Emissões de carbono do Google aumentam em
50% por causa de IA
Centros de processamento de dados da big tech
estão demandando mais energia, dificultando metas
de sustentabilidade.
Por Eduardo Lima
O Google tinha planos ambiciosos de alcançar zero
emissões líquidas de carbono até 2030. Isso significa
que a empresa pretendia remover da atmosfera a
mesma quantidade de CO2 que emite. Agora, por
causa da demanda energética dos novos produtos de
inteligência artificial, a meta ficou bem mais difícil de
ser cumprida. As emissões do Google cresceram
48% em cinco anos.
Os principais motivos do aumento foram o
consumo de eletricidade por centros de
processamento de dados e emissões causadas pela
cadeia de logística da empresa. Em 2023, as
emissões cresceram 13% em comparação com o ano
anterior, atingindo a marca de 14,3 toneladas de
carbono.
Esses dados foram revelados no relatório
ambiental anual da big tech. A própria empresa
admite que alcançar a meta de zero emissões
líquidas até 2030 vai ser difícil, ressaltando que um
dos problemas é “a incerteza em volta do impacto
ambiental futuro da IA, que é complexo e difícil de
prever”.
A Agência Internacional de Energia estima que, até
2026, o consumo de energia dos centros de
processamento de dados do mundo pode dobrar dos
1000 TWh registrados em 2022. Se isso acontecer,
só essas estruturas das empresas de tecnologia vão
ter uma demanda de energia comparável à do Japão,
o terceiro maior PIB do mundo.
Segundo a consultoria e empresa de pesquisa
SemiAnalysis, a demanda exigida pelas IAs vai levar
os centros de processamento de dados a usar 4,5%
de toda energia gerada no mundo até 2030.
[...]
Adaptado de: https://super.abril.com.br/tecnologia/emissoes-decarbono-do-google-aumentam-em-50-por-causa-de-ia/.