Questões de Concurso
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Margaret Crane: a designer que criou o teste caseiro de gravidez
Crane recebeu apenas um dólar pela criação – mas revolucionou a autonomia das mulheres sobre o próprio corpo.
A gonadotrofina coriônica humana pode ser assustadora. Não só pelo nome bizarro, mas porque esse é o hormônio que interrompe a menstruação e prepara o útero para receber o embrião. Em outras palavras, ele anuncia que a mulher está grávida. Mais conhecido como hCG, ele surge em altas concentrações no sangue da gestante, e vai parar no xixi. A detecção desse hormônio é a base dos testes de gravidez atuais – tanto o de sangue, em laboratório, quanto o de xixi, em casa. Esse último só surgiu nos anos 1970, graças a uma publicitária e designer sem qualquer formação científica. Aos 26 anos, Margaret Crane trabalhava na empresa Organon Pharmaceuticals. Ela foi contratada em 1967 para desenhar uma linha de cosméticos, mas se interessou por outro tema ao visitar o laboratório da farmacêutica. Crane notou uma grande fila de provetas apoiadas sob um espelho, e perguntou do que se tratava. Um cientista disse que aqueles eram testes de gravidez, e explicou como funcionavam.
Processo demorado
A mulher com suspeita de gravidez deveria ir a um consultório médico para coletar urina, que seria enviada a um laboratório especializado. O xixi era colocado em uma proveta com reagentes químicos que interagem com o hCG, formando um círculo roxo no fundo do recipiente. Os pesquisadores usavam espelhos para refletir e observar o fundo do tubo. Se o círculo estivesse ali, significava que havia hormônio e a mulher estava grávida. Caso contrário, nada de gestação. Só então o resultado era enviado de volta ao médico, que informava o status da paciente. Todo o processo demorava até duas semanas – um período desnecessariamente grande de espera pela informação que mudaria a vida da mulher. Além disso, o processo exigia que ela passasse por um médico, sem privacidade ao receber uma notícia sensível. Crane pensou em maneiras de tornar o método mais acessível – e caseiro. Seu desafio como designer era juntar o tubo e o espelho em um único recipiente. A solução foi usar uma caixinha transparente com um espelho no fundo e um tubo acoplado em cima. O reagente seria aplicado com um conta-gotas e a caixa permitiria ver o resultado no espelho, que sairia em poucos minutos. [...]
Predictor
Crane apresentou o protótipo aos seus chefes na farmacêutica, mas eles não gostaram da ideia. Achavam que o teste caseiro acabaria com os negócios da empresa e não seria bem recebido pelos médicos. Mas a proposta foi bem aceita na sede da Organon Pharmaceuticals, na Holanda. A Europa já tinha outros produtos de venda direta ao consumidor, e os executivos acreditaram que esse também funcionaria. Duas patentes do teste Predictor, como ficou chamado, foram registradas no nome de Margaret Crane em 1969. Só que o custo do pedido de patente era muito caro, e a jovem não conseguiria arcar sozinha. Então, ela renunciou os direitos de sua invenção por um dólar, para que a empresa pagasse o registro. E esse dólar foi tudo que ela recebeu. Crane já disse em entrevistas que não se arrepende da decisão, pois o projeto não sairia do papel sem a grana. Mas que ela não faria a negociação de novo sem um advogado ou representante.
Reconhecimento veio tarde
A partir dali os testes caseiros de gravidez só se modernizaram, até chegarem nas fitinhas e visores usados hoje. Só que a contribuição de Crane ficou apagada por muito tempo. Com exceção de alguns amigos e familiares próximos, ninguém sabia que ela havia sido a inventora do teste de gravidez. Foi só em 2012, quando o teste completou 35 anos, que Margaret se apresentou como inventora. O Instituto Smithsonian, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e o FDA (Food and Drug Administration) estavam em busca do primeiro protótipo do teste caseiro, para registrá-lo em seus arquivos. Por sorte, Crane ainda guardava o protótipo e um dos primeiros testes comercializados, junto com suas instruções em francês e inglês. Desde então, a inventora é reconhecida por sua criação. [...]
