Questões de Concurso Sobre português para fcm

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Q1279594 Português

A fada sensata sem defeitos

Não basta elogiar, a bajulação nas redes sociais exige uma hipérbole.

Manuela Cantuária*


      1. O espelho da madrasta adverte: existe alguém mais belo, mais próspero e mais feliz do que você. A vida no Instagram é um conto de fadas, e isso não é necessariamente uma coisa boa. Na Internet, a rede social é a que mais prejudica a saúde mental de seus usuários, especialmente mulheres, segundo pesquisas que chocaram um total de zero pessoas.

      2. Ironicamente, nossa interação pelo aplicativo é marcada por uma intensa troca de elogios. E põe intensa nisso. No Instagram, não basta dizer: "Bela foto". A bajulação virtual exige uma hipérbole: "Socorro, alguém chama o Samu, tragam desfibriladores, pois estou enfartando perante tamanha beleza" (seguido por uma rabiola de emojis de corações e palminhas).

      3. A intenção pode ser das melhores – um shiatsu na autoestima da próxima –, mas a sensação é a de que os elogios estão ali para serem vistos pelos outros e viraram um espetáculo à parte, vazio de sentido. Todas nós já ouvimos pelo menos um desses elogios genéricos, que não nos representam em nenhuma instância. Entre os mais absurdos que já recebi, estão:

      4. “Perfeita”" ou “Com um total de zero defeitos”. Caramba! Seria mais razoável me chamar de Pé Grande, chupa-cabra ou ET Bilu. Se existisse mesmo uma pessoa isenta de defeitos, ela não daria motivos para os outros falarem mal dela, e eu jamais negaria esse prazer aos meus amigos.

      5. “Aquela que nunca errou”. Não se deixe levar por fake news! Eu já errava no útero da minha mãe. Fiquei de cócoras quando era para ficar em posição fetal. Respeita a minha história!

      6. “Rainha”. O que fiz para merecer a alcunha de tirana e sanguessuga do povo? Peço que não me chamem de monarca e deem preferência a elogios mais democráticos.

      7. “Gostosa”. Não frequento a academia para ser chamada de perspicaz – mas, se você for homem, por favor, mantenha seus pensamentos para você, assim como eu quero manter meu almoço no estômago. Já as amigas podem me objetificar à vontade.

      8. “Deusa”. Se eu fosse uma deusa, já tinha erradicado a fome, o câncer e a acne na idade adulta.

      9. No mais, obrigada pelo carinho. E não se esqueçam de elogiar com moderação.

*Roteirista e escritora.

Folha de São Paulo. Ilustrada, 11 jun. 2019, p.C7. Adaptado.

"Os registros são variações que ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação. A mesma pessoa pode ser menos ou mais formal em sua linguagem, dependendo dos objetivos que tem, das situações de comunicação em que se encontra e das diferentes esferas da sociedade nas quais circula."

(CEREJA & COCHAR, 2013, p. 31).


A esse respeito, é correto afirmar que, em algumas passagens da crônica, a linguagem utilizada está de acordo com a norma-padrão e segue o registro formal. Porém, ocorre o uso da informalidade em

Alternativas
Q1279593 Português

A fada sensata sem defeitos

Não basta elogiar, a bajulação nas redes sociais exige uma hipérbole.

Manuela Cantuária*


      1. O espelho da madrasta adverte: existe alguém mais belo, mais próspero e mais feliz do que você. A vida no Instagram é um conto de fadas, e isso não é necessariamente uma coisa boa. Na Internet, a rede social é a que mais prejudica a saúde mental de seus usuários, especialmente mulheres, segundo pesquisas que chocaram um total de zero pessoas.

      2. Ironicamente, nossa interação pelo aplicativo é marcada por uma intensa troca de elogios. E põe intensa nisso. No Instagram, não basta dizer: "Bela foto". A bajulação virtual exige uma hipérbole: "Socorro, alguém chama o Samu, tragam desfibriladores, pois estou enfartando perante tamanha beleza" (seguido por uma rabiola de emojis de corações e palminhas).

      3. A intenção pode ser das melhores – um shiatsu na autoestima da próxima –, mas a sensação é a de que os elogios estão ali para serem vistos pelos outros e viraram um espetáculo à parte, vazio de sentido. Todas nós já ouvimos pelo menos um desses elogios genéricos, que não nos representam em nenhuma instância. Entre os mais absurdos que já recebi, estão:

      4. “Perfeita”" ou “Com um total de zero defeitos”. Caramba! Seria mais razoável me chamar de Pé Grande, chupa-cabra ou ET Bilu. Se existisse mesmo uma pessoa isenta de defeitos, ela não daria motivos para os outros falarem mal dela, e eu jamais negaria esse prazer aos meus amigos.

      5. “Aquela que nunca errou”. Não se deixe levar por fake news! Eu já errava no útero da minha mãe. Fiquei de cócoras quando era para ficar em posição fetal. Respeita a minha história!

      6. “Rainha”. O que fiz para merecer a alcunha de tirana e sanguessuga do povo? Peço que não me chamem de monarca e deem preferência a elogios mais democráticos.

