainha.      Eliza Soares estreou no programa de Ary Barroso na Rádio Tupi. Tinha 16 anos e era mãe. Sua cria estava doente e Elza inscreveu-se no show de Barroso porque os primeiros lugares ganhavam prêmios em dinheiro. Era uma chance de pagar o tratamento do filho. Elza subiu no palco, mulher negra, jovem, magérrima, vestida conforme o lugar que lhe cabia na perversa espiral de privilégios da nossa sociedade. Notavam-se os remendos no vestido. Os alfinetes. Ary Barroso ficou chocado com alguém que, para muitos, não merecia estar sob os holofotes. “O que é que você veio fazer aqui?” Ary recebeu Elza com boa dose da branquitude, classismo e machismo que inebriam a elite brasileira desde sempre.       Elza respondeu: "Eu vim cantar”. Ary seguiu a cantilena da opressor: “E quem disse que você sabe cantar?”. A menina de 16 anos,cujo filho ardia em febre, respondeu com a coragem das mães: “Eu”. “De onde você veio, menina?” Ary não parecia se cansar de assinalar que Elza era uma estrangeira ali, Nesse momento, a menina respondeu com a audácia disruptiva que mora em cada nota do seu jazz de lata d'água na cabeça:" Eu vim do planeta fome”.       Em 1983, a respeitadíssima acadêmica indiana Gayatri Spivak escreveu Pode o Subalterno Falar? O ensaio, referência para quem deseja compreender a contribuição dos estudos pós coloniais para as ciências humanas, fala do silenciamento sistemático do subalterno. Categoria nomeada por Gramsci, o subalterno é quem não pertence socialmente e politicamente às estruturas hegemônicas de poder. Os excluídos. Os trituradas diariamente pela mecânica da discriminação, As Elzas e seus filhos febris. Spivak teorizou sobre o fato de não parecer natural ou adequado o subalterno falar. O silêncio é o que se espera dele.       Se o subalterno não deve falar, como poderia ousar cantar? Ary e sua plateia, que ria da humilhação de Elza, achavam que não. E hoje? Seria diferente? Mudamos pouco, Somos a mesma plateia rindo de novas humilhações que nos chegam pelas novas mídias, mas somos iguais. Esperamos do subalterno o silêncio. Zombamos do subalterno que ousa quebrar esse nosso contrato social. E não se enganem: a zombaria é o novo açoite. Mudamos pouco. Os ancestrais de Elza foram para o pelourinho. Elza fo! ridicularizada ao vivo. Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madames saúdam à nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados.       Mudamos quase nada.       Naquele dia, Elza cantou Lama na Rádio Tupi. A subalterna cantou rainha, majestosa. Ary Barroso aplaudiu boquiaberto. A plateia que antes riu levantou-se. Reverenciou a nobreza da negra do planeta fome que ousou adentrar um espaço que lhe era negado e fez dele seu reino. Para quem ainda não entendeu: o politicamente correto é simplesmente isso. O correto. Algumas piadas a menos? Sim. Mas, em troca, hoje temos infinitos talentos antes silenciados embalando nossos sonhos. Só os que não sonham não veem que o resultado é positivo e deve ser comemorado.   
(Manoela Miklos. 25 de janeiro, 2019. Revista VEJA). 
No terceiro parágrafo, o excerto “(...) fala do silenciamento sistemático do subalterno.”, o uso da aliteração conota:
Alternativas
Ano: 2012 Banca: CETAP Órgão: SESMA
Q1193702 Português
A palavra “queixa” exemplifica que, depois de ditongo, usa-se o "X", letra que NÃO preenche o espaço em:
Alternativas
Respostas
516: D
517: E
518: E
519: A
520: D