Revista Superinteressante. (Adaptado).
Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/margaret-
crane-a-designer-que-criou-o-teste-caseiro-de-gravidez
Considere as palavras I. cientistas, II. conta-gotas e III. farmacêutica, que ocorrem no texto. A partir da forma de cada uma das palavras dadas, é possível identificar diferentes processos de formação. Assinale a alternativa que as classifica corretamente em relação ao seu tipo de processo de formação.
Margaret Crane: a designer que criou o teste caseiro de gravidez
Crane recebeu apenas um dólar pela criação – mas revolucionou a autonomia das mulheres sobre o próprio corpo.
A gonadotrofina coriônica humana pode ser assustadora. Não só pelo nome bizarro, mas porque esse é o hormônio que interrompe a menstruação e prepara o útero para receber o embrião. Em outras palavras, ele anuncia que a mulher está grávida. Mais conhecido como hCG, ele surge em altas concentrações no sangue da gestante, e vai parar no xixi. A detecção desse hormônio é a base dos testes de gravidez atuais – tanto o de sangue, em laboratório, quanto o de xixi, em casa. Esse último só surgiu nos anos 1970, graças a uma publicitária e designer sem qualquer formação científica. Aos 26 anos, Margaret Crane trabalhava na empresa Organon Pharmaceuticals. Ela foi contratada em 1967 para desenhar uma linha de cosméticos, mas se interessou por outro tema ao visitar o laboratório da farmacêutica. Crane notou uma grande fila de provetas apoiadas sob um espelho, e perguntou do que se tratava. Um cientista disse que aqueles eram testes de gravidez, e explicou como funcionavam.
Processo demorado
A mulher com suspeita de gravidez deveria ir a um consultório médico para coletar urina, que seria enviada a um laboratório especializado. O xixi era colocado em uma proveta com reagentes químicos que interagem com o hCG, formando um círculo roxo no fundo do recipiente. Os pesquisadores usavam espelhos para refletir e observar o fundo do tubo. Se o círculo estivesse ali, significava que havia hormônio e a mulher estava grávida. Caso contrário, nada de gestação. Só então o resultado era enviado de volta ao médico, que informava o status da paciente. Todo o processo demorava até duas semanas – um período desnecessariamente grande de espera pela informação que mudaria a vida da mulher. Além disso, o processo exigia que ela passasse por um médico, sem privacidade ao receber uma notícia sensível. Crane pensou em maneiras de tornar o método mais acessível – e caseiro. Seu desafio como designer era juntar o tubo e o espelho em um único recipiente. A solução foi usar uma caixinha transparente com um espelho no fundo e um tubo acoplado em cima. O reagente seria aplicado com um conta-gotas e a caixa permitiria ver o resultado no espelho, que sairia em poucos minutos. [...]
Predictor
Crane apresentou o protótipo aos seus chefes na farmacêutica, mas eles não gostaram da ideia. Achavam que o teste caseiro acabaria com os negócios da empresa e não seria bem recebido pelos médicos. Mas a proposta foi bem aceita na sede da Organon Pharmaceuticals, na Holanda. A Europa já tinha outros produtos de venda direta ao consumidor, e os executivos acreditaram que esse também funcionaria. Duas patentes do teste Predictor, como ficou chamado, foram registradas no nome de Margaret Crane em 1969. Só que o custo do pedido de patente era muito caro, e a jovem não conseguiria arcar sozinha. Então, ela renunciou os direitos de sua invenção por um dólar, para que a empresa pagasse o registro. E esse dólar foi tudo que ela recebeu. Crane já disse em entrevistas que não se arrepende da decisão, pois o projeto não sairia do papel sem a grana. Mas que ela não faria a negociação de novo sem um advogado ou representante.
Reconhecimento veio tarde
A partir dali os testes caseiros de gravidez só se modernizaram, até chegarem nas fitinhas e visores usados hoje. Só que a contribuição de Crane ficou apagada por muito tempo. Com exceção de alguns amigos e familiares próximos, ninguém sabia que ela havia sido a inventora do teste de gravidez. Foi só em 2012, quando o teste completou 35 anos, que Margaret se apresentou como inventora. O Instituto Smithsonian, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e o FDA (Food and Drug Administration) estavam em busca do primeiro protótipo do teste caseiro, para registrá-lo em seus arquivos. Por sorte, Crane ainda guardava o protótipo e um dos primeiros testes comercializados, junto com suas instruções em francês e inglês. Desde então, a inventora é reconhecida por sua criação. [...]