      7. “Gostosa”. Não frequento a academia para ser chamada de perspicaz – mas, se você for homem, por favor, mantenha seus pensamentos para você, assim como eu quero manter meu almoço no estômago. Já as amigas podem me objetificar à vontade.

      8. “Deusa”. Se eu fosse uma deusa, já tinha erradicado a fome, o câncer e a acne na idade adulta.

      9. No mais, obrigada pelo carinho. E não se esqueçam de elogiar com moderação.

*Roteirista e escritora.

Folha de São Paulo. Ilustrada, 11 jun. 2019, p.C7. Adaptado.

"Os elementos da textualidade representam as conexões e articulações que tornam um texto um todo compreensível e encadeado, e não um conjunto de frases sem sentido." (SARMENTO, 2013, p.66).

Com base no conceito apresentado, é correto afirmar que, no primeiro parágrafo, identifica-se um elemento da textualidade responsável pela relação e o diálogo entre textos denominado

Alternativas
Q1279592 Português

A fada sensata sem defeitos

Não basta elogiar, a bajulação nas redes sociais exige uma hipérbole.

Manuela Cantuária*


      1. O espelho da madrasta adverte: existe alguém mais belo, mais próspero e mais feliz do que você. A vida no Instagram é um conto de fadas, e isso não é necessariamente uma coisa boa. Na Internet, a rede social é a que mais prejudica a saúde mental de seus usuários, especialmente mulheres, segundo pesquisas que chocaram um total de zero pessoas.

      2. Ironicamente, nossa interação pelo aplicativo é marcada por uma intensa troca de elogios. E põe intensa nisso. No Instagram, não basta dizer: "Bela foto". A bajulação virtual exige uma hipérbole: "Socorro, alguém chama o Samu, tragam desfibriladores, pois estou enfartando perante tamanha beleza" (seguido por uma rabiola de emojis de corações e palminhas).

      3. A intenção pode ser das melhores – um shiatsu na autoestima da próxima –, mas a sensação é a de que os elogios estão ali para serem vistos pelos outros e viraram um espetáculo à parte, vazio de sentido. Todas nós já ouvimos pelo menos um desses elogios genéricos, que não nos representam em nenhuma instância. Entre os mais absurdos que já recebi, estão:

      4. “Perfeita”" ou “Com um total de zero defeitos”. Caramba! Seria mais razoável me chamar de Pé Grande, chupa-cabra ou ET Bilu. Se existisse mesmo uma pessoa isenta de defeitos, ela não daria motivos para os outros falarem mal dela, e eu jamais negaria esse prazer aos meus amigos.

      5. “Aquela que nunca errou”. Não se deixe levar por fake news! Eu já errava no útero da minha mãe. Fiquei de cócoras quando era para ficar em posição fetal. Respeita a minha história!

      6. “Rainha”. O que fiz para merecer a alcunha de tirana e sanguessuga do povo? Peço que não me chamem de monarca e deem preferência a elogios mais democráticos.

      7. “Gostosa”. Não frequento a academia para ser chamada de perspicaz – mas, se você for homem, por favor, mantenha seus pensamentos para você, assim como eu quero manter meu almoço no estômago. Já as amigas podem me objetificar à vontade.

      8. “Deusa”. Se eu fosse uma deusa, já tinha erradicado a fome, o câncer e a acne na idade adulta.

      9. No mais, obrigada pelo carinho. E não se esqueçam de elogiar com moderação.

*Roteirista e escritora.

Folha de São Paulo. Ilustrada, 11 jun. 2019, p.C7. Adaptado.

Considerando-se a leitura do segundo parágrafo do texto e a interação da autora e a dos usuários com um determinado aplicativo, é correto afirmar que a cronista intenciona, fundamentalmente,
Alternativas
Q1262112 Português

“As figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos utilizados por escritores e falantes a fim de dar à linguagem maior expressividade de maneira não convencional.” (BUENO, 2014, p. 564).


Associe as colunas, relacionando corretamente a figura de linguagem à frase que a exemplifica, considerando a linguagem conotativa.

Figuras

(1) Eufemismo

(2) Metonímia

(3) Comparação

(4) Metáfora

(5) Personificação


FRASES

( ) "Trabalhava tal qual um escravo: nunca cansava."

( ) "O tempo passou na janela e só Carolina não viu."

( ) "Infelizmente acrescentei em quilos depois da viagem."

( ) "A velhice deve ser respeitada por todos."

( ) "Cada alma é uma escada para Deus."


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Q1262111 Português

Leia o texto de Mário Quintana.


POESIA & MAGIA

A beleza de um verso não está no que diz, mas no poder encantatório das palavras que diz: um verso é uma fórmula mágica.

(QUINTANA, Mário. Caderno H. São Paulo: Globo, 2003, p.59.)


Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre os sinais de pontuação no texto de Mário Quintana.


( ) A vírgula separa uma oração coordenada assindética.

( ) A vírgula separa uma oração coordenada sindética adversativa.

( ) Os dois-pontos separam uma oração subordinada adjetiva explicativa.

( ) Os dois pontos separam uma oração subordinada substantiva predicativa.


De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Respostas
416: E
417: D
418: D
419: D
420: A