Revista Superinteressante. (Adaptado).
Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/margaret-
crane-a-designer-que-criou-o-teste-caseiro-de-gravidez
Considere o seguinte excerto: “Crane apresentou o protótipo aos seus chefes na farmacêutica, mas eles não gostaram da ideia.” Na segunda oração, o emprego da conjunção “mas” exprime um sentido:
Fonte: "Toda Mafalda" - Quinho
Assinale a alternativa que justifica o porquê da acentuação da palavra você.
Faça a concordância correta completando as frases
No meu caminho ________ pedras, nele, plantei flores. (#prosadecora)
________três anos que não o vejo.
________ várias pessoas que te admiram
Texto 06 - ChatGPT: qual é o lugar da tecnologia na educação?
O ChatGPT já pode ser considerado um dos maiores fenômenos da internet. A tecnologia desenvolvida pela OpenAl faz uso da Inteligência Artificial (IA) para responder a qualquer pergunta. Desde "Deus existe?” até "receita de miojo", o chatbot conta com uma enorme quantidade de dados prévios capaz de gerar respostas coerentes. O ChatGPT está cada vez mais popular e, é claro, já chegou às salas de aula. Porém, os impactos da tecnologia na educação causam controvérsias.
Uma das primeiras polêmicas da tecnologia nos estudos aconteceu na Furman University, nos Estados Unidos. O professor de filosofia Darren Hick solicitou um texto de 500 palavras sobre o filósofo David Hume aos seus alunos. Ao receber os trabalhos, confirmou uma suspeita da maioria dos seus colegas educadores. Algumas redações tinham palavras peculiares demais e, apesar de serem coerentes, não apresentavam opinião própria. Hick usou um sistema de detecção do ChatGPT, também desenvolvido pela OpenAl, e descobriu que alguns alunos estavam usando a plataforma para fazer seus trabalhos.
Depois disso, diversos educadores dividiram opiniões sobre os prós e contras da tecnologia nas salas de aula. O ChatGPT pode ser uma ferramenta útil para melhorar a educação e o aprendizado em muitos aspectos, desde que seja usado de forma adequada e com cuidado. No entanto, como acontece com qualquer tecnologia, é importante ter em mente seus limites e desafios. Por exemplo, se os alunos dependem muito do ChatGPT para obter respostas e informações, isso pode prejudicar seu desenvolvimento de habilidades de pesquisa e pensamento crítico. Além disso, é importante que o ChatGPT seja programado de forma ética e precisa, sem preconceitos ou imprecisões que possam levar a informações incorretas ou enganosas.
Da segunda frase em diante, não fui eu que escrevi o parágrafo acima. Acessei a plataforma da OpenaAl, escrevi "o ChatGPT pode prejudicar a educação?” e enviei. Fácil assim. Uma resposta coerente e gramaticalmente correia. A tecnologia apresentou até uma visão crítica, já que disse que a plataforma pode prejudicar os alunos caso não seja usada da forma correta. Não é uma surpresa o fato de jovens e adolescentes, que fazem parte da geração com grande facilidade de se adaptar às novas tecnologias, já estejam usando o sistema ao seu favor. Agora, resta às unidades de educação adotarem o chatbot como um aliado também.
A proibição não é a solução. O ChatGPT é gratuito e de fácil acesso. Basta fazer uma conta no site da OpenAl, incluir um e-mail e número de telefone e pronto. Devo concordar com a resposta fornecida pela Inteligência Artificial (IA), pois a tecnologia só é prejudicial quando não é empregada da forma correta. Caso contrário, pode ser uma ferramenta útil no processo de aprendizagem.
Quando o ChatGPT foi lançado, a revista The Atlantic divulgou uma sentença: a redação está morta. De fato, o robô consegue finalizar uma redação do Enem em menos de um minuto. De qualquer forma, é preciso enxergar a tecnologia não como uma substituição do trabalho das pessoas, mas sim como um ponto de apoio. A plataforma pode servir como uma mentora, fornecendo informações cruas sobre um assunto específico. A análise e o desenvolvimento de soluções, no entanto, ainda é uma competência excepcionalmente humana.
A tecnologia só é uma ameaça para as instituições que não conseguirem se reinventar. As análises de situações reais e estudos de caso, seguindo o estilo de ensino de Harvard, vão fazer cada vez mais sentido nas salas de aula. De fato, decorar informações técnicas não é mais necessário. Isso a tecnologia nos entrega. O importante é focar nas competências socioemocionais e análises críticas que apenas o cérebro humano é capaz de desenvolver. É bem provável que as próximas gerações não gastem tempo tentando decorar a fórmula de Bhaskara.
Rodrigo Maia dos Santos - CEO da Gonow1. Acessado em 09 mai. 2023 em “https://mercadoeconsumo.com.br/21/02/2023/artigos/
Há uma virgula empregada para circunscrever informação sobre referente:
Texto 01 “Um ensino de língua portuguesa remodelado?”
Mais recentemente, com a publicação, em 2018, da Base Nacional Comum Curricular, documento federal orientador dos currículos estaduais e dos currículos municipais de todo o país, consolidou-se o ensino de língua portuguesa com base nos gêneros discursivos, resultado da influência do fortalecimento da área dos estudos do discurso no ensino-aprendizagem da língua materna.
Inicialmente, porém, os gêneros são entendidos na escola de modo análogo ao que se fazia, em tempos anteriores, com as sequências textuais (em uma tradição antiga, restritas a narrativas, descritivas e argumentativas). Foca-se assim no ensino da estrutura composicional do gênero, tanto na produção da escrita quanto na realização da leitura.
Espera-se que o aluno classifique textos dentro da estrutura de determinado gênero e que produza determinado gênero seguindo um modelo pré-apresentado. Novamente, a normatividade pouco reflexiva entra em cena: se antes prevalecia o enquadramento da língua nas lições de metalinguagem e classificação gramatical, agora tal normatividade parece submeter-se à estrutura do gênero.
Apesar de o gênero não ser um tipo de enunciado absolutamente estável e imutável, e de abranger muito mais do que sua estrutura composicional, seu componente estilístico, essencial para o ensino-aprendizagem da língua, é quase inexplorado nesse momento inicial. Quanto à gramática, é preterida ou segue em seu antigo lugar normativo, sendo ensinada como conteúdo independente.
Com o desenvolvimento dos estudos da linguística aplicada, por meio dos quais se compreende que o trabalho sobre o gênero envolve também e principalmente seus aspectos estilísticos, é que os recursos linguístico-gramaticais ganham espaço nas aulas de língua portuguesa não mais em perspectiva normativa, mas como escolhas léxico-gramaticais das quais depende a constituição do gênero e que são responsáveis pelos efeitos de sentido dos atos enunciativos.
Ainda que essa prática não se tenha universalizado, em razão da precariedade da formação de professores no país e do pouco acesso que têm ao desenvolvimento das teorias linguísticas, parece que a gramática está em vias de encontrar um espaço que condiz com seu grandioso papel na produção de sentidos dos textos.
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Texto adaptado dos Autores: Beatriz Gil e Marcelo Módulo. Acessado em 09/05/2023 em: https://jornal.usp.br/artigos/algumas-reflexoes-sobre-o-ensino-da-lingua-portuguesa-no-brasil/
Sobre outra possibilidade de pontuação de parágrafos do texto, em conformidade com as relações sintático-semânticas da língua portuguesa, marque a alternativa CORRETA.
O mesmo processo de formação da palavra "feminismo” é observado em três alternativas. Portanto, apenas uma delas não pertence ao mesmo processo, qual é?
Analise as afirmativas a seguir:
I. Além das habilidades linguisticas de comunicação (leitura, escrita e oralidade), a estruturação em eixos visa garantir condições para o desenvolvimento do estudante com relação à dimensão intercultural e conhecimentos linguisticos.
II. São objetivos dos eixos leitura e oralidade que o estudante possa interagir com outras visões de mundo, adquirir conhecimentos culturais e posicionar-se criticamente no mundo.
Marque a alternativa CORRETA:
Texto – Tecnologia e educação
A busca pelo instantâneo é, sem dúvida, um dos sinais da nossa cultura digital. A um clique ou comando de voz, tem-se instantaneamente informações, imagens, contatos pessoais e, por que não dizer, a própria realidade em sua representação digital. Na educação, a sala de aula pode estar conectada com o mundo, permitindo que alunos e professores acessem instantaneamente informação e conteúdo que antes limitavam-se a meios impressos ou a espaços como a biblioteca.
Em tempos de conectividade, estudantes podem, em qualquer lugar e a qualquer momento, assistir a videoaulas, recorrer a professores online ou contar com a ajuda de programas de computador que respondem às suas dúvidas. A oferta variada e instantânea de informação e estímulos, além dos novos formatos e linguagens da interação nas redes, faz com que ouvir um professor por mais de 20 minutos pareça impossível para estudantes considerados nativos digitais. Interatividade e instantaneidade a um toque da tela do celular parecem não combinar com práticas de aprendizagem que requerem investimento de tempo em leituras, escutas participativas e diálogos que admitem, inclusive, o silêncio da reflexão.
Mas se o instantâneo virou bem de primeira necessidade, não se pode esquecer que a vida e a aprendizagem acontecem na duração. Não se trata de negar que instantes marcam nossa trajetória e muita informação nos esclarece a mente como que repentinamente. A vida, porém, é mais do que amontoado de instantes e a aprendizagem é mais do que consumo rápido de informações. Uma imagem visualizada, um texto lido ou uma aula assistida precisam da duração, da vivência no tempo, da experiência construída pelo retrabalho, pelas articulações ou pelas retomadas que se dão no processo de aprendizagem.
Caso aceitemos que educação é mais do que instrução e não se reduz a preparar crianças e jovens a ir de uma fase a outra no jogo da vida, cada vez mais em menos tempo e com mais produtividade, precisamos então aceitar o desafio de integrar as tecnologias digitais na escola, sem desrespeitar os diferentes ritmos dos processos de aprendizagem.
Autor: Luís Cláudio Dallier Saldanha - Doutor em Educação 10/01/2018. Acessado em 07 mai. 2023 em: <https://ndmais.com.br/opiniao/artigo/tecnologia-e-educacao/>
As questões, 04 e 05 referem-se ao parágrafo reproduzido abaixo.
“A oferta variada e instantânea de informação e estímulos, além dos novos formatos e linguagens da interação nas redes, faz com que ouvir um professor por mais de 20 minutos pareça impossível para estudantes considerados nativos digitais. Interatividade e instantaneidade a um toque da tela do celular parecem não combinar com práticas de aprendizagem que requerem investimento de tempo em leituras, escutas participativas e diálogos que admitem, inclusive, o silêncio da reflexão.”
Sobre outra possibilidade de pontuação do parágrafo, em conformidade com as relações sintático-semânticas da língua portuguesa da Nomenclatura Gramatical Brasileira, marque a alternativa CORRETA.
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, afirmou que o governo estuda flexibilizar algumas das medidas de isolamento até o fim de abril, desde que haja respaldo da ciência.
A declaração foi dada em entrevista à rede britânica BBC, em meio à tendência de desaceleração da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no país, onde o balanço oficial contabiliza cerca de 140 mil casos e 17,6 mil mortes.
"Precisamos escolher setores que possam recomeçar sua atividade. Se os cientistas confirmarem isso, podemos começar a relaxar algumas das medidas já no fim deste mês", disse.
As restrições à circulação entraram em vigor em 10 de março, enquanto o veto a atividades produtivas não-estratégicas passou a valer no fim do mês passado. As medidas ficam em vigor ao menos até 13 de abril, mas a declaração de Conte aponta para uma nova prorrogação. Segundo informações de bastidores, a chamada "fase 2" da pandemia deve se desenvolver em duas etapas: a primeira seria de pequenas aberturas para as atividades produtivas; e a segunda seria com regras mais flexíveis para a circulação de pessoas.
A ANSA apurou que o comitê técnico-científico que assessora o governo na crise já estaria preparando um mapa com o nível de risco de todas as atividades produtivas para indicar quais poderiam ser retomadas. As empresas seriam divididas em três categorias: risco baixo, médio e alto, sendo que cada uma comportaria medidas e níveis de distanciamento específicos.
Com a desaceleração do ritmo de contágio, a Itália busca agora zerar o número de novos casos por dia, o que fará o país ganhar tempo para resolver a carência de testes para diagnósticos e formar um cenário mais preciso do tamanho da pandemia - a própria Defesa Civil admite que o número real de casos pode ser 10 vezes maior que o divulgado.
(PRIMEIRO-MINISTRO prevê reabertura da Itália ainda em abril. Terra. 2020. Disponível em:<https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/primeiro-ministro-preve-reabertura-da-italia-ainda-em-abril,3fa96e2a017ac456f0ccd870b9efc4cb8n86qzef.html>.
Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao uso da vírgula:
Texto para responder às questões de 41 a 43.
[...] Os brasileiros vão estudar inglês e aprendem que nessa língua a morfologia verbal é simplíssima. No presente, a única forma diferente das outras é a da 3ª pessoa do singular, que ganha um –s (he lives), enquanto as outras permanecem idênticas (I, you, we, they live). No passado, tudo fica exatamente igual (I, you, he, she, it, we, you, they lived). Ninguém se assusta com isso, ninguém ri disso, e muitos até acham bom que seja assim, porque é mais fácil de aprender do que nas línguas (como o português, o alemão, etc.) que têm uma morfologia verbal bem mais diversificada.
Qual é a reação, porém, desses mesmos brasileiros quando topam com algo do tipo eu morava, tu morava, ele morava, nós morava, vocês morava, eles morava? O riso, o deboche ou, no melhor dos casos, a compaixão pelos “infelizes caipiras” que “não sabem falar direito”, como se fossem menos inteligentes ou até menos humanos que os demais falantes. Ora, do ponto de vista exclusivamente estrutural, não há nada de melhor em I / you / he / she / it / we / you / they lived nem nada de pior em eu / tu / você / ele / ela / nós / a gente / vocês / eles / elas morava... O fenômeno linguístico é o mesmo, a recepção sociocultural do fenômeno – e só ela – é que é diferente. E é aí que a porca torce o rabo!
BAGNO,Marcos.QuemridoquêFragmento.Disponívelem:http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/textos-carosamigos.htm.)
Após ler o texto de Marcos Bagno, um professor de Português do 6º ano do ensino fundamental elaborou uma proposta de atividade para a sua turma em que apresentou a tirinha anterior e, com o objetivo de promover o estudo das variedades linguísticas, deu o seguinte comando: “Após a leitura da tirinha, vocês deverão corrigir as falas dos personagens”. Diante de tal ação, selecione o comentário correto de acordo com os parâmetros atuais para o ensino da língua.
(GONSALES, Fernando. Botando os bofes para fora. São Paulo: Devir, 2002.)
Acerca do diálogo estabelecido entre os personagens da tirinha, analise as considerações a seguir e indique a correta.
Texto para responder às questões de 01 a 06.
Juiz concede liberdade provisória a mulher presa por injúria racial contra taxista em BH
O magistrado estipulou uma fiança de R$ 10 mil que deve ser paga pela mulher antes de ser liberada.
A Justiça concedeu liberdade provisória a Natália Burza Gomes Dupin, de 36 anos, presa depois de ofender um taxista negro no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da cidade. Em audiência de custódia, realizada na manhã deste sábado no Fórum Lafayette, o Juiz determinou o pagamento de fiança de R$ 10 mil para liberar a ré. Os advogados de defesa informaram que vão se posicionar sobre o caso ainda nesta tarde.
As audiências de custódia consistem na apresentação do preso em flagrante a um juiz no prazo de 24 horas. Após a audiência, o magistrado decide se o custodiado deve responder ao processo preso ou em liberdade, podendo ainda decidir pela anulação da prisão em caso de ilegalidade.
A mulher foi autuada em flagrante por injúria racial, desacato, desobediência e resistência após dizer ao motorista que “não andava com negros” e de se confessar racista. Ela foi levada para uma unidade do sistema prisional, mas poderá ser solta. Segundo o registro policial, o taxista Luis Carlos Alves Fernandes, há 16 anos na profissão, estava parado na Avenida Álvares Cabral, em frente ao prédio da Justiça Federal.
Ele teria presenciado a mulher, identificada como Natália Gomes, se aproximando com um idoso e aparentemente procurando um táxi. Segundo o motorista, ele se dirigiu à mulher para perguntar se precisava do serviço. Segundo relato da vítima que consta do boletim de ocorrência, no momento ele foi interrompido pela mulher, que teria dito: “Precisando de um táxi estou mesmo, mas não ando com negros”.
O taxista disse que questionou se a mulher sabia que estava cometendo um crime. Nesse momento ela respondeu, segundo o relato do condutor: “Não gosto de negro mesmo. Sou racista”. E cuspiu no seu pé, contou ele. Ela chegou a entrar em um dos táxis, mas foi impedida de seguir com a corrida. A vítima narrou que todos ficaram muito revoltados e tentaram agredi-la. Entretanto, a polícia chegou muito rápido. “Até então, ela estava muito calma. Ela se exaltou ao chegar à delegacia, onde precisou ser algemada”, completou.
De acordo com a PM, quando os militares chegaram ao local, a mulher os ignorou. Acabou sendo conduzida para a Delegacia Adjunta ao Juizado Especial Criminal (Deajec). Mesmo detida, segundo o boletim de ocorrência, a mulher continuou exaltada. De acordo com a PM, uma sargento pediu para ela se sentar na delegacia. Como resposta, foi chamada de “sapata”.
O taxista conta que exerce a profissão há 16 anos como taxista e nunca havia sofrido nenhum tipo de preconceito, mas agora está revoltado. Segundo a vítima, desde o primeiro momento, a mulher foi muito arrogante e tinha certeza da impunidade. “Ela achou que diria o que disse e sairia impune. Disse que o pai é delegado e repetia ‘você não sabe com quem está falando’”. Luis Carlos ainda disse que é importante ficar atento: “O racismo não está só nas palavras usadas pela mulher. Pode ser muito sutil, mas precisamos denunciar”, disse o homem, que espera que o caso seja classificado como racismo.
(João Henrique do Vale; postado em 07/12/2019. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/12/07/interna_gerais,1106594/juiz-concede-liberdade-provisoria-mulher-presa-injuria-racial-taxista.shtml.)
A foto a seguir retrata uma determinada época e o contexto em que os três personagens se inserem: o preconceito racial nos Estados Unidos.
(Cartier-Bresson, Henri & Delpire, Robert. Photographer. London, Thames and Hudson, 1986.)
Acerca das possíveis relações estabelecidas entre o texto e a imagem anterior, considera-se correto o que se afirma em:
Observe a tirinha a seguir:
Disponível em: https://wmww.facebook. com/tirasarmandinho/photos/a. 48836 1671209144/951795004865806/?type=3&theater. Acesso em: 07/12/2019
Assinale a única alternativa que não represente uma interpretação (inclusive de pressupostos, subentendidos e implícitos) coerente da tirinha acima.
TEXTO I
Coração numeroso
Foi no Rio.
Eu passava na Avenida quase meia-noite.
Bicos de seio batiam nos bicos de luz estrelas
inumeráveis.
Havia a promessa do mar
e bondes tilintavam,
abafando o calor
que soprava no vento
e o vento vinha de Minas.
Meus paralíticos sonhos desgosto de viver
(a vida para mim é vontade de morrer)
faziam de mim homem-realejo imperturbavelmente
na Galeria Cruzeiro quente quente
e como não conhecia ninguém a não ser o doce vento
mineiro,
nenhuma vontade de beber, eu disse: Acabemos com
isso.
Mas tremia na cidade uma fascinação casas
compridas
autos abertos correndo caminho do mar
voluptuosidade errante do calor
mil presentes da vida aos homens indiferentes,
que meu coração bateu forte, meus olhos inúteis
choraram.
O mar batia em meu peito, já não batia no cais.
A rua acabou, quede as árvores? a cidade sou eu
a cidade sou eu
sou eu a cidade
meu amor.
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma Poesia.
O poema de Drummond não apresenta uma pontuação que respeite as normas gramaticais; sendo assim, para tornar passagens do texto adequadas gramaticalmente, está correto o que se afirma em todas as opções abaixo, EXCETO:
Leia a charge abaixo.
(Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=charge+surfista&tbm. Acesso em 12/07/2021)
A respeito do uso da linguagem na comunicação entre as personagens da charge, assinale a afirmativa correta.
Leia o texto abaixo para responder às próximas questões:
Pai não entende nada
A filha de 14 anos chega para o pai e diz:
- Pai, preciso comprar um biquíni novo.
- Mas filha, você comprou um biquíni no ano passado.
- Ah pai, quero um biquíni novo.
- Filha, teu biquíni é novo. E você nem cresceu tanto assim.
- Mas eu quero, pai.
- Tá bom, filha. Pegue esse dinheiro e compre um biquíni maior.
- Maior não, pai. Menor.
Pai não entende nada mesmo!
Luís Fernando Veríssimo
Assinale a alternativa em que a mudança da ordem das palavras do excerto abaixo provoque mudança de sentido, mas não comprometa a correção gramatical:
Pai não entende nada mesmo!
Alternativas:
Para responder às questões 26 e 27, leia o fragmento do poema “Certa lenda numa tarde”, de Ernani Salomão Rosas.
"Perdi-me... toda uma ânsia me revela
sombra de Luz em corpo de olor vago,
a saudade é um passado que cinzela
em presente, a legenda desse orago"
"Errasse em densa noite de beleza,
pisasse incerto, um falso solo de umbra...
sonho-me Orfeu... o Luar que me deslumbra...
é marulho de Luz na profundeza!..."
Tendo em vista as regras de concordância, assinale a alternativa INCORRETA.
Para responder às questões 26 e 27, leia o fragmento do poema “Certa lenda numa tarde”, de Ernani Salomão Rosas.
"Perdi-me... toda uma ânsia me revela
sombra de Luz em corpo de olor vago,
a saudade é um passado que cinzela
em presente, a legenda desse orago"
"Errasse em densa noite de beleza,
pisasse incerto, um falso solo de umbra...
sonho-me Orfeu... o Luar que me deslumbra...
é marulho de Luz na profundeza!..."
Acerca dos processos de formação das palavras, os vocábulos incerto e profundeza são formados, respectivamente, por:
Para responder às questões de 22 a 24, leia o texto abaixo:
Exatamente 2.050 dias depois de um incêndio destruir completamente o Museu da Língua Portuguesa, em um dos prédios icônicos da Estação da Luz, no centro de São Paulo, será possível novamente sentir a pulsação da língua de Luís de Camões. O espaço, que recebeu 386 mil visitantes só em 2014, último ano antes do acidente, e encantou o público com exposições interativas e informações surpreendentes, vai ser reaberto ao público no dia 1º de agosto, um dia depois de uma cerimônia oficial que receberá três presidentes de países lusófonos — Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, Jorge Carlos de Almeida Fonseca, de Cabo Verde, e Filipe Nyusi, de Moçambique. Também estarão presentes representantes de quase todos os outros lugares do mundo onde se fala português, numa demonstração da grande importância cultural do lugar. A ideia é que, ali, a pátria seja momentaneamente uma só: a língua. “Até porque ela é mais do que uma gramática ou do que a literatura, por exemplo. Ela é um objeto de todos nós”, reflete Isa Grinspum Ferraz, curadora especial do museu.
(Vinícius Mendes. Revista IstoÉ. “O que pode esta língua?”.
Adaptado. 16 de julho de 2021. Edição nº 2687.)
Na frase, A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem, dita por Paulo Freire, a conjunção por isso apresenta valor semântico de: